A polidactilia é a presença de um ou mais dedos extras nas mãos ou nos pés, podendo ser percebido através de sintomas como mais de 5 dedos na mão ou no pé, que geralmente são pequenos e mal desenvolvidos, sendo mais comum de surgir um dedo mindinho ou um polegar extra.
A polidactilia pode ser identificada durante a gravidez, através de ultrassom ou testes genéticos, por isso durante a gestação é importante a realização do pré-natal e acompanhamento com o obstetra, sendo que o tratamento depende da localização da polidactilia e, alguns casos, é indicada a cirurgia para retirada do dedo extra.
Após a cirurgia, o médico irá recomendar o uso de tala para reduzir a movimentação da mão ou do pé em que foi operado, ajudando na cicatrização e impedindo que os pontos se soltem. Depois de um mês, o médico também poderá aconselhar a realização de exercícios de fisioterapia para ajudar a melhorar a rigidez e o inchaço do dedo operado.
Após o bebê nascer, geralmente, não são necessários exames para diagnosticar a polidactilia, pois é uma alteração visível, no entanto, o pediatra poderá solicitar um raio X para verificar se os dedos extras estão ligados aos outros dedos normais pelos ossos ou nervos. Além disso, caso seja indicada cirurgia de retirada do dedo a mais, o médico poderá solicitar outros exames de imagem e de sangue.
A polidactilia causada por alterações genéticas hereditárias, é um tipo de herança autossômica dominante, o que significa que o bebê herda um gene normal e um gene defeituoso, sendo que o gene alterado domina sobre o gene normal, fazendo com que a polidactilia se desenvolva.
Além disso, a sindactilia pode aparecer sem nenhuma explicação, no entanto, sabe-se que pessoas de pele mais clara têm mais chances de terem filhos com esta alteração, assim como, meninos são mais propensos a desenvolverem esta mutação do que meninas.
Além disso, a polidactilia pode surgir devido a síndrome ou alteração de VACTERL, caracterizada por um conjunto de malformações congênitas, como defeitos vertebrais, cardíacos e dos membros, fístula traqueoesofágica e abertura do ânus ausente, bloqueada ou no local incorreto.
Além disso, será necessário seguir acompanhamento com o médico depois de algum tempo para que seja avaliado o resultado da cirurgia. Entretanto, se surgirem sinais como coceira, vermelhidão, sangramento ou febre é importante ir procurar atendimento médico rapidamente, pois isto pode indicar uma infecção no local da cirurgia.
Em alguns casos, esta alteração pode ser sinal de alguma síndrome genética, como como a síndrome da Polônia, a síndrome de Apert ou a síndrome de Holt-Oram, que também podem ser descobertas durante a gravidez.
No caso de ser detectado um ou mais dedos extras, o médico deve fazer uma avaliação por ultrassom completa, obtendo imagens do coração, sistema nervoso e dos membros, além da translucência nucal, de forma a identificar doenças genéticas, como anemia de Fanconi, trissomia 13, trissomia 21, ou síndrome de Meckel-Gruber, por exemplo.
Quando o dedo extra se localiza no mindinho e é composto apenas de pele e gordura, o tratamento mais indicado é a cirurgia e normalmente é realizado em crianças até 2 anos. Porém, quando o dedo extra está implantado no polegar, a cirurgia também pode ser indicada, entretanto, costuma ser mais complicada, pois requer muitos cuidados para não prejudicar a sensibilidade e a posição do dedo.
A classificação da sindactilia é feita de acordo com a quantidade de dedos grudados, a posição da junção dos dedos e se tem ossos ou apenas partes moles entre os dedos envolvidos. O tratamento mais indicado é a cirurgia, que é definida de acordo com o tipo de sindactilia e idade da criança.
Além disso, na polidactilia central, frequentemente, também acontece outro tipo de alteração genética como a sindactilia, que é quando os dedos extras nascem grudados um no outro.
Existem dois tipos de polidactilia como a isolada, que ocorre quando a modificação genética altera apenas a quantidade de dedos nas mãos ou nos pés, e a polidactilia sindrômica que acontece em pessoas que têm síndromes genéticas.
Essa condição, também chamada de hiperdactilia ou dedo extranumérico, é uma mal formação congênita causada por alterações genéticas aleatórias ou hereditárias, ou ainda ser associada a outras condições ou síndrome, como anemia de Fanconi, síndrome de Patau ou trissomia do 21, por exemplo.
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