Neste artigo, você aprenderá a acessar a Deep Web, uma parte da internet com dados e informações que não podem ser consultadas através de um site de buscas normal, como o Google ou Bing. Também haverá instruções para entrar na Dark Web, uma “subseção” da Deep Web muito controversa e difícil de ser encontrada.
Em países onde a liberdade de expressão é limitada e cidadãos podem ser presos ou executados por certos discursos, a navegação anônima em camadas profundas da internet serve de meio seguro de comunicação para dissidentes políticos e informantes que buscam espalhar suas histórias para o resto do mundo.
A dark web também é notória por oferecer lojas virtuais de mercadorias proibidas ou de difícil acesso, inclusive drogas (lícitas e ilícitas) e armas.
Porém, como esses sites precisavam de ferramentas especiais para serem acessados, eles não apareciam em mecanismos de pesquisa e, assim, as duas definições não eram incompatíveis. No entanto, com o passar do tempo, parte desses sites de acesso exclusivo via Tor foi disponibilizada (via "pontes de acesso") na web normal - que não necessita de software especial. Com isso, o conteúdo que antes era dessa web "inacessível" foi parar até mesmo no Google. Acessar esse conteúdo, portanto, é tão fácil quanto acessar qualquer outro site.
Como a dark web também serve como meio anônimo para acesso à web comum, ela pode ser usada para burlar bloqueios de rede (como os que existem na China). Em outras palavras, nem todo mundo que utiliza a tecnologia da dark web pode estar interessado nos conteúdos que estão presentes nela, mas sim no anonimato que ela fornece para o acesso a qualquer conteúdo.
De acordo com a legislação brasileira, acessar a deep web não é ilegal. O que pode ser considerado ilegal, em alguns casos, é o tipo de atividade ou interação que o indivíduo desenvolve neste local.
Os sites que estão na deep web buscam uma coisa em comum: a privacidade. Os internautas que navegam por lá não querem ser importunados por outros usuários ou simplesmente (e principalmente), são criminosos, assassinos, pedófilos, participantes de seitas satânicas ou demais grupos que pregam atividades imorais e de violência explícita contra o ser humano.
Enquanto fóruns e espaços conhecidos podem ser visualizados diretamente, apenas digitando o endereço, por exemplo, a dark web é usada através do navegador Tor. Em alguns casos, configurações e autorizações especiais também são necessárias para visualização dos conteúdos, que nestes casos altamente restritos, normalmente escondem os crimes, bizarrices e materiais perturbadores tão falados por aí.
A "dark web" consiste dos sites que existem primariamente em redes anônimas e que necessitam de programas especiais. O Facebook, por exemplo, tem uma versão de seu serviço na dark web. No entanto, o meio de acesso principal não é este. Mas há outros sites que existem exclusivamente nessa dark web e não podem ser acessados sem o uso de programas como Tor, I2P e Freenet.
Ainda que seja muito usada para atividades ilegais ou criminosas, a deep web também pode ser utilizada com bons objetivos, como na elaboração de planos de atividades de segurança pública, segurança nacional ou mesmo de grupos ativistas.
Ao adentrar a camada mais profunda da internet, o usuário também pode estar sujeito a cair em golpes ou baixar soluções maliciosas para seus dispositivos. Além disso, caso não configure corretamente o meio de acesso, também pode expor a própria localização, dados de acesso e informações pessoais a terceiros que possam estar rastreando acesso, o que pode incluir desde agências governamentais e autoridades até cibercriminosos.
Uma delas é conseguir controlar um grande número de sistemas intermediários na rede. Se o número de sistemas controlados for grande o bastante, o interessado pode conseguir fazer alguma ligação entre o usuário e o conteúdo acessado. Essa é uma operação de médio prazo, já que é preciso monitorar os acessos por um bom tempo até que as ligações possam ser feitas sem depender da sorte.
Porém, mesmo que haja um link para a página, ela pode ainda bloquear mecanismos de pesquisa. Isso pode ser feito via rede (bloqueando os endereços IP da rede dos mecanismos de pesquisa) ou utilizando mecanismos oferecidos pelos próprios sites de busca que permitem a um site indicar qual conteúdo pode ser indexado. Um site pode facilmente determinar que a indexação de suas páginas é proibida e, nesse caso, elas não aparecerão nos mecanismos de busca mais comuns, que honram essas configurações.
Como você já deve ter percebido, tudo na dark web é uma faca de dois gumes, com estes mesmos aspectos também podendo ser usados para o mal. As informações restritas compartilhadas nestes espaços também podem envolver dados pessoais roubados ou vazados, bem como ferramentas cibercriminosas, com bandidos trocando informações, soluções e conhecimento.
A "web profunda" também é o território de temíveis hackers - criminosos virtuais - que se beneficiam do anonimato que a deep web fornece para compartilhar vírus e demais malwares que destroem ou roubam as informações do computador infectado.
Deep web é uma expressão inglesa e significa literalmente “Internet Profunda”. Também conhecida por Undernet ou Darknet, a deep web é considerada uma "internet invisível" porque todo o conteúdo disponível em seu interior não é de fácil acesso para a maioria dos internautas, e os produtores desses conteúdos optam por manter o seu anonimato, através de softwares que dificultam a sua identificação.
Essa camada da internet, apesar de ser restrita, não é totalmente diferente da chamada “web de superfície”. O fato de não ser indexável - termo que define páginas e conteúdos (fotos, vídeos, arquivos) que têm as características necessárias para aparecer em mecanismos de busca - não a torna “secreta”. Apenas restrita. Esse fator inviabiliza uma varredura extensa para medir todo o conteúdo que compõe a deep web.
Segundo dados levantados pelo Projeto Tor, que administra o navegador homônimo, países como China, Irã e Síria registram números crescentes de usuários da dark web - entre eles, pessoas comuns que buscam, por exemplo, postagens em redes sociais e reportagens sobre suas próprias nações, que vendem imagens internacionais diferentes da realidade interna. Os desenvolvedores do Tor atribuem muitos dos avanços conquistados durante a chamada Primavera Árabe à possibilidade do anonimato oferecida pela dark web, que pode ser considerada terreno estratégico para o aprendizado e a absorção das noções de liberdade e democracia, segundo seus idealizadores.
Foi justamente por essa possibilidade de realização de delitos, principalmente na forma de mercados ilegais de venda de produtos, fóruns de vazamento de dados ou sites de conteúdo ilegal, que se convencionou uma separação. A diferença entre deep web e dark web se resume basicamente à ilegalidade e, também, ao fato de esta ser uma das camadas mais difíceis de serem acessadas, estando ainda mais abaixo da surface web.
Outro foco de crimes é a pedofilia, que se beneficia da privacidade oferecida pela internet obscura. Apesar de toda a dificuldade, a Polícia Federal já deflagrou operações bem sucedidas de interceptação de material pornográfico envolvendo crianças em circulação na dark web. Entre os diversos crimes apurados, redes internacionais de pedófilos usam esse sistema para compartilhar imagens de tortura e de abusos de menores carentes.