Está pensando em fazer uma histerectomia? Sim, é normal ter muitas perguntas, principalmente sobre a vida sexual e como ela será depois de remover o útero. Algumas mudanças poderão ser percebidas, mas isso não significa que o sexo deve ser abandonado; há até algumas mulheres que relatam mais prazer nas relações íntimas depois que não precisam se preocupar mais com os problemas de saúde que levaram ao procedimento. Continue lendo para saber mais sobre o pós-operatório da histerectomia e como será sua vida sexual.
A histerectomia é a cirurgia para remoção do útero ou de parte do útero, sendo normalmente indicada nos casos de miomas uterinos, endometriose, dor pélvica crônica, câncer de útero ou colo do útero, ou sangramentos vaginais anormais que não melhoram com outros tratamentos.
Isso não quer dizer que os relacionamentos devam mudar; muitas vezes gastando mais tempo em estimulação antes da relação sexual, a vagina se estica, permitindo a penetração.
Os principais riscos da histerectomia são hemorragia, infecções no local da cicatriz, trombose, abscessos pélvicos, infecção urinária, lesão em vasos sanguíneos ou nervos, lesões em órgãos próximos ao útero, como intestino e bexiga.
A histerectomia é uma cirurgia ginecológica (ou operação) que consiste na remoção do útero, podendo ser realizada por via laparoscópica, por via abdominal ou por via vaginal, conforme abordaremos mais à frente com detalhe.
Após a cirurgia de retirada do útero, a mulher não irá mais menstruar e nem poderá mais engravidar. No entanto, a libido e o contato íntimo se manterão, permitindo uma vida sexual normal. Veja o que acontece depois da retirada do útero.
Além disso, é comum haver sangramentos vaginais durante os primeiros dias, sendo importante tomar os remédios indicados pelo ginecologista nos horários corretos, como analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos para aliviar a dor e evitar infecções no local.
Em alguns casos, como endometriose grave ou câncer avançado, também pode ser necessário retirar as trompas e os ovários. Saiba também como identificar alterações no útero.
A histerectomia vaginal é realizada através da vagina. O cirurgião realiza todos os procedimentos através da vagina, sem incisões (aberturas) abdominais, e o útero é retirado por via vaginal. Habitualmente, é o procedimento de eleição na patologia de prolapso uterino. Uma vez que não é necessária a realização de nenhuma cicatriz, a recuperação no pós-operatório é mais fácil, menos dolorosa e mais rápida.
Quando a mulher é submetida a histerectomia deixa de ter menstruações uma vez que deixa de ter útero. No entanto, nos casos em que a mulher se encontra em idade fértil e em que os ovários não foram retirados, e é realizada a histerectomia parcial (colo do útero não é retirado), pode haver pequenas hemorragias vaginais cíclicas mensais.
Pode haver uma pequena hemorragia (sangramento) pela vagina, nos primeiros dias após a cirurgia, que se devem à cicatrização da cúpula da vagina. Assim, é normal haver um corrimento após a histerectomia, que é de cor acastanhada, escasso e sem cheiro associado.
A histerectomia vaginal é feita com a realização de um corte na vagina para a retirada do útero, tendo um tempo de internamento de 1 a 2 dias, e cerca de 2 a 3 semanas de recuperação.
De acordo com o tipo de histerectomia realizada, o tipo de anestesia a que a doente é submetida também pode variar. No caso da histerectomia abdominal e laparoscópica, o tipo de anestesia é a anestesia geral. Nestes casos, a cirurgia é feita com a doente a dormir, sem ter dor. A histerectomia vaginal pode ser realizada com anestesia geral sendo, no entanto, cada vez mais frequente e preferível a realização de analgesia epidural. Neste caso, a doente encontra-se acordada, não tendo qualquer sensação (incluindo dor) a partir da região lombar (zona da cintura), incluindo nos membros inferiores (pernas).
Antes de realizar a cirurgia é indicado que a mulher fique em jejum absoluto por cerca de 8 horas. É recomendado também não fumar e nem consumir bebidas alcoólicas antes da cirurgia de histerectomia.
O Tua Saúde, marca do Grupo Rede D'Or, é um espaço informativo, de divulgação e educação sobre temas relacionados com saúde, nutrição e bem-estar. Também facilitamos o acesso ao atendimento médico personalizado. As informações publicadas não devem ser utilizadas como substituto ao diagnóstico ou tratamento especializado, e não dispensam a consulta com um médico.
A indicação cirúrgica deve ser individualizada, tendo em conta a especificidade de cada doente assim como a patologia em causa e a sua evolução clínica. Exceto em situações em que está indicado um tratamento emergente, a decisão de realizar histerectomia deve ser partilhada entre a doente e o seu médico.
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As mulheres que não se encontram na menopausa e que realizam histerectomia com anexectomia bilateral passam a ter sintomas associados. Nestes casos, com a remoção de ambos os ovários deixa de haver produção de hormonas sexuais, passando a mulher a estar na menopausa. Na menopausa a mulher pode ter sintomas como calores, afrontamento, insónias, irritabilidade e aumento de peso (engordar), podendo estar indicada a reposição hormonal com medicação em casos selecionados.