A língua portuguesa tem uma sonoridade única. Também é cheia de palavras bonitas. Algumas são até mesmo intraduzíveis, como saudade e cafuné. Por outro lado, são tantas regrinhas de gramática que é comum ficar confuso e perdido, principalmente na hora de escrever. Por isso, vamos te ajudar a resolver uma das maiores dúvidas do nosso idioma: quando usar a crase.
Assim, "Suas composições são à Chico Buarque" quer dizer que a pessoa escreve canções no estilo de Chico Buarque. Outros exemplos: “Fiz um filé à cavalo”, “Comprei frango à passarinho” e “Gosto de bacalhau à Gomes de Sá”.
Saber quando usar a crase pode ser um desafio. Por isso, algumas frases divertidas ficaram famosas por ajudar a lembrar as principais regras. Dê uma olhada nos exemplos abaixo.
Por exemplo, dizemos “Volto de São Paulo” e “Estamos em Brasília”, certo? Assim, você deve escrever: “Eu vou a São Paulo” e “Fomos a Brasília”.
Esse é o caso, por exemplo, dos pronomes possessivos femininos como “minha”, “nossa” e “sua”. Assim, você pode escrever tanto “Fomos à minha cidade natal” quanto “Fomos a minha cidade natal.”
Nota: Pode ocorrer crase antes de um substantivo masculino desde que haja uma palavra feminina que se encontre subentendida, como no caso das locuções à moda de e à maneira de.
Bem que poderia ser. No entanto, como já dissemos, há exceções para a regra. Por isso, vamos falar agora de alguns casos especiais que fazem do uso da crase uma brincadeira um pouco complexa, mas divertida.
Quer ver só? Por exemplo, a frase “Vou à praia amanhã” tem crase. Afinal, se você substituir a palavra praia por mar, o resultado será “Vou ao mar amanhã”.
Uma forma fácil de verificar a existência ou não da crase em diversas situações é substituir o substantivo feminino por um substantivo masculino e verificar se haverá ou não a presença da preposição a contraindo com o artigo definido a.
Outra situação é depois da preposição “até”: “Preciso ir até à (a) faculdade”. Por fim, antes de nomes próprios femininos o uso da crase também é facultativo: “Jorge fez um pedido especial à (a) Ana”.
Mais importante do que decorar regras de quando usar ou não usar crase, o correto uso da crase depende de um bom conhecimento estrutural da língua e de uma capacidade de análise do enunciado frásico, sendo importante compreender que não ocorre crase se houver apenas a preposição a, ou apenas o artigo definido a ou apenas o pronome demonstrativo a. Para que haja crase, é preciso que haja uma sequência de duas vogais iguais, que sofrem contração, formando crase.
Antes de mais nada, é preciso entender o que é exatamente a crase. No sentido literal, a palavra significa fusão ou contração. No português, isso quer dizer a união de duas vogais iguais em uma só.
Isso porque as locuções “à moda de” e “à maneira de” exigem, sempre, o uso da crase, mas, muitas vezes, podem estar ocultas na frase. E aí, você deve usar o acento, ainda que, na sequência, venha um substantivo masculino.
Tudo o que você precisa fazer é trocar o substantivo feminino por um masculino. Em qualquer sentença. Se, para manter o sentido, você utilizar o termo “ao”, então pode apostar que precisa da crase.
É provável que você já tenha ouvido falar da técnica da substituição. É um truque básico para ajudar a descobrir quando usar a crase corretamente. Além disso, é simples e funciona bem.
As informações são do Correio Braziliense.
Antes da palavra casa: Ocorre crase apenas quando a palavra casa está determinada com um adjunto adnominal. Sem a determinação de um adjunto adnominal não há crase.
Aqui, vale um lembrete: quando o horário estiver acompanhado de preposições (para, desde, após, perante, com), não use a crase. Isso porque o acento grave, como você já sabe, só é necessário quando há a junção da preposição "a" com o artigo “a”.
Antes de nomes de localidades: Apenas ocorre crase antes de nomes de localidades que admitam a anteposição do artigo a quando regidos pela preposição a. Uma forma fácil de verificar se há anteposição do artigo a é substituir a preposição a pelas preposições de ou em.
Antes de palavras femininas em construções frásicas com substantivos e adjetivos que pedem a preposição a e com verbos cuja regência é feita com a preposição a, indicando a quem algo se refere, como: agradecer a, pedir a, dedicar a,…
Quando falamos de lugares, quer seja uma cidade, quer seja um estado, é comum ter dúvida se devemos ou não acentuar. Então, um macete bem simples e eficaz é fazer um teste com as preposições "em" ou "de" antes do nome do local. Se o resultado for as contrações "na" ou "da", use a crase.