Em relação à natureza jurídica do concurso de agentes, o CP adotou a teoria unitária ou monista, segundo a qual cada um dos agentes (autor e partícipe) responde por um delito próprio, havendo pluralidade de fatos típicos, de modo que cada agente deve responder por um crime diferente.
Todos são considerados autores ou co-autores do crime. Esta foi a teoria adotada pelo Código Penal de 1940 ao estatuir no seu art. 25 que “quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas”.
A teoria adotada pelo nosso Código Penal é a Teoria Restritiva do autor, em que se distingue autor de partícipe, estabelecendo como critério distintivo a prática ou não de elementos do tipo. Desse modo, para ser autor, tem que concorrer para a realização do crime, praticando elementos do tipo.
Já a teoria diferenciadora sustenta que, no estado de necessidade, é necessário considerar o valor dos bens jurídicos envolvidos na situação de perigo, traçando-se a ponderação de bens.
De fato, vemos que existem hipóteses que afastam a configuração delito e, assim, eximem o indivíduo de sanção. Até mesmo quando ele esteja previsto na letra dura da lei. Por isso, essas hipóteses são classificadas como excludente de culpabilidade, excludente de ilicitude e excludente de tipicidade.