Formado em Jornalismo pelo Centro Universitário Brasileiro (UNIBRA) desde 2023. Repórter no Sistema Jornal do Commercio de Comunicação (SJCC) desde 2022. Escrevo sobre atualidades, entretenimento, benefícios sociais e serviços à população.
Nesta quarta, Aro disse não ter ideia de como será possível pagar R$ 400 sem estourar o teto de gastos. "Isso [R$ 400] é o paraíso, porque fomentamos o auxílio social. Como Bolsonaro fará, não faço ideia. Alguém amanhã pode dizer a ele que isso pode não ser viável, mas a equipe econômica, quando quer, tem solução para tudo. Pode ter algum recuo nas próximas horas", falou.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse hoje que o governo deve começar a pagar o novo Bolsa Família em novembro, após o fim do auxílio emergencial 2021, com valor "mínimo" de R$ 300. Hoje, o programa federal paga, em média, R$ 192, o que representaria um aumento de 56,25%.
Embora algumas propostas sejam populares, como a correção da tabela do IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física), há outras que ainda enfrentam resistências e podem esbarrar no lobby de empresas e categorias que hoje pagam menos imposto sob a "pejotização".
O governo usa o ganho de arrecadação com medidas como a tributação de lucros e dividendos, por exemplo, para servir de financiamento permanente para a ampliação do programa. Por isso, uma eventual redução na alíquota de Imposto de Renda proposta, de 20% para 15%, poderia afetar o valor médio a ser pago aos beneficiários do Bolsa Família.
Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu o valor de R$ 400 para o benefício, e disse que não vai estourar o teto de gastos. Ele não explicou, porém, como vai fazer isso.
"Temos a responsabilidade que estes recursos venham do próprio Orçamento da União. Ninguém vai furar teto, ninguém vai fazer nenhuma estripulia no orçamento, mas seria extremamente injusto deixar aproximadamente 17 milhões de pessoas com valor tão pouco do Bolsa Família", completou.
Apesar de prometer responsabilidade fiscal, Roma não informou qual será a fonte de recursos do programa nem como o governo encontrará espaço no teto de gastos. Ele fez um pronunciamento à imprensa, mas não respondeu perguntas.
Em pronunciamento à imprensa, o ministro garantiu que não haverá crédito extraordinário para pagar o Auxílio Brasil, mecanismo que permite que gastos sejam contabilizados fora do teto.
O Bolsa Família em outubro vai pagar, no mínimo, R$ 600 aos seus beneficiários, mas não há previsão de aumento significativo. Em setembro, o valor médio recebido foi de R$ 686,89 - o seu maior da história.
O pagamento de R$ 400 aos beneficiários representaria uma derrota para o ministro da Economia, Paulo Guedes, porque o ministério vinha defendendo um auxílio de R$ 300, que permitiria manter os gastos do governo dentro do teto.
Ontem, o governo cancelou de última hora um evento de lançamento do Auxílio Brasil. O anúncio de que Bolsonaro teria decidido subir o valor do auxílio para R$ 400 repercutiu negativamente no mercado financeiro, com o dólar comercial disparando e a Bolsa tombando mais de 3%.
Portanto, o dinheiro total vai depender de quantas pessoas tem no grupo familiar. Isso porque, cada pessoa tem direito a um mínimo de R$ 142. Então, uma família com cinco pessoas recebe, no mínimo, R$ 710.
Vincular uma medida à outra foi uma "decisão de governo" diante da avaliação de que a reforma do IR precisa "ser impulsionada" para a aprovação, ainda de acordo com o jornal.