A história de prometeu acorrentado é uma tragédia grega do dramaturgo Ésquilo, o mesmo escrevia peças de tragédias famosas na Grécia antiga com uma simbologia de mensagem importante, o surgimento da racionalidade e a intelectualidade, intelectualidade essa revelada pela busca e o uso do fogo, busca que levou ao nome da mitologia: “Prometeu acorrentado”. Prometeu foi considerado o conhecedor das ciências e das artes e o grande criador da humanidade, o titã foi responsável pelo desenvolvimento do homem.
Foi então que chegou à terra o Titã Prometeu, descendente da antiga raça de deuses destronada por Zeus. O gigante sabia que na terra estava adormecida a semente dos céus. Por isso apanhou um bocado de argila e molhou-a com um pouco de água de um rio. Com essa matéria fez o homem, à semelhança dos deuses, para que fosse o senhor da terra. Tirou das almas dos animais características boas e más, animando assim a sua criatura. E Atena, deusa da sabedoria, admirou a criação do filho dos Titãs e insuflou naquela imagem de argila o espírito com o sopro divino.
Para castigar o homem, Zeus ordenou a Hefesto (Vulcano) que modelasse uma mulher semelhante às deusas imortais e que tivesse vários dons. Atena (Minerva) ensinou-lhe a arte da tecelagem, Afrodite (Vênus) deu-lha a beleza e o desejo indomável, Hermes (Mercúrio) encheu-lhe o coração de artimanhas, imprudência, ardis, fingimento e cinismo, as Graças embelezaram-na com lindíssimos colares de ouro
E assim, decide que Prometeu não ficaria impune pela sua desobediência e o aprisiona em um rochedo em pé com correntes indestrutíveis junto com uma terrível ave responsável por devorar seu fígado todos os dias ocasionando dores, como Prometeu era um Deus imortal, mesmo comendo o fígado, o órgão regenerava a cada dia para ser novamente devorado no dia seguinte, Prometeu permaneceu por muitos anos da sua existência aprisionado, os deuses iam visitar o titã com o seguinte pedido: “ Peça perdão a Zeus, só assim ele te soltará.” Mas Prometeu continuo irredutível.
Deu-lhes o dom da Profecia, para o entendimento dos sonhos; mostrou-lhes o fundo da Terra e suas riquezas minerais: o cobre, a prata e o ouro e a fazer da vida algo mais confortável. E, por último, ele roubou uma centelha do fogo celeste e a trouxe à terra.
Zeus desceu a terra e ofereceu a liberdade com a proposta que Prometeu escondesse do ser humano o domínio do fogo, em favor da humanidade, Prometeu recusa tal oferta e decide se sacrificar, séculos e séculos preso, até que Hercules, um herói da mitologia, apareceu e matou a terrível ave e soltou as correntes que prendiam Prometeu.
Prometeu é frequentemente associado à religião, pois representa a relação entre os deuses e os mortais, além da importância da sabedoria e do conhecimento para a compreensão do divino.
Para castigar o homem, Zeus ordenou a Hefesto (Vulcano), o Deus das Artes, que modelasse uma mulher semelhante às deusas imortais e que ela fosse muito dotada. A mulher ainda não havia sido criada. Poucas horas depois, Hefesto chegou com uma estátua de pedra que retratava uma belíssima e encantadora donzela. Ela era linda, e clara como a neve. Atená (Minerva) lhe deu a vida com um sopro e ensinou-lhe a arte da tecelagem, os outros deuses dotaram-na de todos os encantos; Afrodite (Vênus) deu-lhe a beleza, o desejo indomável e os encantos que seriam fatais aos indefesos homens. Apolo confere-lhe a voz suave do canto e a música, as Graças embelezaram-na com lindíssimos colares de ouro e Hermes (Mercúrio), a persuasão. Em outras palavras, Hermes deu-lhe graciosa fala enchendo-lhe o coração de artimanhas, imprudência, ardis, mentira e astúcia. Por tudo isso ela recebeu o nome de Pandora ( “a que possui todos os dons”). E da forma mais perfeita e eficaz fez-se o malefício.
No mito, o fogo tem como significado o conhecimento e a possibilidade da transformação da natureza. Podemos considerar essa passagem de modo simbólico e prático. Para isso, basta avaliarmos como o manejo do fogo foi um marco na história da humanidade, oferecendo um salto na evolução e adaptação humana. Além disso, esse elemento tem ainda um valor simbólico espiritual.
Mesmo assim, o senhor dos deuses, obrigou Prometeu a usar um anel com uma pedra encrustada. Era uma pedra retirada do Cáucaso, onde esteve preso. Zeus poderia, assim, vangloriar-se dizendo que seu inimigo continuava preso à montanha.
Porém, Prometeu apanhou um caule do nártex, aproximou-se da carruagem de Febo (o Sol) e incendiou o caule. Com esta tocha, Prometeu entregou o fogo para a humanidade, o que lhe dava a possibilidade de dominar o mundo e os seus habitantes.
Se a verdade do mito segue a alguma lógica, esta é a do Inconsciente. É mais uma intuição compreensiva da realidade da qual não se necessita provas para ser aceita. Pois ela, em si, nos remete à realidade interna nos dando uma vaga noção de significado. Como nos sonhos, quando percenbemos que existe algo de importante ali. E isso também era tudo que Jung pedia ao tratarmos com esta estranha realidade do inconsciente. Manter as nossas mentes abertas para que possamos captar um mínimo dessa linguagem tão peculiar. O mito não é uma lenda. O mito não é uma mentira. Ele nos conta de nossa realidade interna, portanto ele é verdadeiro para quem o vive. A narração de determinada história mítica é uma primeira incursão do homem em sua busca de significado sobre o qual a afetividade e a imaginação exercem grande papel. Mas normalmente quando se fala de mito ou que alguma coisa é um mito, é mais no sentido desta coisa não ter nenhum compromisso com a realidade. Como as lendas que são estórias sobrenaturais, como a mula sem cabeça e o saci pererê.
Pandora une-se a Epimeteu, criando uma nova geração de homens, desta vez vinda não do barro e das lágrimas de Prometeu, mas da união de um homem e de uma mulher. Os filhos desta união herdam a fragilidade da alma, as doenças, a miséria e todos os males que faz da humanidade a existência provisória diante da perenidade dos deuses.
Prometeu - cujo nome significa “aquele que vê antes”, ou seja, que tem a clarividência - ficou com a missão de supervisionar as criações do irmão Epimeteu - que tem como significado em seu nome “aquele que vê depois”, isto é aquele que tem “ideias tardias”.
É preciso que Atena (Minerva), deusa da sabedoria, jogue sobre a criação de Prometeu gotas do néctar divino, para que eles possuam uma alma, e quando a adquirem, não sabem o que fazer com ela.
Assim na narração mitológica, os significados são muito ampliados e uma redução seria cruel pois isto destruiria toda e qualquer aceitação e compreensão de um mito. Todos sabemos que um bom leitor é aquele que mantém a sua mente aberta para entrar na narrativa sem qualquer preconceito e racionalidade, para não destruir a realidade que o escritor está tentando criar.
Desde que Zeus e seus irmãos começaram a disputar o poder com a geração dos Titãs, Prometeu, apesar de não ter participado desta guerra, era visto como inimigo e seus amigos mortais como uma ameaça constante.