Quanto Custa O Livro O Conto Da Aia?
Para merecer esse destino, não é preciso fazer muita coisa basta, por exemplo, cantar qualquer canção que contenha palavras proibidas pelo regime, como “liberdade”. Nesse Estado teocrático e totalitário, as mulheres são as vítimas preferenciais, anuladas por uma opressão sem precedentes. O nome dessa república é Gilead, mas já foi Estados Unidos da América.
A direção cuidadosa de Reed Morano e Bruce Miller como showrunner contribuíram para a impressionante fidelidade à essência da obra original.
O Conto da Aia Adaptações
A Graphic Novel de O Conto da Aia foi lançada com arte magnífica, assinada por Renée Nault, e manteve a essência da história original escrita por Atwood.
O figurino das personagens de Margaret (a capa vermelha e a touca branca) acabaram por se tornar símbolo da opressão contra as mulheres e vem sendo usado por ativistas em uma série de manifestações ligadas à causa, como por exemplo a mobilização a favor do aborto.
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As aias são identificadas pela roupa que usam - uma túnica vermelha e uma touca branca - e são preparadas para exercerem as suas funções pelas Tias, que fazem uma verdadeira lavagem cerebral nas aias.
Os testamentos dessas duas jovens, que pertencem à primeira geração a alcançar a idade adulta nessa nova ordem mundial, entrelaçam-se por meio da terceira voz: o revelador manuscrito de uma das executoras do regime, uma mulher que exerce sua implacável autoridade por meio da acumulação e manipulação de segredos de Estado, capazes de ameaçar todas as estruturas do poder.
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Além de ser um sucesso de público, Margaret também vem conquistando a crítica ao longo das últimas décadas. Ela arrebatou uma série de prêmios como o Arthur C. Clarke, o Governor General’s Award, o Booker Prize e o Giller Prize.
Em 2019, a história ganhou continuidade com o lançamento de Os Testamentos (The Testaments), seguindo uma perspectiva diferente. Neste segundo livro, somos apresentados a três narradoras distintas, que nos levam a mergulhar mais fundo na intricada teia de intrigas e conspirações de Gilead.
Sobre o autor
Na semana passada mataram a tiros uma mulher, bem aqui. Era uma Martha. Estava remexendo em sua túnica em busca do passe, e pensaram que estivesse apanhando uma bomba. Pensaram que fosse um homem disfarçado. Já houve incidentes desse tipo.
Duas delas cresceram em lados opostos da fronteira: uma dentro de Gilead, usufruindo dos privilégios como filha de um importante Comandante, enquanto a outra vive no Canadá, frequentando a escola, trabalhando na loja dos pais e participando de protestos contra Gilead, que acompanha através da televisão os horrores do regime.
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No mundo opressivo de Gilead, não-mulheres, homossexuais, viúvas e feministas enfrentam um destino ainda mais sombrio, condenados a trabalhos forçados nas perigosas colônias, onde a radiação é letal.
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Esses segredos há muito dispersos e enterrados têm o poder de unir as três mulheres, desafiando-as a encarar suas próprias identidades e a decidir até onde estão dispostas a ir em busca daquilo em que acreditam.
Atwood has won numerous awards including the Booker Prize, the Arthur C. Clarke Award for Imagination in Service to Society, the Franz Kafka Prize, the Peace Prize of the German Book Trade and the PEN USA Lifetime Achievement Award. In 2019 she was made a member of the Order of the Companions of Honour for services to literature. She has also worked as a cartoonist, illustrator, librettist, playwright and puppeteer. She lives in Toronto, Canada.
Atrás da barreira, esperando por nós na passagem estreita do portão, estão dois homens, com os uniformes verdes dos Guardiões da Fé, com o escudo de armas nos ombros e nas boinas: duas espadas cruzadas, acima de um triângulo branco.
Margaret Atwood
O aumento da degradação do meio ambiente nesse universo paralelo gera consequências na saúde dos seres humanos, especialmente das mulheres, que passam a sofrer de infertilidade.
É uma estratégia de protesto brilhante, porque elas podem entrar em casas legislativas e você não pode expulsá-las, porque elas não estão dizendo nada, estão apenas sentadas despretensiosamente. Também não pode expulsá-las por estarem vestidas de maneira inadequada, estão todas cobertas. Mas todo mundo que olha para elas sabe o que querem dizer.
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Em meio a essa narrativa arrepiante, Atwood faz uma análise profunda sobre liberdade, direitos civis, poder, a fragilidade do mundo contemporâneo e as implicações de um futuro incerto.
Apesar de parecer um universo completamente ficcional, a verdade é que em muitos aspectos a produção de Margaret se aproxima de algumas realidades contemporâneas. A obra fala de perto sobre a opressão feminina e o fundamentalismo religioso.