As lutas indígenas são aquelas tradicionais dos povos indígenas brasileiros, sendo modalidades de artes marciais e um estilo de vida. Um importante exemplo dessas lutas é o HUKA-HUKA. As lutas africanas são bastante diversas e se originaram de vários países desse continente. Os principais exemplos são o LAMB e o DAMBE.
– A Constituição de 88 reconhece os direitos originários dos povos indígenas. Está lá. Então o marco temporal só veio como uma grande idiotice judicial. Se a Constituição já diz que reconhece os direitos originários, é porque as terras indígenas são dos povos indígenas, independe de qual tempo esteja, se era antes ou depois da Constituição de 88. – afirma Anápuaká Muniz Tupinambá.
Em 1973, foi promulgada a lei 6.001, que ficou conhecida como “Estatuto do Índio”. Na época de sua formulação, a cultura indígena era vista como “transitória” e o índio como “relativamente incapaz”.
Existem dezenas de tipos, mas as mais conhecidas são: Judô, Taekwondo, Karatê, Krav Maga, Jiu-jitsu, Muay Thai e Kung Fu. Elas surgiram como técnicas de defesa orientais voltadas para a luta individual e se espalharam pelo mundo como atividades físicas eficientes e modalidades esportivas.
São evidentemente “lutas” por território, muitas vezes desencadeadas por uma carência de políticas destinadas à efetiva demarcação e fiscalização das terras em questão.
Você, por acaso, chegou a acompanhar as recentes manifestações indígenas em Brasília? De um lado, o aumento do número de acampamentos na capital federal e, do outro, o Ministro Sérgio Moro autorizando o uso da Força Nacional para tentar controlá-los. Não é a primeira vez que algo assim acontece. O Movimento Indígena é bem antigo e forte no Brasil.
Dados da Pastoral da Terra revelam que o número de mortes de lideranças indígenas em 2019 foi o maior dos últimos 11 anos. No levantamento do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), o aumento nos casos de invasão e exploração ilegal de terras também chama atenção. Com o objetivo de unir as lideranças indígenas em torno de importantes questões, foi realizado um encontro, convocado pelo Cacique Raoni Metuktire, no Parque do Xingu.
Capoeira, Huka Huka, luta marajoara, Berimbau e Jiu-jitsu brasileiro, são alguns exemplos. Sem dúvida a mais conhecida de todas, é a capoeira. capoeira é luta, que mistura dança e música. E ela é nossa, legado afro-indígena-brasileiro, que representa a resistência do nosso povo.
As lutas são disputas em que os oponentes devem ser subjugados, com técnicas e estratégias de desequilíbrio, contusão, imobilização ou exclusão de um determinado espaço na combinação de ações de ataque e defesa. Caracterizam-se por uma regulamentação específica a fim de punir atitudes de violência e deslealdade.
Só em janeiro, segundo o jornal Folha de São Paulo, foram 17 processos devolvidos do Ministério para o órgão do governo federal. Pelo marco temporal, as populações que não estavam em suas terras ou não lutaram judicialmente por elas na data de promulgação da Constituição não têm mais direito algum sobre esses territórios.
De acordo com o estudo feito pela internet, que consultou 523 praticantes de alguma modalidade de luta, 23% dos consultados são adeptos do jiu-jitsu, seguido pelo muay thai (21%), boxe (16%) e taekwondo (10%).
“O nome índio quem deu foram os assaltantes dessa terra, o Brasil já era descoberto muito antes deles chegarem”, comenta José Carlos Lucas, 60 anos, músico e médico espiritual indígena.
Após a constituinte de 1988 – processo no qual os índios fizeram-se presentes – passa a ser assegurado o direito à sua própria cultura, direito processual e direito às terras tradicionalmente ocupadas, impondo a União o dever de zelar pelo cumprimento dos seus direitos:
Além da dificuldade de manter as culturas indígenas vivas, esses povos também enfrentam o desafio de preservar suas terras. A PEC 215 ilustra bem isso. A Proposta de Emenda Constitucional propõe delegar ao Congresso Nacional a decisão final sobre a demarcação de terras indígenas, quilombolas e unidades de conservação no Brasil. A PEC também garante indenização em dinheiro aos proprietários das áreas demarcadas, além de incluir o marco temporal em que os povos indígenas e quilombolas só teriam direito à terra se estivessem nela em 5 de outubro de 1988. Na prática, isso gera rivalidade entre os produtores rurais e os indígenas.
“Eu recebi o meu dom aos 42 anos de idade. Hoje em dia existem poucos pajés e xamãs dentro da aldeia, porque muitos índios estão morando em casas como o homem branco. As aldeias aqui em São Paulo agora têm posto de saúde e os índios não estão mais se interessando muito por essa medicina”, comenta Márcio Freitas, de 46 anos, xamã da Aldeia.
– As tecnologias foram feitas para ser ferramenta, como meio. Ela não vai resolver todos os problemas se essas populações não tiverem o conceito de linguagem. Se não unir a educação, a comunicação e a utilização dessas ferramentas, a tecnologia também não vai fazer muito sentido.
Assim como ele, a Antropóloga Kaingang, Laisa Sales Ribeiro resistiu aos desafios no espaço acadêmico, que tem na evasão escolar um grande desafio a ser superado, “Eu acho que o estado brasileiro tem uma dívida histórica com negros, índios e quilombolas. Então, se tem uma dívida histórica, as ações afirmativas são uma maneira de, de certa forma, amenizar isso. Mas ainda temos que avançar na discussão: ‘De que forma vamos pensar a permanência de nossos alunos”, salientou.
O direito à educação, à terra e a saúde, além de outros desdobramentos do encontro de lideranças indígenas no Parque Xingu são discutidos pelo apresentador Cristiano Reckziegel e convidados nessa edição do programa Debate.
Localizada em Santana de Parnaíba, zona oeste de São Paulo, a Aldeia Luz da Paz é um centro espiritualista de crenças indígenas. Fundada em 2015, ela é um local onde se realizam orações, cânticos, cerimônias, ensinamentos da cultura e práticas do xamanismo ancestral.
Algum tempo se passou até que, em 2002, fosse criada a APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), como uma maneira de unir as necessidades dos povos em geral em uma única voz.
– Antes, a escola veio para ensinar os indígenas a ler e a escrever, a se “civilizar”, era a tal da civilização. Eu abordo a importância da formação dos professores indígenas. Agora é a hora em que nós, povos indígenas, podemos escrever nossa história, podemos colocar em pauta dentro da universidade os nossos saberes, os nossos conhecimentos para serem, não só divulgados, mas também ser respeitado o nosso conhecimento.
Outro assunto de grande importância nas discussões dos povos indígenas é a questão da terra. Os conflitos são históricos, muitas vezes violentos, e, em 2019, o governo federal fez vários anúncios sobre demarcação de terras indígenas, com risco de redução de territórios. Uma interpretação jurídica não prevista na Constituição, o chamado “marco temporal” ainda não passou pelo Supremo Tribunal Federal, mas tem gerado um impasse entre a Funai e o Ministério da Justiça na análise dos processos de demarcação de terras.
Os principais problemas que as comunidades indígenas enfrentam hoje são a consequência daqueles que surgiram há anos. Nos dias atuais há problemas como a miséria, o alcoolismo, o suicídio, a violência interpessoal, que afetam consideravelmente essa população.
"A garantia do direito à moradia é um dos principais desafios enfrentados pelos povos indígenas que migram para as cidades, mas há também questões importantes, como a educação dos jovens e a violência enfrentada por essas pessoas, no contexto da segurança urbana", disse Lalande.
Os índios perderam suas terras e a liberdade para exercer sua cultura. Ainda hoje, o povo indígena luta para ter seu espaço respeitado e apenas deseja que sua cultura não desapareça. “O Brasil é o único país que não dá valor a suas raízes, mas todos são um pouco índios.
A demarcação de terras indígenas contribui para a política de ordenamento fundiário do Governo Federal e dos Entes Federados, seja em razão da redução de conflitos pela terra, seja em razão de que os Estados e Municípios passam a ter melhores condições de cumprir com suas atribuições constitucionais de atendimento ...