A principal forma de amenizar os sintomas de descontinuação é reduzir a dose na qual este equilíbrio é interrompido, permitindo tempo para adaptação do sistema a um menor número de ligantes, limitando os sintomas a um nível tolerável.
Riscos. Ao tomar um remédio psiquiátrico, ele promove mudanças neurofisiológicas as quais o cérebro se adapta. Se o paciente interrompe abruptamente o uso da medicação psiquiátrica, especialmente antidepressivos, ansiolíticos e antipsicóticos, pode desencadear sintomas de retirada, ou síndrome de descontinuação.
Neurológicos e motores: tonturas, vertigens, sensação de cabeça vazia, cefaleia, falta de coordenação motora, alterações de sensibilidade da pele e tremores; Gastrintestinais: náuseas, vômitos e alterações do hábito intestinal; Somáticos: calafrios, fadiga, letargia, dores musculares e congestão nasal.
Sentimentos de tristeza, o estresse da vida diária e problemas de relacionamento podem causar sentimentos de perturbação ou tristeza que podem ser passageiros e não durarem muito tempo. Entretanto, os americanos têm tomado cada vez mais antidepressivos para enfrentar esses sentimentos.
Como fazer esse 'desmame'? Segundo o psiquiatra Elko Perissinotti, vice-diretor do Hospital Dia do IPq (Instituto de Psiquiatria) do HC da USP, é recomendável fazer a retirada gradual de um antidepressivo. "Se a dose era de 20 mg, o paciente pode tomar 15 mg por duas semanas, depois 10 mg e assim por diante."
Quanto às outras perguntas, o ideal é sempre parar o medicamento lentamente. Sabe-se que uma diminuição de dose com duração maior que 2 semanas por vez ajuda muito a aliviar qualquer sintoma de retirada do remédio. Alguns medicamentos como Paroxetina ou Venlafaxina dão muitos efeitos se cessados subitamente.
O desmame consiste em uma redução gradual da dose para minimizar os efeitos da descontinuação do remédio. Uma das estratégias é o uso da apresentação em gotas, que facilita a redução da dose ao longo de dias ou semanas. Lembre-se que esse processo tem que ser orientado e acompanhado pelo seu médico.
Em caso de depressão recorrente, o uso do escitalopram é recomendado por vários anos, para evitar novos episódios. O tratamento não deve ser descontinuado sem consultar o médico. O médico pode recomendar que a dosagem seja diminuída gradativamente até que pare de tomar por completo.
Mas você já ouviu falar da depressão refratária, que é uma depressão mais resistente? Nesses casos, a pessoa não responde da forma esperada mesmo após se tratar com, pelo menos, dois medicamentos de classes diferentes por um determinado tempo e na dose adequada.
Os investigadores suspeitaram que a resposta retardada à droga antidepressiva ocorre devido aos efeitos de moléculas de sinalização em membranas de células nervosas chamadas de proteínas G.