Quanto Tempo De Vida Tem Uma Pessoa Com Dermatomiosite?

Quanto tempo de vida tem uma pessoa com dermatomiosite

A dermatomiosite é uma doença inflamatória rara que atinge músculos e pele, causando fraqueza muscular e lesões na pele. A dermatomiosite é mais frequente de acontecer em mulheres adultas, mas também pode acontecer em pessoas com menos de 16 anos, sendo chamada de dermatomiosite infantil.

Como é feito o diagnóstico

As variáveis contínuas foram expressas como média ± desvio padrão (DP) e as variáveis categóricas como percentuais. Os testes t de Student e chi-quadrado foram utilizados, respectivamente, para a análise dos dados paramétricos e não paramétricos. Esses cálculos foram realizados com o programa STATA versão 7.0 (STATA, College Station, TX, EUA). Valores de P < 0,05 foram considerados estatisticamente significativos.

A participação da imunidade celular é relevante. De fato, em pacientes com dermatomiosite (DM) há distribuição perivascular de linfócitos T CD4+ e linfócitos B no músculo afetado, diferentemente da PM onde há inflamação do endomísio mediada por linfócitos T CD8+. Supõe-se que o principal mecanismo de lesão muscular e vascular seja induzido pela cascata do complemento, enquanto que os linfócitos T CD4+ e B produziriam imunoglobulinas e miócitos aumentariam a expressão de MHC de classes I e II.1,3,13 Sabe-se que a ativação do complemento promove a liberação de citocinas e propicia a lesão vascular. Na DMJ, há menor expressão de CD59 no sarcolema.A ligação do CD59 a C8 e C9 incorporados ao complexo de ataque à membrana (CAM) bloqueia a polimerização e interrompe a formação do complexo. Isso possibilitaria a facilidade de ativação local do CAM - mais exatamente em vasos e fibras musculares - em pacientes com DMJ e, consequentemente, lesão vascular e isquemia muscular.14 Além disso, apoptose das células musculares na DMJ é mediada pela ativação de duas proteínas: o TRAIL (ligante indutor de apoptose relacionado ao fator de necrose tumoral) e o FASL (ligante da proteína FAS), sendo que a gravidade da doença parece estar relacionada com maior período sem tratamento.15

Queixas como mialgias e fraqueza muscular são comuns na maioria das doenças do tecido conjuntivo e não devem ser confundidas com a DM. Para se fazer o diagnóstico, são necessários os exames com alterações características de miosite.5

Resumo

Resumo

Indicadores de mau prognóstico incluem doença recalcitrante, demora no diagnóstico e início do tratamento, idade avançada, associação com malignidade, febre, astenia, anorexia, doença pulmonar intersticial, disfagia e leucocitose. A determinação dos MSAs pode avaliar o prognóstico relacionado à resposta a corticóides, tendo os pacientes com anti- SRP má resposta, os com anti-sintetase, resposta moderada, e aqueles com antiMi-2, boa resposta ao tratamento.68,69,87

Pacientes com DM apresentam manifestações cutâneas e sistêmicas, sendo mais comuns lesões em áreas fotoexpostas, fraqueza muscular proximal, alterações da musculatura respiratória e disfagia.2 Na forma juvenil, há maior incidência de calcinose cutânea.10,11

Tratamento da dermatomiosite

Diferentes autoanticorpos parecem estar relacionados a manifestações cutâneas distintas. O anti-Mi 2, quando presente em pacientes com DMJ, associa-se ao heliotropo e às pápulas de Gottron e, geralmente, ao curso monocíclico da doença e a uma boa resposta ao tratamento.6 O recém-identificado antip140 (ou renomeado CADM-140 - clinically amyiopathic dermatomyositis - dermatomiosite amiopática clínica) está relacionado em adultos ao início amiopático da doença, e na forma juvenil da doença, à presença de calcinose.6,30 Já a presença do anti-p155/140 associa-se a úlceras cutâneas, edema subcutâneo, eritrodermia e à lipodistrofia generalizada.6,31

Disfagia e dismotilidade esofágica são comuns, podendo acometer até cerca de 40% das crianças com DMJ, o que aumenta muito o risco de broncoaspiração.3 Já o acometimento pulmonar primário é menos frequente do que em adultos.1 Os sintomas devem-se mais comumente à fraqueza da musculatura respiratória ou à aspiração crônica. Pericardite e miocardite podem ser encontradas, além de, raramente, tamponamento cardíaco.32

Quanto às moléculas solúveis de adesão que proporcionam o recrutamento de células inflamatórias, há aumento de ICAM-1 em capilares e perimísio de grandes vasos e, às vezes, em endomísio dos mesmos, sendo observada maior atividade clínica e laboratorial na DMJ relacionada com sua maior quantidade sérica. Já o VCAM-1 está aumentado em perimísio de grandes vasos, contudo com distribuição irregular, estando associado aos infiltrados inflamatórios presentes.16

Dermatomyositis

Dermatomyositis

A incidência é de 5-10 casos/milhão de pessoas/ano. A forma adulta afeta principalmente indivíduos entre 45 e 55 anos, e a juvenil, indivíduos de 5 a 10 anos. A DM é duas vezes mais comum em mulheres, sem predileção por etnia.3

Preconiza-se o uso de GC por via oral na dose de 2 mg/ kg/dia, até atingir uma dose máxima diária de 80 mg. Para as crianças com suspeita de vasculopatia mesentérica, pode-se optar pela pulsoterapia endovenosa com metilprednisolona 30 mg/kg/dose, no máximo de 1 g/dose, pois a absorção intestinal pode estar prejudicada. Enquadram-se, também, nos possíveis candidatos à terapia endovenosa aqueles que apresentam disfagia, disfonia e acometimento pulmonar grave.1,3,48 No Canadá, o grupo de Feldman et al., do The Hospital for Sick Children, em Toronto, recomenda a prednisona oral dividida em três tomadas diárias por aproximadamente seis semanas.1 Se a doença mostrar sinais de controle, troca-se então para duas tomadas diárias e, em seguida, uma, retirando-se 10% da dose a cada duas semanas. Caso haja descompensação, pode-se utilizar o pulso de metilprednisolona. Kim et al.49 sugerem que tratamento agressivo no sentido de obter rápido controle da fraqueza e inflamação musculares melhora significativamente o prognóstico e diminui o risco de complicações relacionadas à doença. Seu esquema terapêutico preconiza três pulsos de metilprednisolona 30 mg/kg/dia por três dias e, em seguida, semanalmente, adicionando-se 2 mg/kg/dia de prednisona oral, além do metotrexato semanal, até obter-se remissão completa, quando então é iniciada a retirada gradual de GC. Caso o objetivo não seja atingido em três meses, acrescenta-se ciclosporina ou gamaglobulina endovenosa (GGEV). Com essa abordagem, mais da metade das crianças obtiveram remissão prolongada e ficaram livres de medicação após cerca de 38 meses do início da DMJ. Azatioprina e hidroxicloroquina também podem ser utilizadas com resposta positiva, especialmente em quadros cutâneos exuberantes. Mais recentemente foram observados bons resultados com micofenolato mofetil.3

Diante dos dados clínicos e demográficos apresentados neste artigo, verificamos que nossa população pode servir como referência para a população brasileira com DM adulta: apresenta semelhanças referentes à descrição de predomínio do gênero feminino e da faixa etária; mínimas diferenças quanto à frequência e às características das manifestações extramusculares; e índices de mortalidade em acordo com a maior parte da literatura, destacando-se a infecção como a grande responsável pelos óbitos neste grupo de pacientes.

Sinais e sintomas da dermatomiosite

A causa da dermatomiosite é desconhecida, contudo, sabe-se que a doença tem muito em comum com patologias autoimunes, como o lúpus ou a artrite reumatóide.

Não há causa específica nem cura para a dermatomiosite exceto se for de origem neoplásica. O tratamento pode ajudar a melhorar significativamente a sintomatologia da doença, como aliviar a erupção cutânea e ajudar a recuperar a força muscular perdida, conforme discutiremos adiante.

Quanto às neoplasias, a incidência é cerca de 10 vezes maior em miopatias inflamatórias quando comparadas à população geral, com uma taxa de incidência que varia de 3%-12,6% nos pacientes portadores de DM.26-29 O risco de câncer é maior nos três primeiros anos após o diagnóstico, observado mesmo em pacientes abaixo de 45 anos.26-29 Entre os sítios de afecções, destacam-se os tratos gastrintestinal, ginecológico, pulmonar e hematológico (linfoma).26-30

Todos os pacientes de nosso estudo receberam corticoterapia no início e nas recidivas da doença. Devido à gravidade das manifestações clínicas e laboratoriais na ocasião do diagnóstico, metade deles recebeu também pulsoterapia com metilprednisolona. Em relação aos imunossupressores, a azatioprina foi a mais utilizada, seguida do metotrexato e da ciclosporina. O uso de difosfato de cloroquina ficou reservado como coadjuvante para o tratamento cutâneo, enquanto a ciclofosfamida ficou reservada para os casos de acometimento pulmonar grave definido pela clínica e achados tomográficos; a imunoglobulina humana foi utilizada em quadros refratários e nos que apresentavam infecções. Reservou-se o micofenolato mofetil para os poucos casos que se faziam refratários aos outros imunossupressores e/ou àqueles que apresentavam contraindicações/efeitos colaterais a esses - a leflunomida ficou reservada predominantemente para o acometimento articular.

Como se pega dermatomiosite?

As causas desta doença são de origem autoimune, em que células de defesa do próprio corpo atacam os músculos e provocam inflamação da pele, e, apesar do motivo desta reação ainda não estar totalmente esclarecido, sabe-se que está relacionado a alterações genéticas, ou influenciada pelo uso de alguns medicamentos ou por ...

Qual médico trata dermatomiosite?

Tanto a polimiosite, quanto a dermatomiosite são os exemplos mais comuns das chamadas miopatias inflamatórias (ou miosites) que são um tipo de inflamação sistêmica, autoimune, cuja especialidade mais afim é a reumatologia.

O que é a doença chamada dermatomiosite?

A dermatomiosite, também conhecida como dermatopolimiosite, é uma doença crônica que se caracteriza por acometimento inflamatório da pele e dos músculos.

Qual a diferença entre dermatomiosite e polimiosite?

Os principais critérios diagnósticos da polimiosite e dermatomiosite são fraqueza muscular proximal, aumento de enzimas musculares, alterações miopáticas na eletroneuromiografia, evidência histológica de inflamação muscular e, no caso da dermatomiosite, a presença de lesões cutâneas características.

O que causa a Dermatopolimiosite?

Qual é a causa da dermatomiosite? Não há causa conhecida. O desenvolvimento da doença está relacionado a um distúrbio imunológico e associado a uma predisposição genética, que resultam em um processo denominado vasculite (inflamação dos vasos sangüíneos), de caráter crônico.

O que é polimiosite e dermatomiosite?

A Polimiosite e Dermatomiosite são doenças auto-imunes clas- sificadas como miopatias inflamatórias idiopáticas, ou seja, inflamação das fibras musculares de causa desconhecida.

Quem tem dermatomiosite pode ter filhos?

A dermatomiosite não é uma contra-indicação para uma gravidez. Antes de engravidar, agende a sua consulta de rotina. Faça os seus exames periódicos. Veja se existe alguma alteração nos seus exames que possa dificultar uma gravidez, reduzir a sua fertilidade, provocar uma mal ao seu bebê ou provocar abortos.

Quais são as manifestações da dermatomiosite?

Quais são as manifestações da dermatomiosite? Em geral as manifestações surgem de modo lento e progressivo. A criança queixa-se de dores pelo corpo e nos músculos, apresenta febre baixa, desânimo, dificuldade para elevar os braços, pentear seus cabelos, subir escadas, levantar-se do chão e até mesmo da cama.

O que é miosite quais os sintomas e tratamento?

A miosite é uma inflamação dos músculos que causa o seu enfraquecimento, provocando sintomas como dor muscular, fraqueza muscular e aumento da sensibilidade dos músculos, o que leva à dificuldade em realizar algumas tarefas como subir escadas, levantar os braços, ficar de pé, caminhar ou levantar uma cadeira, por ...

O que é a polimiosite?

Polimiosite é uma miopatia inflamatória crônica do tecido conjuntivo que atinge basicamente os músculos ao redor dos quadris, coxas, ombros, braços e pescoço, próximos ao tronco e dos dois lados do corpo. Não há registro de que os músculos das mãos, pés e rosto sejam diretamente afetados por esse processo inflamatório.

O que é a doença Dermatopolimiosite?

A dermatomiosite, também conhecida como dermatopolimiosite, é uma doença crônica que se caracteriza por acometimento inflamatório da pele e dos músculos.

O que é polimiosite tem cura?

Polimiosite é uma doença crônica que ocasiona em fraqueza e dor por inflamação das células musculares. Apesar de não haver cura, existem tratamentos para controle dos sintomas.

O que é uma polimiosite?

A polimiosite é uma doença rara, crônica e degenerativa caracterizada pela inflamação progressiva dos músculos, causando dor, fraqueza e dificuldade de realizar movimentos.

Quem tem dermatomiosite pode aposentar?

Quem tem dermatomiosite tem direito a aposentadoria? No inicio do quadro ou nas recaídas, quando o paciente está muito sintomático, ele poderá pleitear um auxílio doença. Quando a doença está controlada o paciente pode voltar a trabalhar normalmente.

O que é Dermatopolimiosite?

A dermatomiosite, também conhecida como dermatopolimiosite, é uma doença crônica que se caracteriza por acometimento inflamatório da pele e dos músculos.

Qual exame detecta miosite?

Exames de sangue No exame de sangue ele poderá se averiguar a presença de quantidades elevadas de enzimas musculares, como a creatina quinase e a aldolase, que podem indicar lesão muscular. Além disso, também pode se verificar a presença de certos anticorpos ligados ao aparecimento de miosite.

Quais são os sintomas da miosite?

Os sintomas associados à miosite geralmente incluem:
  • Fraqueza muscular;
  • Dor constante no músculo;
  • Perda de peso;
  • Febre;
  • Irritação;
  • Perda de voz ou voz anasalada;
  • Dificuldade para engolir ou respirar.

Qual é a causa da polimiosite?

A principal causa da polimiosite são as doenças auto-imunes, em que o sistema imunológico começa a agredir o próprio organismo, como artrite reumatoide, lúpus, esclerodermia e síndrome de Sjögren, por exemplo.