Dentro da cabine do Pagani Huayra, tudo o que foi dito até agora é ainda mais verdadeiro. O estilo é levado ao extremo e, dependendo de para onde se olha, a sensação é de se estar em uma catedral gótica – ou talvez dentro de um cronômetro caríssimo. Tudo é feito de fibra de carbono, metal ou couro. Na filigrana você encontra um amor quase carnal por detalhes mecânicos, que às vezes leva à obsessão: nada é deixado ao acaso, e até mesmo uma simples arruela pode ser um ponto de partida para tentar reescrever os limites de mecânica de precisão. Tudo é acomodado com muita substância, a começar pelo banco do motorista, feito de pura ergonomia.
De qualquer modo, a downforce agarra o carro ao chão e o Pagani marca valores de aceleração lateral verdadeiramente extraordinários. Foi assim que Huayra é o primeiro Pagani a chegar ao topo do pódio da pista de Vairano. Veja ao lado os três modelos que ficam atrás dele no circuito da Quattroruote.
Soma-se a isso um sistema de freios louco capaz de desacelerar em espaços muito pequenos e um pedal perfeito para corrida, permitindo abusar mais a cada volta. Você vai cada vez mais rápido, com a Huayra te seguindo e nunca te pegando de surpresa. Um detalhe que, quando se trata desse nível de desempenho, não é garantido. É uma questão de encontrar a sensação certa com a caixa de câmbio, violenta, e com o gerenciamento eletrônico de tração em uma configuração vagamente antiquada.
As trocas de marcha, no limite, são pura violência, com “coices”que são que um teste para os músculos do pescoço. Este câmbio, somado a um pouco de perda de tração nos primeiros metros, não garantem um recorde de 0-100 km/h. Mas depois o hiperesportivo se recupera, e passa de 200 km/h em incríveis 8,2 segundos. O empurrão continua, inesgotável, mesmo depois de 300 km/h (19,7 segundos até chegar lá; atingimos a máxima de 353 km/h).
O clichê do “menos é mais” também está presente no peso do Codalunga que, graças ao uso de compostos modernos, tem apenas 1.280 kg – peso semelhante ao de um Volkswagen T-Cross. O sistema de escapamento, por exemplo, é feito de titânio e pesa 4,4 kg.
O Pagani Huayra Roadster BC bateu em quase um segundo o Porsche 911 GT2 RS (leia aqui), rei da pista da nossa parceira Quattroruote por mais de dois anos, e o monstuoso Porsche 918 Spyder (leia aqui). Venceu, como sempre, não por um único componente, mas pelo equilíbrio geral, a arma mais afiada do Huayra. A primeira coisa com a qual temos que lidar é com a maldade implacável do motor, que trabalha melhor entre 4.000 e 6.300 rpm.
A carroceria é toda de fibra de carbono, material que Pagani modificou inserindo fios de titânio na trama, aumentam a resistência mecânica. A aerodinâmica ativa e a suspensão com distância ao solo ajustável são projetadas para garantir downforce de 500 kg a 280 km/h. Os freios vêm da Brembo: são de carbocerâmica, com 398 mm de diâmetro na frente e 380 na traseira, e pistões de seis e quatro pinças, respectivamente (R.B.)
Quer apenas e só os números, sem qualquer contemplação? Siga directamente para os 6m30s no vídeo abaixo… e, depois, não se esqueça de nos dizer o que é achou!
Também porque cada um dos 802 cavalos move só 1,87 kg: o suficiente para subverter as leis da física. Uma sensação que atinge o ápice quando a transmissão automatizada de sete marchas entra em cena: com apenas uma embreagem, economiza dezenas de quilos.
Mas a maior razão para o Ferrari Mondial ser o Ferrari mais barato do mundo é mesmo a sua aparência. O Mondial quando comparado com os restantes modelos produzidos pela marca de Maranello entre 1982 e 1992 é na verdade o “patinho feio” da Ferrari. Exemplares do Ferrari Mondial podem ser encontrados a partir de 25.000€.
O modelo, ainda sem nome, será o sucessor do Huayra, terá entre 280 e 300 unidades fabricadas pela empresa e apenas motor a combustão. O Pagani Huayra completou 10 anos de existência em 2021 e ganhou até uma edição comemorativa chamada Pacchetto Tempesta (em tradução livre, “pacote tempestade”).
Horacio Pagani diz que um cliente de verdade não é alguém que só compra de você uma vez, mas sim alguém que volta sempre. Com esse pensamento, o fundador e designer chefe da Pagani apresentou o Huayra Codalunga, uma edição limitada a cinco unidades criada em parceria com seus melhores clientes.
Por dentro, muito luxo com a mistura de materiais como couro legítimo, fibra de carbono, alumínio e aço. Como é de praxe nos Pagani, a cabine do Huayra Codalunga tem forte inspiração na aviação.
Pelo menos três Pagani já passaram pelo Brasil. Um Roadster F Clubsport veio para o Salão do Automóvel de 2008 e um Zonda R (que teve apenas 10 unidades) chegou a ser oferecido no Brasil por R$ 10 milhões, mas logo voltou para a Europa. O único que foi vendido e emplacado foi um Zonda F Clubsport amarelo.
A pergunta impõe-se: quem de nós, apaixonados por automóveis, nunca desejou ter um superdesportivo? E quantos não afastaram de imediato a ideia, ao pensarem nos potencialmente obscenos custos de manutenção? Manny Khoshbin possui um hiperexclusivo Pagani Huayra Hermès Edition e revela-lhe aquilo que é possível esperar …
Ao menos a princípio, o Pagani Huayra é um carro intimidador. Outra vez, é a alma latina que irrompe imediatamente, e é sobretudo o motor que instila essas sensações. Chamado de Pagani V12, e resultado da colaboração com a Mercedes-AMG, nos delicia com notas fortes e intensas como poucos.
O único detalhe desprovido de leveza é o volante, que em baixa velocidade tem peso excessivo, para não falar no raio de giro enorme, que torna manobras urbanas um tanto complicadas.