A cada 11 anos, o Sol passa por mudanças na atividade de produção de manchas solares em sua superfície. Durante esse período, nossa estrela exibe flutuações, começando por uma fase de atividade mínima, aumentando para um pico e, por fim, um declínio que encerra o ciclo.
O período de 11 anos em um não é absoluto, mas uma média. A duração de um ciclo pode variar de 9 a 14 meses, assim como cada uma de suas fases. Em outras palavras, nenhuma dessas evoluções é linear; isso torna a previsão da formação de manchas solares ainda mais difícil.
Fonte: NASA, Space Daily, Bad Astronomy
Além das mudanças na quantidade e tamanhos de manchas solares, fenômenos como fáculas, explosões solares e ejeções de massa coronal também estão relacionados aos ciclos.
Também conhecido como ciclo de atividade magnética solar, ou ainda ciclo de Schwabe (em homenagem a Samuel Heinrich Schwabe, o primeiro a identificar o fenômeno), as mudanças a cada 11 anos envolvem o tamanho e o número de manchas solares.
Para os astrônomos, o ciclo solar é algo muito sério e importante e, por isso, existem algumas iniciativas para que se possa estudá-lo com atenção. Uma delas é o Centro de Previsão do Clima Espacial, que se encarrega de monitorar a atividade solar. Eles co-presidiram recentemente um painel de especialistas ao lado da NASA e todos chegaram a uma conclusão: o próximo máximo solar será semelhante ao anterior.
Além disso, a equipe de cientistas espera que este ciclo atinja seu pico em 2025. “É difícil definir uma data específica, mas prevemos que na metade de 2025 será quando teremos o maior número de manchas solares deste ciclo. Esperamos que haja 115 manchas solares no máximo, o que é muito próximo ao que vimos durante o ciclo anterior, que atingiu o máximo de 120 manchas solares. Isso é o que me diz que este pode ser o início de um retorno a ciclos solares mais fortes e uma quebra de ciclos cada vez menor do que as vimos nas últimas décadas”, disse Gordon Petrie, do Observatório Solar Nacional da NSF.
Prever a formação de manchas solares com antecedência é importante para proteger a Terra das tempestades geomagnéticas, que podem causar danos aos satélites e espaçonaves em órbita e até mesmo redes elétricas em solo.
“Mantemos um registro detalhado das poucas manchas solares minúsculas que marcam o início e a ascensão do novo ciclo”, explicou Frédéric Clette, diretor do Índice de Manchas Solares e Observações Solares de Longo Prazo do World Data Center. “Esses são os arautos diminutos dos futuros fogos de artifício solares gigantes. É apenas rastreando a tendência geral ao longo de muitos meses que podemos determinar o ponto de inflexão entre dois ciclos”, acrescentou.
Agora, estamos vivendo durante o início do Ciclo 25, que tem sido fraco até agora. De acordo com os especialistas, no entanto, veremos um pico em julho de 2025 atingindo um máximo de 115 pontos, que é bem próximo ao máximo de 2014/2015.
“Mantemos um registro detalhado das poucas manchas solares minúsculas que marcam o início e a ascensão do novo ciclo”, explicou Frédéric Clette, diretor do centro e um dos intervenientes na conferência. “Estes são os pequenos arautos dos futuros fogos de artifício solares gigantes. É apenas rastreando a tendência geral ao longo de muitos meses que podemos determinar o ponto de inflexão entre dois ciclos”.
As previsões do tempo espacial também são consideradas críticas para apoiar as missões de sondas e astronautas do programa Artemis e a NASA reconhece que examinar o ambiente espacial é o primeiro passo para entender e mitigar a exposição dos astronautas à radiação espacial.
O ciclo de 11 anos, que indica a intensidade e o tempo da atividade do Sol, na verdade, faz parte de um ciclo ainda maior, de 22 anos. Neste intervalo mais longo, ocorre a inversão completa de polaridade do astro, por isso, a cada 11 anos, os polos trocam de lugar entre si, voltando à posição no final na próxima repetição.
Tais eventos são naturais e podem ocorrer a qualquer momento; durante os picos de atividade de um ciclo, entretanto, as manchas solares são maiores e mais numerosas. Isso é um sinal visível da atividade intensa associada ao campo magnético do Sol, que pode resultar em tempestades solares mais perigosas.
Em dezembro de 2019 teve início um novo ciclo solar, o Ciclo Solar 25, marcando um "mínimo solar". “Conforme emergimos do mínimo solar e nos aproximamos do máximo do Ciclo 25, é importante lembrar que a atividade solar nunca para; ele muda de forma conforme o pêndulo oscila ”, explicou Lika Guhathakurta, cientista solar da divisão de Heliofísica da NASA em Washington.
Normalmente, o fenômeno não pode ser visto a olho nu direto da Terra, mas pode ser percebido na falha de comunicações de satélites ou no ligeiro aumento do aparecimento de auroras no nosso planeta.
O que realmente acontece é que toda a mudança de comportamento do Sol pode ser associada com a troca de lugar de seus campos magnéticos. Estes campos são impulsionados por correntes de plasma fluindo de seu interior de forma muito profunda. O fato é que ainda não se sabe o que puxa estas correntes. Suspeita-se de motivos, mas nenhuma conclusão firmada.
"Conforme emergimos do mínimo solar e nos aproximamos do máximo do Ciclo 25, é importante lembrar que a atividade solar nunca para", disse Lika Guhathakurta, cientista da Divisão de Heliofísicaele da Nasa, em declaração à imprensa. "Ela muda de forma como um pêndulo oscila."
É preciso ter em mente que o mínimo/máximo solar não tem exatamente relação com a intensidade com que as rajadas magnéticas serão arremessadas em direção aos planetas do Sistema Solar, e sim com a quantidade de manchas solares, que indicam uma atividade magnética mais intensa. Mesmo que haja poucas, podemos receber uma rajada forte o suficiente para nos causar prejuízos sem precedentes à economia global. Exemplo disso aconteceu no ciclo 23, mais fraco do que os dois anteriores, mas que detonou as explosões solares mais intensas já vistas — felizmente em direção a uma rota que não atingiu nosso planeta.
Via: Science Alert
O sol é uma estrela queimando constantemente no centro do sistema solar. Ele não tem fases; ao invés disso, a luz e sombra na Terra têm relação com a rotação do planeta em relação ao sol.
O tempo solar toma como referência o Sol. ... Essa diferença é devida ao movimento de translação da Terra em torno do Sol, de aproximadamente 1 grau (4 minutos) por dia (360°/ano=360°/(365,25 dias)=0,9856°/dia).
Durante o ano, são contadas 12 lunações, de 29 dias e 12 horas cada. No fim de um ano, temos 354 ou 355 dias. A diferença de 11 dias entre o calendário lunar e o solar é acertada com a inclusão de um mês extra no ano.
A hora sideral literalmente significa “hora da estrela”. O tempo que nós usamos em todos os dias de nossas vidas é o tempo solar. A unidade fundamental da hora solar é um dia: o tempo que o Sol leva para percorrer os 360 graus ao redor do céu, devido a rotação da Terra.
Dividindo-se os 360 graus da esfera terrestre pelas 24 horas de duração do movimento de rotação, resultam 15 graus. Portanto, a cada 15 graus que a Terra gira, passa-se uma hora - e cada uma dessas 24 faixas recebe o nome de fuso horário.
Ao período do dia em que ocorre o pôr do sol, dá-se o nome de "ocaso". Ele surge graças ao movimento de rotação da Terra, no qual o sol aparenta se mover em torno do nosso planeta atravessando o céu de leste a oeste, o que ocorre graças nossa observação se dar em um ponto não inercial.
À noite podemos observar muito mais, por exemplo, a Lua e suas fases, galáxias, planetas, estrelas cadentes. Tudo isso a olho nu, mas somente em regiões não completamente iluminadas e afastadas das cidades. Porém, se usarmos lunetas e/ou telescópios, conseguiremos ver muito mais, inclusive os anéis de Saturno.
São poucos os astros que podemos observar durante o dia. Usando apenas os olhos podemos ver o Sol, a Lua e muito dificilmente o planeta Vênus - popularmente conhecido como Estrela d´alva. À noite podemos ver a Lua quando não está na fase nova e também um grande número de astros que normalmente chamamos de estrelas.
Primeiramente, é importante esclarecer uma questão: a lua está sempre presente no céu, tanto durante o dia quanto durante a noite. O que ocorre é que, por ela não apresentar luz própria, só é possível vê-la quando ela é, de algum modo, refletida pela luz do sol. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)
O ângulo Sol-Terra-Lua é zero. Por isso, a Lua deve acompanhar o Sol durante todo o dia, nascendo (6 h), culminando (12 h) e se pondo (18 h) junto com ele.
Calma, a Lua não vai sumir de verdade. O início da Lua Nova fará com que ela desapareça temporariamente do nosso olhar. Por volta das 23h30 (horário de Brasília), a Lua se posicionará exatamente entre o Sol e a Terra e não receberá nenhuma incidência significativa de luz solar.
Calma, a Lua não vai sumir de verdade. Por volta das 23h30 (horário de Brasília), a Lua estará entre o Sol e a Terra, fazendo com que a parte da Lua iluminada pelo Sol não seja visível do nosso planeta. O “sumiço” da Lua não inspira somente cantores sertanejos.
Lua nova refere-se à fase em que a Lua se encontra entre a Terra e o Sol, estando, portanto, em conjunção com o Sol (se observada a partir da Terra). Nessa altura, a face não iluminada da Lua está virada quase diretamente para a Terra, de modo que não é visível a olho nu.
Eventos astronômicos de julho de 2020 O tipo penumbral de um eclipse lunar é aquele no qual a Lua é encoberta com uma sombra um pouco menos intensa do que o eclipse total, e tudo está relacionado à posição da Lua naquele instante. Nesse tipo de eclipse, a Lua não "some" temporariamente; ela apenas fica mais escura.
Por causa de um fenômeno chamado "rotação sincronizada" nós só conseguimos ver uma face da Lua. Isso quer dizer que o tempo de rotação da Lua é igual ao seu período orbital. Ou seja, o tempo em que a Lua gira em torno de seu próprio eixo é igual ao tempo que ela leva para girar ao redor da Terra.
Ela diz que à medida que a Lua gira em torno da Terra, ela gira também em torno do seu eixo. Por isso sempre vemos a mesma face do astro.
A resposta é bem simples, mas exige um pouco de paciência para compreendê-la plenamente. Adiantando a segunda pergunta, a Lua tem, sim, um movimento de rotação. Mas é verdade, também, que daqui da Terra a gente sempre vê o mesmo lado, ou hemisfério, do satélite natural.
A possível causa do movimento de rotação da Terra em torno de si mesma tem a ver com o torque gravitacional. Acredita-se que a força exercida pelo Sol e por outros planetas fez com que a Terra experimentasse a ação de torques (momentos de uma força) e adquirisse um movimento rotacional.