Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), no Brasil, há três milhões de pessoas dependentes de álcool, o que torna o alcoolismo um problema de saúde pública. Será que há alguma forma de saber quando uma pessoa se tornou alcoólatra antes de que algo mais grave aconteça? O Instituto Abraão vai te ajudar com isso, trazendo pontos de atenção para você observar!
Interessante saber que existem diferenças entre abuso de álcool e alcoolismo, ou melhor, segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais (DSM), existem dois transtornos distintos, o abuso de álcool e a dependência de álcool.
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O tratamento para o alcoolismo deve ser iniciado quando for constatado que a bebida interfere negativamente no dia a dia do paciente. Após a identificação dos sintomas do alcoolismo e do diagnóstico, é feita uma desintoxicação. Esse processo pode usar medicamentos para ajudar a diminuir a compulsão. Paralelamente a esse tratamento, é indicado que o paciente seja acompanhado por um psicoterapeuta.
Quaisquer consequências negativas em apenas uma área de sua vida, independentemente de quanto e quantas vezes você bebe, são motivo de preocupação e uma indicação de que você precisa da ajuda de um profissional.
Por ser um hábito aceito socialmente, o alcoolismo é negado pelo dependente. É comum defesas do tipo “só mais uma cervejinha”, “eu apenas estava alegre”. Admitir que se está bebendo muito, mesmo quando não se trata de um caso de alcoolismo, é algo difícil para qualquer pessoa.
Fatores genéticos também não podem ser ignorados no diagnóstico, já que o alcoolismo é frequente em algumas famílias. Há estudos que comprovam que os filhos abstêmios de pais alcoólatras têm mais resistência aos efeitos do álcool do que jovens cujos pais não apresentam essa condição.
Em alguns casos pode ser recomendado que a pessoa seja internada em clínicas de reabilitação com o objetivo de tratar o vício por meio da suspensão do consumo de bebidas alcoólicas, acompanhamento psicológico e uso de medicamentos que controlam os sintomas de abstinência e que ajudam no processo de desintoxicação. Entenda como é feito o tratamento para alcoolismo.
Nesses casos, é importante que essa pessoa reconheça o vício e tente evitar o consumo de bebidas alcoólicas de forma gradual e voluntária. No entanto, quando isso não acontece, é recomendado que essa pessoa seja internada em uma clínica de reabilitação para que o vício seja tratado.
A 5ª edição, O DSM–5 integra os dois transtornos do DSM–IV, abuso e dependência, em um único transtorno chamado Transtorno do Uso de Álcool (TUA) com as subclassificações leve, moderado e grave.
É difícil estabelecer esses limites, sobretudo, porque vivemos em um país onde o consumo de bebidas etílicas é altamente permissivo, sendo apenas vedada a venda para menores de 18 anos. No Brasil, bares, botecos, restaurantes, boates funcionam até o último cliente ir embora.
Será que você é alcoólatra? O que torna uma pessoa alcoólatra? Quais são os sinais e os sintomas do alcoolismo? Quem bebe apenas aos finais de semana pode ser considerado alcoólatra, ou somente aqueles que bebem diariamente, ainda que em pequenas quantidades o são?
Esse tipo de alcoólatra também é o mais propenso a sofrer com depressão, ansiedade, Transtorno Bipolar, fobias e Síndrome do Pânico. Além disso, costumam consumir outras drogas, como cigarro, maconha, cocaína e opioides.
Não hesite em pedir ajuda ao reconhecer que está bebendo demais, mesmo que não se trate, ainda, de um caso de alcoolismo. Rever os hábitos, estabelecer uma nova rotina de vida, sem que o álcool esteja tão presente, pode ajudar quem pressente que está exagerando um pouco na dose, antes de que ela aumente, junto com o problema.
Se pensarmos que, antes de as campanhas publicitárias de cigarro serem proibidas no Brasil, o número de fumantes – e de jovens fumantes – no país era elevado, por que não adotar a estratégia da proibição e/ou restrição de anúncios que vendem álcool?
Existem algumas distinções sobre os padrões de consumo de álcool: há pessoas que não têm problema algum quando bebem; as que fazem uso abusivo do álcool; e aquelas que são dependentes da substância.
Mais de 75% dos alcoólatras jovens antissociais são homens e tiveram pouco ou nenhum acesso à educação de qualidade — o mesmo acontece em relação ao mercado de trabalho. Essas pessoas têm o costume de beber grandes quantidades de álcool de uma só vez.
Outras perguntas que você deve fazer incluem: o álcool está causando problemas em qualquer área da sua vida? Você usa álcool, apesar das repetidas consequências negativas em seus relacionamentos, no trabalho e com a lei?