Onde Passa Os 12 Jurados?

Onde passa os 12 jurados

A Netflix estreia nos próximos dias, a série belga Doze Jurados. Assim como ocorreu em diversas outras produções, o serviço adquiriu os direitos de exibição ao redor do mundo. Assim como diversas produções do país, a série é um thriller de muito suspense e que promete agradar aos assinantes.

No meu entendimento Frie é culpada e foi corretamente condenada a morte da amiga, sendo que no caso da filha a menina morreu por infecção hospitalar, porém ela realmente quebrou o vidro e cortou o pescoço da própria filha…tratava-se de uma psicopata…ficou claro pra mim quando ela direciona o advogado as provas canais!

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Já no elenco, Maaike Cafmeyer interpreta Frie Palmers, Charlotte De Bruyne interpreta Holly Ceusters, e Tom Vermeir como Joeri Cornille.

Lá pelo meio da série, creio no episódio 9, um dos 12 jurados, acossado por graves problemas em sua vida, exprime a dúvida: – “Me pergunto se somos as pessoas certas para julgar aquela mulher.”

Da mesma forma com que para mim foi impossível não lembrar de 12 Homens e uma Sentença enquanto via os 10 episódios da série, foi impossível afastar da cabeça os versos de Bob Dylan na canção “Hurricane”, em que ele acusa o julgamento do boxeador Rubin Carter de ter sido viciado, errado, por racismo: “How can the life of such a man be in the palms of some fool’s hands?” Como pode a vida de um homem desses ficar na palma da mão de alguns tolos?

116 Comentários para “Doze Jurados / De Twaalf”


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Solitário, triste, infeliz, careta, homofóbico – mas, no décimo e último episódio, serão dele as frases mais generosas, mais cheias de bons sentimentos, entre todas as que os jurados pronunciam antes de depositar seus votos de sim ou não na urna, diante da juíza presidente e seus dois assistentes.

A série narra a história de um julgamento da perspectiva do júri, onde eles decidem o destino de uma mulher acusada do assassinato de sua filha e melhor amiga. Aqui está tudo o que sabemos sobre Doze Jurados, na Netflix.

Já foram feitos trocentos dramas de tribunal, nestes 120 e tantos anos de cinema. Essa produção belga de 2019 é a primeira que vejo que dá tanta importância aos jurados quanto ao julgamento em si, ao crime que está sendo discutido.

Recheada de mistério e drama, série belga é boa pedida para quem não dispensa um suspense bem feito.

Vera De Block (Anne-Mieke Ruyten), uma senhora mais ou menos da idade de Arnold, simpatiza com ele. Pergunta onde ele mora, percebe que os dois vivem mais ou menos na mesma região da cidade; oferece-se para dar carona a ele – nos dias anteriores, Arnold havia ido de sua casa até o tribunal em sua pequena Vespa.

Frie Palmers, a ré, é interpretada por Maaike Cafmeyer no presente, nos dias de hoje, quando está aí com uns 40 e poucos anos (na foto acima). Nos flashbacks passados em 1999-2000, por Louise De Bisscop, na foto abaixo – e aí os responsáveis pelo casting foram extremamente felizes. É fantástica a semelhança entre as duas atrizes.

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Marc chegou a oferecer suborno para o inspetor de polícia encarregado da investigação, Vantomme (Bart Slegers), para que ele não desistisse e prosseguisse à procura de provas que comprovariam a culpa do fazendeiro.

Não no Jardim Ângela ou no Complexo do Alemão, no fundo da miséria deste Terceiro Mundo que às vezes parece o Quinto, ou o quinto dos infernos – mas em uma casa ampla, sólida, confortável, de bairro classe média de Ghent, uma das maiores cidades do país que sedia a capital da União Européia!

Os episódios são um deleite para quem ama um bom suspense, mas também para quem não dispensa uma produção que aborda questões do direito com embasamento. Além disso, é interessante ver como o ritmo e a abordagem fazem com o telespectador se sinta parte do tribunal. O motivo? A série tem uma postura imparcial de tudo que apresenta: expõe vantagens e desvantagens dos dois lados, sem focar em um olhar unidimensional. Assim, o espectador pode se sentir como mais um jurado ou até mesmo como um dos juízes.

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O motivo é que, as evidências do caso são extremamente suspeitas, e cada um dos juristas, precisa avaliar de acordo com suas próprias cicatrizes pessoais e experiências de vida. Cabe a eles decidir sobre a culpa ou a inocência dessa mulher quebrada em julgamento.

Se o júri que os criadores Sanne Nuyens e Bert Van Dael compuseram for o espelho do conjunto dos belgas da região de Flandres, dos belgas de fala neerlandesa… Caramba, que sociedade cheia de problemas…

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Stefaan e Margot se casaram – e começou uma intensa disputa nos tribunais pela guarda da garotinha. Foi uma coisa feia, horrorosa, cheia de baixarias que vão sendo reveladas ao longo dos episódios. Houve coisas  horrorosas. Um exemplo:  Stefaan procurou a polícia para dizer que, durante uma das muitas discussões com Frie sobre a guarda de Roos, a ex-mulher contou que tinha sido ela que havia assassinado Brechtje.

A bela e jovem Holly – o espectador vai vendo – carrega, é claro, o peso da tragédia. É uma pessoa inquieta, desassossegada; gostaria imensamente de vender a gigantesca casa dos pais que a faz lembrar da tragédia a cada dia. Para compensar o trauma, ou não, Holly faz sexo compulsivamente, com o primeiro que aparecer.

(no júri e seu entorno) Maaike Neuville (Delphine Spijkers, a jurada oprimida pelo marido). Charlotte De Bruyne (Holly Ceusters, a jurada cujos pais foram assassinados), Tom Vermeir (Joeri Cornille, o jurado dono de empresa de construção civil), Peter Gorissen (Arnold Briers, o jurado solitário que trabalha no zoo), Zouzou Ben Chikha (Carl Destoop, o jurado todo certinho), Piet De Praitere (Noël Marinus, o jurado viciado em sexo), Anne-Mieke Ruyten (Vera De Block, a jurada lésbica), Titus De Voogdt (Mike, o marido de Delphine), Dominique Van Malder (Bjorn, o irmão de Joeri Cornille)

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A base, o fulcro, o sentido desta série maravilhosamente bem realizada é esta inquietação, este questionamento: pode a vida de um ser humano ficar na palma da mão de um grupo de pessoas que enfrenta os mais diferentes problemas em suas vidas?

Na série, acompanhamos que a respeitada diretora de um colégio elitista, Fri Palmers, enfrenta um júri popular. Palmers foi acusada de dois assassinatos, sendo de sua melhor amiga, e sua própria filha.

No último episódio, Arnold – o careta que não consegue admitir que duas mulheres se amem e vivam juntas – é a pessoa que mais se parece com o jurado número 8 de 12 Homens e uma Sentença, o papel de Henry Fonda, o homem calmo, sem pressa, que quer que todos os pontos sejam examinados, antes de aquele grupo de pares mandar o réu para o corredor da morte.

Quantos capítulos tem doze jurados?

10 Doze Jurados/Número de episódios