Oi, pessoal! Hoje vamos falar sobre um dos grandes nomes da Sociologia: Auguste Comte. Ele foi um filósofo francês que viveu no século XIX e é conhecido por ter criado a Sociologia Positivista. Mas o que é isso? Basicamente, é uma abordagem científica para estudar a sociedade, que se baseia em fatos observáveis e na lógica.
Auguste Comte foi um dos fundadores da sociologia e acreditava que essa ciência deveria ser utilizada para compreender a sociedade de forma objetiva e científica. Para ele, a sociologia era uma ciência positiva que poderia ser usada para explicar as leis que regem o comportamento humano em sociedade.
Comte também desenvolveu a ideia dos “Três Estados do Conhecimento”, que se referem aos estágios pelos quais a humanidade passou em sua busca pelo conhecimento. No primeiro estado, o conhecimento é baseado em crenças religiosas. No segundo estado, ele é baseado em filosofias abstratas. E no terceiro estado, ele é baseado em observação empírica e experimentação científica.
O mesmo considerava que os indivíduos passavam individualmente por esses três estágios, ou seja, na fase ainda não madura os fenômenos naturais são teológicos, as crianças se satisfazem com explicações voltadas a religião.
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O filósofo foi, entretanto, um dos importantes formuladores de uma sociologia. Ele entendia essa ciência na posição intelectual mais elevada, incluindo nela os estudos da psicologia, da economia, a ética e a filosofia.
Esse progresso histórico do pensamento humano e o estado final, positivo, é também o objetivo político de Auguste Comte. O positivismo é, desse modo, a filosofia do autor que merece ser mais detalhada.
O estado metafísico é um intermediário, pois logo em seguida vem a fase positiva do conhecimento. Nesse momento, o pensamento é guiado pela observação empírica dos fenômenos. Assim, a produção de conhecimento não depende mais de deuses ou de abstrações de ideias, mas de uma metodologia científica.
Para Comte, o terceiro estado era o mais avançado e o mais importante para a ordem social. Ele acreditava que a ciência poderia ajudar a resolver problemas sociais e criar uma sociedade mais justa e harmoniosa.
Em linhas gerais, o papel da ciência é simplesmente oferecer maior controle sobre a natureza e possibilitar a melhoria da vida humana, tanto que o mesmo citou: “Saber para poder prever.” A ciência deve ser prática e não especulativa.
Outra curiosidade é que o filósofo foi criador do termo “austruisme” que em português significa “ altruísmo”, a filosofia de comte se resume em única frase: “ vivre pour autrui”, ou seja, “ viva pelos outros”
O pensador recebeu uma grande educação durante a sua vida, tanto que com apenas 15 anos de idade adentrou a Escola Politécnica no ano de 1814 e logo após destacou-se como um aluno de grande inteligência e habilidades, mas após dois anos na instituição, acabou sendo expulso por liderar um movimento de protesto, depois de algum tempo, começou a lecionar com aulas particulares.
Comte também valorizava a importância da sociedade civil na organização da sociedade. Ele acreditava que a sociedade deveria ser organizada de forma hierárquica, com os mais capacitados liderando os menos capacitados. Além disso, ele defendia a ideia de que a religião deveria ser substituída por uma nova religião, baseada na ciência e na razão.
Nessa época, o desejo era a criação de uma nação e uma identidade nacional. Nesse anseio pela renovação e a construção de um país, o positivismo inspirou, por exemplo, a frase destacada na bandeira do Brasil: Ordem e Progresso. Além disso, foram fundadas instituições como a Sociedade Positivista do Rio de Janeiro ou mesmo a Igreja Positivista do Brasil.
Já no ano de 1856, publicou “Síntese Subjetiva” que veio a ser o primeiro volume, infelizmente os outros volumes não foram publicados, pois Auguste Comte veio a falecer pelo o agravamento de um câncer.
Apesar das críticas, a sociologia de Comte teve grande influência no pensamento social contemporâneo. Sua ênfase na ciência e na observação empírica como formas de conhecimento influenciou muitos sociólogos posteriores. Além disso, sua ideia de que a sociedade deve ser organizada de forma hierárquica ainda é discutida nos dias atuais.
Comte entendia que a sociologia deveria ser baseada em fatos empíricos e observáveis, e não em especulações filosóficas. Ele defendia que a sociologia deveria se concentrar na análise dos fenômenos sociais, como a estrutura social, a dinâmica das instituições e as relações entre os indivíduos.
Em seguida, vem a fase metafísica ou abstrata. Nesse estado, o conhecimento progride passando a não atribuir mais a explicação das coisas aos deuses ou entidades divinas, mas sim a elementos abstratos como a “natureza” ou uma “força vital”. Assim, o elemento teológico é dissolvido para dar lugar às ideias e as forças.
Uma das ideias mais importantes de Comte é a sua teoria da evolução social. Ele argumentava que as sociedades passam por três estágios: o teológico, o metafísico e o científico. No estágio teológico, as pessoas explicam os fenômenos naturais por meio de crenças religiosas. No metafísico, elas começam a questionar essas crenças e buscar explicações mais racionais. E no estágio científico, elas usam métodos científicos para entender o mundo.
A ciência mais simples era a matemática, seguindo em ordem de complexidade a astronomia, física, química, biologia e a sociologia, ou a física social. Esta última disciplina científica estudaria o fenômeno social, que é o mais complexo. Mais tarde, Durkheim, inspirado em Comte, conseguiria fundar, finalmente, a sociologia como uma ciência.