Anemia falciforme é uma doença hereditária (passa dos pais para os filhos) caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue, tornando-os parecidos com uma foice, daí o nome falciforme. Essas células têm sua membrana alterada e rompem-se mais facilmente, causando anemia.
A anemia falciforme é uma doença genética e hereditária que se manifesta quando o indivíduo recebe, de ambos os pais, o gene alterado. Na anemia falciforme, as hemácias tendem a apresentar o formato de foice, sendo também rígidas; em razão da presença da hemoglobina S.
A doença falciforme se manifesta entre as pessoas que herdam dois genes com alterações na hemoglobina S (um do pai e outro da mãe). Quando a pessoa herda essa alteração apenas do pai ou da mãe, ela é considerada portadora do traço falciforme e não terá a doença (veja quadro ao lado).
O paciente com anemia falciforme tem uma pequena quantidade de hemácias normais e uma grande quantidade de hemácias defeituosas. A hemácia normal tem o formato parecido com uma boia de piscina e é maleável. As hemácias na anemia falciforme têm um formato alterado, parecido com uma foice, e são pouco elásticas.
A doença falciforme é uma das mais freqüentes doenças genéticas no Brasil1. Ca- racteriza-se pela presença predominante de hemoglobina S que tem a propriedade de formar polímeros quando desoxigenada. O indivíduo pode ser homozigoto (SS) ou heterozi- goto (AS) para a presença de hemoglobina S.
A doença falciforme teve origem na África e chegou ao continente americano em função do tráfico de pessoas negras escravizadas, durante o período colonial.
As causas da anemia falciforme são genéticas, ou seja, nasce com a criança e é passada de pai para filho. Isso significa que sempre que uma pessoa é diagnosticada com a doença, possui o gene SS (ou hemoglobina SS) que herdou da mãe e do pai.
Doença modifica glóbulos vermelhos e bloqueia transporte do parasita. Estudo foi publicado pela revista 'Science'. Desde a década de 1940, os cientistas sabem que a anemia falciforme, uma doença hereditária que causa mutação nos glóbulos vermelhos do sangue, protege seus portadores contra a malária.
Ela destaca que a prevalência da anemia falciforme na população negra e mestiça dá-se por conta de uma mutação genética que surgiu no continente africano, trazida ao Brasil no período da escravidão.
Portadores de anemia falciforme apresentam incidência reduzida de malária, quando comparados com indivíduos com glóbulos vermelhos normais. Um estudo mostra que uma mutação em um gene que está na origem dessa anemia é mais comum do que se pensava em populações que vivem em zonas endêmicas de malária, como a África.
Atualmente existem 03 benefícios previdenciários que podem ser solicitados ao INSS pelos portadores da doença falciforme: – Direito ao auxílio doença; – Direito a aposentadoria por incapacidade permanente; – Direito ao Benefício Assistencial (LOAS).
As principais complicações que o portador de anemia falciforme pode apresentar durante sua vida são: infecções de repetição, complicações pulmonares, neurológicas, renais, hepatobiliares, oculares, priapismo e úlceras de perna.
As células em foice não conseguem passar pelos vasos sangüíneos (veias) adequadamente, acarretando os princi- pais sinais e sintomas da doença, que são: a anemia, icterícia (olhos amarelados), cansaço, crises de dor e infecções graves.
Nas pessoas portadoras do problema, as hemácias, em vez de redondas, tomam a forma de meia lua ou foice, daí o nome “falciforme”. Os glóbulos vermelhos em forma de foice não circulam adequadamente, resultando em obstrução do fluxo sanguíneo e hemólise (rompimento).
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