Antes de qualquer especificação, opinião ou informação sobre o Renegade Moab, vamos quebrar o protocolo das análises do Canaltech para uma rápida explanação. Você que está lendo este conteúdo sabe o porquê de a Jeep ter escolhido o nome Moab para batizar uma das variantes do Renegade? Não? Então, vamos lá.
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O problema das versões diesel é sabido, o preço, uma vez que essa motorização sempre foi oferecida apenas nas mais caras, como Longitude (R$ 156.590) e Trailhawk (R$ 168.890).
A proposta foi acertada e caiu no gosto dos consumidores. Aliás, tudo que se refere ao “jipinho” dá certo. O Renegade Moab chegou ao mercado como uma proposta mais acessível na gama do modelo equipado com motor turbodiesel.
Os atributos do Jeep Renegade Moab são bem claros. Com uma altura em relação ao solo de 21,6 centímetros, ângulo de ataque de 30° e 33° de saída, é um SUV que atende a quem quer um modelo versátil no uso e com boa relação entre desempenho e economia. Claro, não é a versão mais off-road, título que fica para a variante Trailhawk, porém é o suficiente para encarar tranquilamente aquela lama, facões ou cascalho na viagem para o sítio.
Agora que você já aprendeu a origem do nome, podemos dar sequência ao review propriamente dito. A reportagem do Canaltech passou uma semana com o Jeep Renegade Moab e colocou à prova o slogan da campanha do SUV. E aí? Será que o Moab é mesmo “o mais selvagem dos Renegades”? É isso o que vamos mostrar a seguir.
E o mais legal: quando o SUV está parado, não fica “tremendo”, como alguns outros modelos movidos a diesel costumam fazer. O isolamento acústico, aliás, também merece nota alta, pois o som pouco chega na cabine.
O Jeep Renegade Moab 4×4 turbodiesel foi lançado durante o evento off-road Jeep Challenge Brasil. Motorização diesel não é muito apreciada no segmento off-road, mas a marca apostou na nova versão com o motor 2.0 turbodiesel, de 170 cv, e 35,7 kgfm de torque.
O SUV da Jeep na versão Moab é disponibilizado somente em cinco cores: Verde Recon, Branco Ambiente, Prata Billet, Preto Carbon e Cinza Antique, como a que passou um tempo conosco para análise.
A direção com assistência elétrica é bem acertada – sem aquele ajuste que torna a condução desconectada com o piso. E a suspensão independente nas quatro rodas faz sua parte trazendo a sensação de conforto e segurança.
Moab é o nome de um deserto muito conhecido pelos apaixonados por aventuras mais apimentadas. O local é o paraíso das práticas off-road extremas e fica no Estado norte-americano de Utah.
Apesar da robustez, o Jeep Renegade Moab é excelente para andar na cidade. O motor 2.0 turbodiesel de 170 cavalos, aliado ao torque de 35,7 kgfm, à direção elétrica e ao câmbio automático de 9 velocidades, faz com que a tocada seja ágil nas saídas e nas retomadas, apesar de se tratar de um veículo de 1.627 quilos.
Além do motor 2.0 turbodiesel de 170 cv, o Moab herdou da configuração mais completa o seletor de modos de condução off-road com cinco opções: Auto, Snow, Sand, Mud, Rock (automático, neve, areia, lama, pedra), mais 4×4 Low, 4×4 Lock (bloqueio) e freio automático de descidas.
O design, por sua vez, não decepciona. O Jeep Renegade Moab tem o nome grafado na lateral dianteira e no porta-malas. Há ainda dois ganchos para engate na parte dianteira e um na traseira para o SUV fazer jus ao visual aventureiro.
Moab, na verdade, foi pensado pelos executivos da Jeep para homenagear o deserto de Moab, localizado na região de Utah, nos Estados Unidos, e que é usado pela marca como campo de testes para os carros antes de eles chegarem ao mercado. A campanha de lançamento desse SUV, inclusive, foi gravada lá e intitulada “O Mais Selvagem dos Renegades”.
O Jeep Renegade Moab tem seu lado selvagem como ponto principal, mas a veia tecnológica não foi esquecida na construção do SUV. O pacote disponibilizado pela montadora em termos de conectividade e segurança é bastante completo e capaz de suprir o que os proprietários precisam.
Esse propulsor traz acoplado a transmissão automática de nove velocidades, de trocas suaves e excelente rendimento energético. O conjunto é o mesmo das versões diesel Trailhawk e Longitude.
Obviamente, alguns defeitos das outras versões continuam por aqui. O porta-malas de 320 litros é pequeno mesmo para um crossover compacto, sendo um dos menores do segmento – e olha que teve de perder o estepe de tamanho integral para usar um menor de uso temporário para ganhar litragem. Já o espaço para os ocupantes é ótimo nos bancos dianteiros, mas quem for atrás vai se ver em uma situação um pouco mais apertada dependendo da altura que tiver.
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No Jeep Renegade é regra o pouco espaço do porta-malas, com capacidade para 320 litros. No Moab não é diferente. Vai viajar, fazer trilha e seja lá qual for o destino o melhor é enxugar ao máximo os pertences pessoais e objetos a serem levados.
Tendo a versão topo de linha Trailhawk, que custa R$ 21.800 a mais, como referência entre os principais atributos que o modelo “perdeu” estão: sensores crepusculares e de chuva, airbags laterais, de joelho e cortina, faróis full-led, paddle shift para trocas de marchas no modo manual no volante e tela de 8,4” da central multimídia – a do Moab é equipada com 7”.
Com o câmbio automático de 9 marchas bem calibrado oferece uma tocada mais suave e ajuda muito no rendimento energético. Na cidade chegamos a uma média de 10,8 km/litro, enquanto no ciclo rodoviário este valor subiu para 15,6 km/litro, bem acima dos 10,1 km/litro e 12,5 km/litro registrados no Inmetro. Como comparação, o Renegade 1.8 com etanol roda 6,8 km/litro na cidade e 10,3 km/litro na estrada, fazendo com que o modelo diesel seja tão econômico na cidade quanto o flex é nas rodovias.