A redesignção de gênero é o processo pelo qual uma pessoa transgênero passa para reconciliar seu gênero biológico com seu gênero psicológico. É um processo de longo prazo que consiste em consulta com psicólogo, tratamento hormonal e cirurgia. As intervenções cirúrgicas são projetadas para mudar o sexo do corpo. Para os homens, consistem na castração, para as mulheres, retirada da mama por um cirurgião plástico e retirada do útero e ovários. O preço médio da reatribuição de sexo é de R$ 45.000.
Mesmo que o procedimento seja disponibilizado pelo SUS, Farinazzo explica que existem uma série de dificuldades relacionadas ao acesso de pessoas transgênero à cirurgia de redesignação sexual. O principal problema, segundo ele, ainda é a falta de aceitação por parte dos profissionais, principalmente os de gerações mais antigas. “Temos uma demanda muito grande e poucos centros que se dispõem a fazer esse procedimento. O próprio paciente também sofre muita resistência depois de decidir fazer a cirurgia, sem contar a longa fila de 2 a 3 anos que acaba desmotivando”, afirma.
A correção sexual envolve várias operações básicas. A correção de homem para mulher envolve a remoção do pênis e vaginoplastia, bem como a mamoplastia das mamas. Os custos totais de todos os tratamentos atingem os R$ 45.000.
Se até esse ponto o paciente não estiver realizando o tratamento hormonal, começa-se e a pessoa fica em uma fila. Nos casos de pacientes que já deram entrada no tratamento hormonal e estão realizando o procedimento, essas pessoas são mais adiantadas e passam na frente, podendo realizar o procedimento mais rapidamente.
Em média, o paciente costuma ser encaminhado para a cirurgia com três anos de avaliações e acompanhamentos. Mas há outro fator que pode influenciar: a fila de espera pelo procedimento.
Dependendo do tipo e âmbito, são esperadas faturas entre R$ 30.000 a R$ 60.000. Para que o seguro saúde cubra as despesas, devem estar disponíveis dois laudos psicológicos distintos e independentes, com os quais a transexualidade seja clinicamente comprovada. Mas todas essas informações devem ser checadas antes com cada plano de saúde. O SUS não realiza este tipo de intervenção.
Para conseguir a redesignação sexual pelo SUS é preciso passar por pelo menos dois anos de avaliações psicológicas e psiquiátricas semanais. Portanto, o procedimento não é liberado no atendimento inicial.
No caso do pênis, o processo inteiro demora mais porque existem mais restrições ainda. A internação pós-operatória dura de 2 a 3 dias por conta da irrigação da movimentação. O cirurgião indica uso de roupas de algodão por conta da transpiração e, após a higienização, fique deitado com as pernas abertas para arejar o local.
“Nisso, se faz a retirada do saco escrotal e dos testículos e cria-se um molde, que deve ficar com a paciente por um bom tempo até que aconteça a cicatrização. Assim, não acontece o estreitamento do novo canal vaginal”, explica o cirurgião. Depois da cicatrização, espera-se que a vagina fique com uma mucosa e umedecida.
A princípio, é importante saber que pessoas transexuais não se identificam com o gênero que lhes foi atribuído ao nascer. A redesignação sexual é um procedimento que tem como finalidade adequar o sexo anatômico ao psicológico por meio de cirurgia.
“Em complemento a essas normas, o CFM publicou a Resolução 2.265/2019, para “disciplinar sobre o cuidado a transgênero em relação às ações e condutas realizadas por profissionais médicos nos serviços de saúde, seja na rede pública ou privada”. O artigo 4º da resolução estabelece que a atenção especializada ao transgênero “deve contemplar o acolhimento, o acompanhamento ambulatorial, a hormonioterapia e o cuidado cirúrgico, conforme preconizado em projeto terapêutico singular norteado por protocolos e diretrizes vigentes”.
Existem dois procedimentos principais para a realização da redesignação sexual. A vaginoplastia, realizada em mulheres trans, consiste na retirada interna do pênis. Farinazzo afirma que coloca a pele que recobre o pênis para dentro e se cria um espaço entre a bexiga e o reto.
Para fazer o seu é simples, basta se dirigir a uma UBS (Unidade Básica de Saúde), ou seja, ao posto de saúde mais próximo de sua residência. Tenha consigo um documento de identificação e um comprovante de endereço atualizado (com três meses, no máximo).
Nesse contexto, a ministra ponderou que os procedimentos de redesignação sexual requeridos pela autora não podem ser classificados como experimentais, como alegou a operadora. Para Nancy Andrighi, a interpretação do artigo 19-Q, parágrafo 2º, incisos I e II, da Lei 8.080/1990 leva a concluir que o fato de os procedimentos terem sido incorporados ao SUS atesta a existência de evidências científicas sobre a eficácia, a acurácia, a efetividade e a segurança dos procedimentos.
Depois de fazer seu cartão SUS, agende uma consulta inicial. Ela será com o clínico geral, que é o responsável por fazer o encaminhamento para um especialista. Na consulta, explique seu caso e indique seu interesse em fazer o procedimento de redesignação sexual.
Para este procedimento, você precisa de um especialista em cirurgia íntima ou mudança de sexo. Deve conhecer as cirurgias realizadas por ele, ver opiniões de outros pacientes e optar por um profissional reconhecido no mercado nesta cirurgia.
No caso dos homens trans , é realizada a faloplastia. Farinazzo explica que trata-se de uma cirurgia muito mais complexa e que consiste em muitos retalhos locais. “Usa-se uma pele, geralmente da coxa, e com ela faz-se um tubo. Depois, precisamos criar uma uretra por onde vai sair a urina”, diz.
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A cirurgia de redesignação sexual ou transgenitalização, popularmente conhecida como "cirurgia de mudança de sexo", é feita com o objetivo de alterar as características físicas dos órgãos genitais, de forma a que a pessoa possa ter um corpo adequado ao que considera correto para ela mesmo.
É um método mais complexo, caro e pouco disponível, por isso muitas pessoas que buscam por este método acabam procurando por profissionais no exterior. Nesta técnica, são utilizados enxertos de pele, músculos, vasos sanguíneos e nervos de outro local do corpo, como do antebraço ou coxa, para a criação do novo órgão genital com maior tamanho e volume.
“Mesmo com a realização da hormonioterapia, a pessoa que quer fazer a cirurgia precisa passar por um acompanhamento psicológico. A próxima etapa é a liberação da cirurgia”, explica Farinazzo.
É a etapa em que o paciente recebe o encaminhamento para cirurgia de redesignação sexual. No entanto, ela não acontece imediatamente! Há a entrada na lista de espera e pode demorar anos para finalmente conseguir realizar o procedimento.