As características de um genograma nos estudos médicos fazem parte de um tópico bastante importante relacionado às ferramentas de abordagem familiar. Hoje, vamos falar dele para você se tornar um craque no assunto. Está preparado? Então, continue a leitura com a gente!
Genograma e atenção básica à saúde: em busca da integralidade
■ NÍVEL 5: Terapia familiar - o médico de família deve ter habilidades para lidar com emoções intensas da família e as suas próprias emoções, e neutralidade para lidar com fortes pressões dos membros da família ou de outros profissionais.
Na terapia de casal, o emprego do genograma é uma técnica auxiliar na investigação das relações dos cônjuges com suas famílias de origem e propicia a formulação de hipóteses sistêmicas que ajudam a pensar os conflitos do casal como reflexo de questões familiares antecedentes. Em famílias recasadas, por sua vez, ele pode ajudar a clarear a complexidade de relações que envolvem esse tipo de configuração familiar. Além das histórias e relações com as famílias de origem, há a situação do casamento anterior e relacionamento com ex-cônjuge e filhos.
O modelo biopsicossocial do processo saúde-doença é abordado amplamente no âmbito teórico da educação médica, mas não há uma tradução deste modelo no ensino da prática médica, essencialmente de caráter biomédico. A medicina biopsicossocial quase se restringe à retórica de sala de aula. Isto se deve à dificuldade e complexidade da aplicação clínica deste modelo.
A vantagem é que, por meio dos símbolos do genograma, é possível apresentar um modo resumido e universal do grupo familiar, compreensível por todos que o conhecem, evitando textos longos e, na maioria das vezes, pouco precisos na descrição da composição familiar.
Para Hossne4, a ciência médica é o entroncamento das ciências biológicas (ciências naturais) com as ciências humanas, e o preparo do médico, por mais completo que seja em ciências naturais e em tecnologia, é incompleto sem a formação humanística. O autor sugere três posturas:
Propõe-se que, em estudos posteriores que visem averiguar o padrão relacional das famílias, principalmente as relações conjugais, a confecção do Genograma seja realizada com ambos os cônjuges ou, então, que o cônjuge não-participante seja solicitado a visualizar o Genograma pronto e expressar sua concordância ou não com as informações demonstradas no mesmo.
Borges, C. D., Costa, M. M. D., & Faria, J. G. D. (2015). Genograma e atenção básica à saúde: em busca da integralidade. Psicologia e Saúde, 7(2), 133-141. [ Links ]
Costa, G. D. da., Cotta, R. M. M., Franceschini, S. do C. C., Batista R. S., Gomes, A. P., Martins, P. C., & Ferreira, M. de L. da S. M. (2008). Avaliação em saúde: reflexões inscritas no paradigma sanitário contemporâneo. Physis: Revista de Saúde Coletiva. 18(4), 705-716. [ Links ]
Amarante, P. (2007). Saúde Mental e atenção psicossocial. (2ª ed.) Rio de Janeiro: Fiocruz. [ Links ]
No que tange a utilização do genograma na atuação dos profissionais da equipe de saúde, identificou-se que ele é considerado um importante instrumento no acompanhamento em saúde das famílias, como foi citado por cinco (05) participantes. Conforme relato de um (01) participante, ele começou a ser utilizado na ESF há aproximadamente um ano, um (01) agente comunitário de saúde relatou que utiliza pouco o instrumento em seu trabalho. Nas falas dos participantes, notou-se que a falta de conhecimento acerca do genograma se dá principalmente pelo pouco tempo em que ele está sendo utilizado e pela grande demanda da área de cobertura da ESF.
II Maria Aparecida Crepaldi, Doutora em Psicologia, professora do Programa de Pós-graduação em Psicologia da UFSC, Laboratório de Saúde, Família e Comunidade. E-mail: [email protected]
O Genograma é uma representação gráfica da família e tem sido utilizado em diversos contextos. Este artigo visa destacar a relevância da utilização do genograma na pesquisa qualitativa e propor um procedimento de aplicação e análise do mesmo. As informações reunidas pelo genograma podem incluir aspectos genéticos, médicos, sociais, comportamentais, relacionais e culturais, que denotam a estrutura e configuração da família dando indícios de seu funcionamento e dinâmica. Propõe-se que os questionamentos, comentários e verbalizações realizados pelo pesquisador durante a aplicação do instrumento sejam classificados de acordo com o sistema de categorias pré-determinado, e que os dados obtidos sejam submetidos às análises gráfica, clínica e do discurso, com posterior encaminhamento para cálculo de acordo entre juízes.
O genograma contribui para o acompanhamento das famílias com histórico de doenças e/ou vulnerabilidade, pois facilita a visão do contexto psicossocial e das situações estressoras para o sujeito e sua família. Ao mesmo tempo amplia as formas de detectar situações conflituosas que possam estar relacionadas a problemas e doenças na família. Por isso, o genograma se torna um instrumento que contribui na promoção da assistência à família (Muniz & Eisenstein, 2009).
O Genograma demonstrou-se adequado para utilização em estudos que englobam a dinâmica e estrutura das famílias. Ressalta-se que, diferente de outras entrevistas, a entrevista de confecção do Genograma não deve seguir uma ordem previamente estabelecida, mas a ordem proposta por cada família. Dessa forma, evitam-se mudanças bruscas de assunto e proporciona-se uma escuta empática aos entrevistados.
Neste tópico serão apresentadas e discutidas as contribuições do uso do genograma para a saúde mental.
Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (2009). O SUS de A à Z: garantindo saúde nos municípios. (3ª ed.). Brasília: Ministério da Saúde. [ Links ]
– Compreensão das relações familiares: ao visualizar as relações entre os membros da família de forma gráfica, é possível compreender melhor as dinâmicas e os papéis assumidos por cada um;
O Genograma Familiar é uma representação gráfica que mostra o desenho ou mapa da família. Também chamado de Genetograma trata-se de um instrumento amplamente utilizado na Terapia Familiar (McDaniel, Hepworth & Doherty, 1994), na formação de terapeutas familiares (Marchetti-Mercer & Cleaver, 2000), na atenção primária à saúde (Greenwald, Grant, Kamps & Haas-Cunningham, 1998; Rocha, Nascimento & Lima, 2002) e, recentemente, sua aplicação tem sido difundida em pesquisas sobre família (Amazonas, Damasceno, Terto & Silva, 2003; Castoldi, 2002; Piszezman, 1996; Souza, 2003).
O ecomapa, assim como o genograma, é um instrumento de abordagem familiar que possui o objetivo de avaliar a anatomia da família. Criado por terapeutas familiares¹, ele é utilizado para abordagem tanto do indivíduo como da família, de maneira a tentar identificar sua rede de apoio social e familiar.
Tomando-se como referencial a literatura que trata do contexto da Terapia Familiar ou mesmo Individual de orientação Sistêmica, o Genetograma ou Genograma constitui-se de uma representação gráfica da família, propiciando a coleta de informações que podem elucidar importantes aspectos da estrutura, dinâmica e ...
Os instrumentos – Genograma e Ecomapa são importantes para compreendermos melhor o processo de adoecimento nas famílias, conhecer a situação dos seus membros e suas relações não apenas dentro da família, mas também com as demais famílias com quem convivem e estabelecem suas redes de apoio.
Basta usar o software de genogramas Edraw para criar genogramas profissionais e completos com imensos símbolos vetoriais incorporados e modelos gratuitos.
Dentre as ferramentas de abordagem familiar em aten - ção primária à saúde, as mais utilizadas são: Geno gra - ma, Ecomapa, Ciclo de Vida Familiar, FIRO (Fun da - mental Interpersonal Relations Orientations) e PRACTI CE (Present Problem; Roles and Structure; Affect; Com mu - ni cation; Time in the family life cycle; ...
As ferramentas de trabalho com famílias são tecnologias relacionais, oriundas da sociologia e da psicologia, que visam estreitar as relações entre profissionais e famílias, promovendo a compreensão em profundidade do funcionamento do indivíduo e de suas relações com a família e a comunidade (SILVEIRA FILHO, 2007).
Na primeira visita domiciliar foi construído o genograma, Na segunda, o ciclo de vida, FIRO e PRACTICE. ... O Ciclo de vida familiar divide a história da família em estágios de desenvolvimento, onde se caracterizam papéis e tarefas específicas a cada um desses estágios.