É considerada uma espécie que pode entrar na lista de aves ameaçadas de extinção. Isso se deve especialmente por causa do desmatamento nos locais onde ela habita e buscam por comida.
Uma das maiores brigas da história do Maracanã e do futebol brasileiro. Assim terminou outro campeonato que marcou a memória popular em relação ao maior estádio do mundo. Sem conquistar o Campeonato Carioca há 33 anos, o Bangu chegava ao jogo final, contra o Flamengo, com dois pontos de vantagem e dependendo apenas do empate para levantar a tão sonhada taça. No Flamengo, o atacante Almir “Pernambuquinho” prometeu que não haveria volta olímpica no Maracanã, a não ser que fosse do Flamengo.
“O torcedor vai ao Maraca com a ilusão de que pode mudar a realidade do jogo. E pode mesmo. A torcida é fundamental, faz toda a diferença." (Lúcio de Castro, em depoimento ao Arquivo Nacional, 13 de julho de 2021)
Diante de um Maracanã lotado, o Santos venceu o Boca Juniors por 3 a 2 na primeira das finais da Taça Libertadores da América. Dois gols de Coutinho e um de Lima. Uma semana depois, nova vitória, dessa vez por 2 a 1, no histórico estádio La Bombonera, deu ao alvinegro praiano o bicampeonato da América. Rio de Janeiro, 3 de setembro de 1963. Correio da Manhã.
O Maracanã sem seu irmão menor. Vista da parte externa do estádio, em que podemos visualizar a área em que seria construído o ginásio Gilberto Cardoso, popularmente conhecido como Maracanãzinho, inaugurado em 1954. Rio de Janeiro, s.d. Correio da Manhã.
“Marque o tempo!”... A trajetória da seleção brasileira se confunde com a história do estádio. No quinto módulo, traremos algumas partidas do Brasil contra seleções do mundo todo, com destaque para conquistas importantes e amistosos inesquecíveis, passando por vários momentos marcantes.
E os craques, os “artistas do espetáculo”, estão presentes no sexto módulo da exposição. “Pimba na gorduchinha!”... Gols, dribles, jogadas inesquecíveis, que fizeram do Brasil uma referência no futebol mundial. “Vai mais, vai mais, vai mais, garotinho!” E você vai rever algumas das lendas que pisaram no gramado do Maracanã entre os anos 1950 e 1970.
“O credenciamento era restrito. Não teve credencial pra mim, mas sobrou uma credencial de fotógrafo. O Oldemário Touguinhó me emprestou uma máquina, mas esqueceu de botar o filme. E eu nem sabia fotografar. Eu estava lá, sentado, junto com os outros fotógrafos, com uma máquina sem filme (risos). Quando ocorreu o gol, eu fui um dos que estavam lá correndo atrás do Pelé. Uma cena muito emocionante, muito marcante.” (José Trajano, em depoimento ao Arquivo Nacional, 3 de junho de 2021)
Seleção brasileira perfilada antes do jogo contra Portugal no Maracanã. Da esquerda para a direita: Didi, Ernani, Bellini, Nilton Santos, Paulinho de Almeida, Jadir, Zito, Garrincha, Del Vecchio, Canhoteiro e Pagão. Rio de Janeiro, 11 de junho de 1957. Agência Nacional.
No Equador, permaneceu por décadas. Com problemas de saúde, retornou ao Uruguai, onde recebeu atendimento graças a um grupo de torcedores que arrecadaram fundos para ajudá-lo. Hoje vive na casa Retiro dos Artistas, na cidade do Rio de Janeiro (RJ).
Minha esposa nunca tinha ido ao Maracanã. Em 2013, aproveitei a reabertura do estádio, que havia passado por reformas para a Copa do Mundo, a fim proporcionar a ela essa experiência que é quase um rito de passagem no Rio de Janeiro. Mal pude me conter quando vi o velho Maraca transformado em uma arena genérica com preços proibitivos para as classes populares e com a capacidade de público reduzida de forma humilhante. Infelizmente, o estádio que minha esposa desejava conhecer aparentemente não existia mais. Em seu lugar, erguia-se uma espécie de “Arena Leblon”.
“O Zico chega a jogar no time profissional, depois retorna pra base. Só em 1974 o Zico é campeão jogando, já com 21 anos. Na época se demorava um pouco mais pra se lançar um jogador. Hoje com 16, 17 anos o jogador já é lançado. Na época, pra chegar no profissional e se firmar, geralmente, o jogador tinha em torno de 20, 21 anos. Era mais demorada essa transição.” (Mauro Cézar Pereira, em depoimento ao Arquivo Nacional, 5 de julho de 2021)
Nas legendas você encontra depoimentos de Juca Kfouri, José Trajano, Washington Rodrigues (“Apolinho”), Mauro Cezar Pereira e Lúcio de Castro, que relembram histórias e curiosidades vividas por eles enquanto frequentadores do antigo e lendário estádio.
O time do Palmeiras perfilado antes de uma das partidas da competição. Assim como o Fluminense, o clube paulista recorre atualmente à Fifa para o reconhecimento do título desse torneio como “campeão mundial”. Rio de Janeiro, 1951. Correio da Manhã.
Paulo Valentim, caído, observa um dos seus cinco gols na vitória acachapante do Botafogo sobre o Fluminense, diante de 130 mil pessoas. Castillo, grande goleiro tricolor, não esconde sua frustração. O time da estrela solitária aplicou uma histórica goleada por 6 a 2 no rival, conquistando o título do Campeonato Carioca de 1957. Valentim, com os cinco gols, ultrapassou o rubro-negro Dida e alcançou a artilharia do torneio. Rio de Janeiro, 22 de dezembro de 1957. Correio da Manhã.
“Até pela questão da grana eu ia na geral quando era jogo de outros clubes. E gostava de ir, sempre que podia, sempre quando o jogo me interessava. E guardava [o dinheiro] para ir na arquibancada no jogo do meu time.” (Lúcio de Castro, em depoimento ao Arquivo Nacional, 13 de julho de 2021)
Em 1963, o Santos enfrentou o Milan na final do Mundial. Após a derrota na Itália, por 4 a 2, o time brasileiro tinha a dura missão de vencer os italianos na segunda partida, e sem contar com Pelé, machucado. Os santistas mandaram a partida no Maracanã, fato que se tornou comum na época. A torcida carioca abraçou aquele time de tantos craques e o Santos conseguiu uma virada histórica, devolvendo a derrota pelo mesmo placar de 4 a 2, após começar perdendo por 2 a 0. No jogo desempate, também no Maracanã, o Santos conquistou o mundo ao vencer por 1 a 0, gol de Dalmo, lateral esquerdo, de pênalti. Rio de Janeiro, 16 de novembro de 1966. Correio da Manhã.
Os campeões. Time uruguaio que bateu o Brasil no jogo decisivo da Copa do Mundo de 1950. Da esquerda para a direita, em pé: Obdulio Varela, Tejera, Gambetta, González, Roque Máspoli e Rodríguez Andrade; agachados: Alcides Ghiggia, Julio Pérez, Miguéz, Juan Schiaffino e Morán. Maracanã, Rio de Janeiro, 16 de julho de 1950. Correio da Manhã.