Quantos Dias A Força Expedicionria Brasileira Permaneceu Na Segunda Guerra Mundial?

Quantos dias a Força Expedicionria Brasileira permaneceu na Segunda Guerra Mundial

VERTINO, Derek Destito. A Força Expedicionária Brasileira na Segunda Guerra Mundial. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 12, Vol. 02, pp. 100-107. Dezembro de 2018. ISSN:2448-0959

Na Itália, a Força Expedicionária Brasileira teve uma participação efetiva no combate às tropas do Eixo, numa campanha iniciada poucas semanas após o desembarque na Europa. O primeiro combate da FEB ocorreu durante o outono europeu, quando, no vale do rio Serchio, na região da Toscana, militares brasileiros ajudaram na tomada de Massarosa, Camaiore e Monte Prano.

O BRASIL NA SEGUNDA GUERRA

Apesar da tensão internacional, o Brasil resolve manter sua neutralidade após a eclosão da Segunda Guerra Mundial, quando a Polônia é invadida pela Alemanha Nazista e a União Soviética, em Setembro de 1939. A neutralidade de Getúlio Vargas faz com que ele ganhe tempo em explorar as melhores propostas de parceiros internacionais para atingir importantes metas de seu governo como o processo de industrialização e modernização das Forças Armadas Brasileiras.

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A REINTEGRAÇÃO SOCIAL DOS VETERANOS

A REINTEGRAÇÃO SOCIAL DOS VETERANOS

O Brasil teve uma participação efetiva na Segunda Guerra Mundial (1939-1945) com o envio, para os campos de batalha, de uma força militar conhecida como Força Expedicionária Brasileira (FEB). Este grupo, que no total chegou a reunir cerca de 25 mil homens, participou, junto com os Aliados (Estados Unidos, Inglaterra e União Soviética), de combates na Itália travados contra países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão).

A participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial foi um marco histórico para o país. Embora tenha demorado um pouco para o Brasil se juntar aos Aliados, sua entrada no conflito foi de extrema importância para o desfecho da guerra.

Derek Destito Vertino

A histórica Conferência de Potengi, em Natal (RN), no dia 28 de Janeiro de 1943, foi marcada pela visita de Vargas e Roosevelt na vistoria das instalações militares na região. Os dois líderes decidiram no evento a criação da Força Expedicionária Brasileira, uma Divisão de Infantaria Expedicionária incorporada ao Exército Americano, na luta contra o nazifascismo, no maior conflito armado da Historia. A contradição do alinhamento brasileiro era claro pela maneira que o país era conduzido por Vargas, o mesmo personagem que deportou a alemã judia Olga Benário, uma militante comunista, para a morte nas câmaras de gás no Campo de Concentração de Bernburg, em 1942.

Soldados brasileiros embarcando para a Itália. A tropa brasileira era a única oficialmente não segregada racialmente entre os Aliados (Acervo Pedro Scuro / Portal da Força Expedicionária Brasileira)

A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

A Força Expedicionária Brasileira desembarcou na Itália em cinco escalões, de Junho de 1944 a Fevereiro de 1945, com o apoio do Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1°GAvCa) e a 1ª Esquadrilha de Ligação e Observação (1ª ELO), totalizando uma força de 25.000 homens na linha de frente e retaguarda.

Embora o governo norte-americano tivesse pressionado Vargas a ceder bases no Nordeste e em Fernando de Noronha para tropas Aliadas (o que contribuiu para que o Brasil declarasse guerra ao Eixo, em janeiro de 1942), o fato é que as vitórias dos Aliados no norte da África, em novembro daquele ano, diminuíram a importância estratégica do Brasil. Daí em diante, se o país entrou de fato no conflito, foi em boa medida resultado da insistência do governo brasileiro.

[1] Licenciado em História e pós-graduado em História Militar. Escritor, membro correspondente da Academia de História Militar Terrestre do Brasil e Organizador do Portal da Força Expedicionária Brasileira.

De estudante para estudante

Foi numa outra frente, contudo, na região da Emília Romanha, que a FEB obteve seus resultados mais expressivos: a conquista das comunas de Monte Castello e Montese e o cerco a uma divisão militar do Eixo. Esse local era importante pois, de lá, as tropas inimigas impediam o avanço dos Aliados em direção ao norte da Itália. Após alguns combates diretos, os brasileiros finalmente conseguiram dominar o local, de onde seguiram rumo a Gênova, já próximo à fronteira com a França.

Em dezembro de 1941, a Marinha Imperial Japonesa promove um ataque surpresa contra a base americana de Pearl Harbor, no Havaí, em uma tentativa fracassada de destruir a frota dos Estados Unidos no Pacífico. Tal agressão fez com que os estadunidenses mergulhassem na Segunda Guerra, ganhando a solidariedade das nações americanas, inclusive o Brasil.

A 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária foi composta pelo 1º Regimento de Infantaria (Rio de Janeiro-RJ), 6º Regimento de Infantaria (Caçapava-SP), 11º Regimento de Infantaria (São João Del Rey-MG, 9º Batalhão de Engenharia (Aquidauana-MS), 1º Batalhão de Saúde (Valença-RJ) e outras unidades menores, subordinados ao Comandante João Batista Mascarenhas de Morais, incorporada ao IV Corpo do V Exército Americano.

O RETORNO E A REINTEGRAÇÃO SOCIAL DOS VETERANOS DE GUERRA

A Força Expedicionária Brasileira (FEB) foi criada em 1943, com o objetivo de enviar tropas brasileiras para lutar na Europa. A formação da FEB foi um processo desafiador, pois o Brasil precisou superar uma série de obstáculos logísticos e políticos para enviar seus soldados ao front.

Os grandes desfiles e a calorosa recepção dos veteranos de guerra vitoriosos em prol da Democracia na Europa contra o nazifascismo ameaçavam a estabilidade do Estado Novo de Getúlio Vargas. O conhecimento adquirido no maior conflito armado da história não foi devidamente aproveitado, dispensando sumariamente soldados e transferindo os oficiais para quartéis distantes.

As Forças Armadas Brasileiras instruíam os seus recrutas com base nas experiências adquiridas na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), pela ultrapassada consultoria da Missão Militar Francesa que atuou em nosso país entre 1919 a 1940.

CONTEÚDO

O prolongamento da primeira fase do Governo Vargas provoca a eclosão da Revolução Constitucionalista de 1932, quando a elite cafeeira paulista e seus colaboradores promovem a maior Guerra Civil dentro do território brasileiro. Apesar do fracasso no campo de batalha e tentativa de deposição do Presidente, a Assembleia Constituinte promulga a Constituição de 1934, dando início ao Governo Constitucional, até 1937.

A tardia aprovação da pensão aos ex-combatentes na nova Constituição Federal de 1988, ampliou a cobertura da zona de guerra para recrutas que serviram em quartéis no litoral e cidades com rios navegáveis, gerando revolta aos veteranos que foram equiparados a recrutas que não correram os mesmos ricos de vida.

  • Brasil na Segunda Guerra - primeiros anos: Da neutralidade ao rompimento com o Eixo
  • Brasil na Segunda Guerra - Vargas e Hitler: Ditador brasileiro preferia a neutralidade
  • Brasil na Segunda Guerra - surge a FEB: Dificuldades para criar uma força expedicionária
  • Brasil na Segunda Guerra - FEB na Itália: Brasileiros receberam treinamento intensivo
  • Brasil na Segunda Guerra - Monte Castelo: Vitória, volta da FEB e fim do Estado Novo
  • Brasil na Segunda Guerra - terror no Atlântico: Navios torpedeados e declaração de guerra

A ERA VARGAS (1930-1945)

A ERA VARGAS (1930-1945)

A fácil adaptação do brasileiro ao campo de batalha demonstrou uma campanha de superação que, apesar de alguns erros, surpreendeu todo o Comando Aliado na Campanha da Itália. De Julho de 1944 a Maio de 1945, a Força Expedicionária Brasileira logrou vitória nas Batalhas de Montese, Castelnuovo, Monte Castello, Colleccio e Fornovo di Taro. Este último, rendendo os efetivos remanescentes de duas divisões alemãs e duas italianas, totalizando cerca de 15.000 prisioneiros de guerra da 148ª Infanterie-Division, a 90ª Panzergrenadier-Division, a 1ª Divisão Bersaglieri e 4ª Divisão de Montanha “Monte Rosa”.

A vitória dos Aliados na Segunda Guerra Mundial consolidou uma visão da história que supervalorizou a participação da FEB no conflito e ocultou os interesses envolvidos na formação da Força Expedicionária Brasileira. O sucesso das incursões brasileiras e as baixas sofridas no front - mais de 450 - só ajudaram a consolidar a imagem de um exército forte que foi para a Europa auxiliar na libertação da Europa do nazifacismo.

A participação da FEB não foi isenta de desafios. Os soldados brasileiros tiveram que se adaptar rapidamente às condições adversas dos campos de batalha europeus, enfrentando o frio, a escassez de recursos e o combate contra um inimigo bem treinado. No entanto, sua contribuição para a vitória aliada foi significativa, especialmente na campanha da Itália.

O que foi o expedicionário?

Força Expedicionária Brasileira (FEB) Força militar enviada pelo Brasil à Europa para lutar ao lado dos Aliados, contra o Eixo, na Segunda Guerra Mundial. Foi constituída em agosto de 1943 e entregue ao comando do general-de-divisão João Batista Mascarenhas de Morais.

Quantos soldados brasileiros morreram na guerra da Itália?

457 Isso representa quase o dobro do número de brasileiros da Força Expedicionária Brasileira (FEB) mortos na Itália, na Segunda Guerra Mundial, que vitimou 457 militares brasileiros, de acordo com o Boletim Especial do Exército de 2 de dezembro de 1946.

Quantos dias a FEB na Segunda Guerra Mundial durou?

O Brasil na Segunda Guerra Mundial. A participação brasileira na Segunda Guerra Mundial começou em 16 de setembro de 1944, durou sete meses e teve como objetivo a libertação da Itália.

Quantos dias durou a campanha da FEB?

Exatamente sete meses e 19 dias foi quanto durou a campanha da FEB na Itália.

Quantos dias a FEB ficou ininterruptamente na Segunda Guerra Mundial?

239 dias "No período de um ano de presença no teatro de operações do Mediterrâneo, a FEB, com um efetivo total de 25 mil homens e um efetivo combatente de 15 mil homens (uma divisão de infantaria), combateu ininterruptamente durante 239 dias. Teve 2.000 baixas de combate e 451 mortos.

O que foram os pracinhas?

Pracinha é um termo referente aos soldados veteranos do Exército Brasileiro que foram enviados para integrar as forças aliadas contra as forças do Eixo na Segunda Guerra Mundial. ... Estes eram os soldados que estavam na linha de frente das batalhas.

Qual o símbolo da força Expedicionaria brasileira?

O símbolo da FEB, que pode ser visto na imagem de capa deste artigo, é o de uma cobra fumando um cachimbo. Esse símbolo foi uma resposta àqueles que diziam que o Brasil não teria capacidade de ir à guerra. Isso só ocorreria, diziam em tom de desdém, se a “cobra fumasse”.

Quantos soldados brasileiros morreram na Itália?

Participando efetivamente do conflito no teatro de operações da Itália, a FEB (Força Expedicionária Brasileira) enviou cerca de 25 mil homens para combater ao lado dos aliados na Europa. O resultado dessa participação foi o total de 467 soldados brasileiros mortos em ação.

Quantos militares já morreram de Covid?

Sydrião é uma das mais de 180 mil vítimas da pandemia no Brasil, e uma das 809 que pertencem às Forças Armadas, segundo dados obtidos com exclusividade por ÉPOCA. A maior parte desse contingente — 770 — é composta de militares reformados.

Por que os soldados brasileiros eram chamados de pracinhas?

Por que os soldados brasileiros enviados para a 2ª Guerra Mundial eram chamados de pracinhas? O termo pracinha surgiu da expressão “sentar praça”, que significa se alistar nas Forças Armadas. O apelido era atribuído aos soldados rasos, detentores da patente mais baixa da hierarquia militar.