Todo planeta que gira em torno de uma estrela que não é o nosso Sol é um exoplaneta. Astrônomos do mundo inteiro já encontraram 4.383 planetas desse tipo em diversas regiões do espaço. Desse número, 159 são superterras (têm massa maior que a da Terra) e 47 são terrestres (assim como a Terra e Marte, por exemplo, eles têm a superfície sólida).
Para se ter uma ideia dessa grandeza, 700 quintilhões é o número 7 seguido de 20 zeros. Como comparação, estima-se que existam 7 quintilhões de grãos de areia na Terra. Ou seja, existem 100 vezes mais exoplanetas terrestres no Universo do que grãos de areia em nosso planeta. Ainda assim, há mais moléculas de água em um copo que o número de todos os planetas estimados pelo astrofísico sueco.
Como já se pode imaginar, esses 81 planetas mais próximos do que se poderia chamar de "irmãos da Terra" não mostram sinais de abrigar vida - em muitos deles, essa possibilidade já foi completamente descartada.
A única certeza que temos agora é que Giordano Bruno estava certo. Ainda no século 16, ele já propunha que o Universo era formado por estrelas acompanhadas de seus próprios planetas. Infelizmente, ele foi julgado e queimado na fogueira pela igreja por acreditar nessa multiplicidade de mundos.
Quando os telescópios observam uma estrela e surge um ponto negro que "caminha" pela imagem, isso indica que um planeta pode estar passando entre a estrela e o telescópio. Também é possível observar a perturbação da órbita de um astro devido à presença de outro, sem que este seja visualmente detectado.
“Certamente há muitas incertezas em um cálculo como este. Nosso conhecimento de todas essas peças é imperfeito”, disse Andrew Benson, coautor do estudo à Scientific American.
Ainda assim, é preciso lembrar que há muitos modelos para a existência de vida em outros planetas que são levados em consideração pelos astrobiólogos — cientistas que estudam possibilidades de vida no Universo.
Vale lembrar que o Sol tem quatro planetas terrestres ao seu redor, mas isso não significa necessariamente que o nosso Sistema Solar seja um modelo estatístico confiável para todo o Universo. Por enquanto, apenas 186 planetas terrestres com tamanho próximo de Mercúrio, Vênus, Terra e Marte foram descobertos.
Isso explica por que, desde a década de 90, quando foram descobertos os primeiros planetas fora do Sistema Solar - os exoplanetas -, apenas 5000 deles foram observados pelos astrônomos.
Sua órbita em torno da anã-vermelha localiza-se em uma região parecida com a da Terra em relação ao Sol, ou seja, está em uma zona habitável. Hoje, após análises, já se descobriu que o Gliese 581 c é quente demais para abrigar vida como a da Terra. Por isso, toda a atenção está voltada para o Gliese 581 g: segundo pesquisas, ele também está localizado na zona habitável. Se for um planeta com superfície rochosa, como a Terra, ele poderá ter água em estado líquido - um grande catalisador para o surgimento da vida.
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Para se ter uma ideia dessa procura de agulhas no palheiro, encontrar um planeta no espaço é como estar em Boston, cidade do leste dos Estados Unidos, e achar uma mosquinha rodeando um poste de luz na cidade de San Diego, na costa oeste, a mais de 4 mil quilômetros de distância.
Exemplos de exoplanetas que comovem a comunidade científica são os do sistema solar Gliese, localizados a 20 anos-luz da Terra. Ali, há quatro planetas girando em torno de uma estrela anã-vermelha. Um deles, o Gliese 581 c, foi o primeiro exoplaneta possivelmente habitável encontrado na história. Sua órbita em torno da anã-vermelha localiza-se em uma região parecida com a da Terra em relação ao Sol, ou seja, está em uma zona habitável.
Para começar, é preciso ter atmosfera: são os gases do efeito estufa que mantêm o calor necessário para que a água da superfície fique sempre em estado líquido. Um campo magnético é essencial para proteger a atmosfera de ser destruída por ventos estelares.
Como já se pode imaginar, esses 206 planetas mais próximos do que se poderia chamar de irmãos da Terra ainda não mostraram sinais de que abrigam vida, e muitos deles já tiveram essa possibilidade descartada.
Ainda assim, a tecnologia atual dos nossos telescópios impede a visualização de atmosferas de planetas distantes. Mas esse cenário deve mudar até 2030, com a inauguração de ao menos três telescópios: o tão esperado James Webb, que deve ser inaugurado ainda este ano, o de Trinta Metros, que está em construção no Havaí (EUA) e E-ELT (Telescópio Europeu Extremamente Grande).
A conta não é unânime, mas os números são, literalmente, astronômicos. Estudos de astrofísicos da universidade de Harvard, nos EUA, calculam que existam cerca de 17 bilhões de planetas parecidos com a Terra apenas na Via Láctea. Se ampliarmos a pesquisa para qualquer tipo de planeta (semelhantes aos gigantes gasosos do nosso sistema solar), este número salta para 100 bilhões.
Esta quantidade, porém, ainda é ínfima diante do total mais comumente aceito pelos cientistas do número de estrelas existentes: 70 sextilhões (10^22). As estimativas indicam também que há cerca de 100 bilhões (10^11) de galáxias.
Após análises, descobriu-se que o Gliese 581 c é quente demais para abrigar vida como a da Terra. Por isso, toda a atenção está voltada para o Gliese 581 g, um planeta que pode existir por ali, mas que ainda não foi confirmado.
A maioria dos planetas gerados pelo modelo computacional são extremamente diferentes da Terra. Eles são geralmente maiores, mais velhos e muito improváveis de suportar a vida devido à sua órbita em torno de suas estrelas-mãe. É claro, isso não significa que isso seja o fim da questão.
Para se ter uma ideia dessa procura de agulhas no palheiro, encontrar um planeta no espaço é como estar em Boston, cidade do leste dos Estados Unidos, e achar uma mosquinha rodeando um poste de luz na cidade de San Diego, na costa oeste, a mais de 4 mil quilômetros de distância.