Qual A Estrutura Do Vrus HPV?

Qual a estrutura do vrus HPV

O Papilomavírus Humano (HPV) é a infecção sexualmente transmissível mais prevalente do mundo (estima-se que até 80% das mulheres sexualmente ativas terão contato com ele até os 50 anos) e é o fator mais fortemente associado ao câncer de colo de útero (sendo associado a 95% destes).

Apontamentos

O tratamento das verrugas anogenitais (região genital e no ânus) consiste na destruição das lesões. Independente de realizar o tratamento, as lesões podem desaparecer, permanecer inalteradas ou aumentar em número e/ou volume. Sobre o tratamento:

O genoma viral é constituído por um DNA de fita dupla circular variando de 5 a 8 Kbp de tamanho dividido em região reguladora (LCR - long control region), que contém a origem de replicação (ORI) e a maioria dos promotores de transcrição. As regiões codificadoras são denominadas ORF (open reading frames), que são divididas nas seqüências precoce e tardia 13. A região precoce (E - early) codifica as proteínas envolvidas na replicação do DNA viral e transformação celular das quais se destacam E1, E2, E6 e E7 12 e região tardia (L - late), codifica as proteínas do capsídeo (L1 e L2), responsáveis pelas etapas finais da replicação do vírus, como a síntese de proteínas estruturais do capsídio 14,15.

Human papillomavirus and cervical neoplasia

Human papillomavirus and cervical neoplasia

Está bem estabelecido que o HPV de alto risco seja o agente responsável pelo câncer cervical, sendo que o HPV16 e o HPV18 são responsáveis por cerca de 70% de todos os cânceres cervicais. As infecções pelo HPV geralmente são adquiridas nos primeiros anos de vida sexual ativa e o risco é proporcional ao número de parceiros, entretanto, a maioria dessas infecções é transitória em mulheres jovens. As lesões intraepiteliais por HPV podem curar sem tratamento, mas a taxa de cura varia de acordo com a gravidade da lesão, lembrando-se que a lesão de alto grau tem alta taxa de progressão para neoplasia maligna cervical.

Um estudo de coorte inglês 69 não encontrou associação entre uso de ACO e NIC III, nem em mulheres que relataram uso de ACO por mais de oito anos. Em outro estudo prospectivo com 1.675 mulheres, não foi encontrada associação entre câncer cervical e NIC III com o uso corrente de ACO comparado com mulheres que nunca o haviam utilizado. Uma limitação deste estudo foi o fato de que a informação do uso de ACO foi coletada no momento da alocação das pacientes, tendo havido a possibilidade da descontinuação ou de início de uso de ACO durante o desenvolvimento do estudo. Também as usuárias de ACO tiveram um período de seguimento menor do que as não usuárias, havendo a possibilidade de viés 70.

(Exame de Papanicolau anormal; verrugas genitais; condilomas acuminados)

Human Papillomavirus Vaccination for Adults: Updated Recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices, August 2019

O câncer cervical é responsável por 6% de todas as neoplasias entre mulheres, com cerca de 500 mil novos casos diagnosticados a cada ano 1. Aproximadamente 231 mil mulheres morrem anualmente por câncer cervical invasivo, sendo que 80% dessas mortes ocorrem em países subdesenvolvidos 1,2.

Prevenção

Prevenção

No Brasil, o HPV16 é o tipo predominante nos cânceres cervicais invasivos nas regiões Sul, Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste, com prevalências de 52%, 57%, 59%, 43,5% e 52%, respectivamente. Em relação a outros tipos de HPV (18, 31 e 33), observam-se variações regionais, sendo que na maioria das regiões o segundo mais prevalente é o HPV18, com exceção da Região Centro-Oeste, em que predomina o HPV33, e na Região Nordeste, onde o HPV31 é o segundo em prevalência 41,42,43,44,45.

Nos últimos tempos, tem-se investigado a relação entre consumo de vitaminas e de carotenóides na gênese de câncer 83,84. A dificuldade de interpretar os estudos é pelo fato de saber-se que o processo de carcinogênese envolve múltiplos fatores, sendo tarefa difícil isolarem um único nutriente como fator causal 85.

A persistência de infecção pode ser definida como a detecção de um mesmo tipo de HPV duas ou mais vezes em certo período, não havendo consenso de quanto tempo seria esse período 52. A média seria de 6-12 meses, sendo que o HPV oncogênico tipo 16 persiste por um período maior 53,54. A regressão da infecção pelo HPV parece estar relacionada a mecanismos imunológicos humorais 55 e celulares 56. Fatores nutricionais também parecem estar relacionados ao tempo de cura. Altas concentrações de trans e cis-licopeno parecem reduzir significativamente o tempo de cura da infecção pelo HPV oncogênico 57. A persistência da infecção é um preditor para o desenvolvimento de neoplasia intra-epitelial cervical (NIC), particularmente pelos HPVs tipo 16 e 18 58.

Tratamento

A influência do comportamento sexual tem sido muito estudada como fator de risco para o câncer cervical. Alguns estudos 50,64,65 encontraram associação do uso de anticoncepcional oral (ACO) e câncer de colo, porém existem controvérsias. A contracepção hormonal por menos de cinco anos parece não aumentar o risco. Porém, mulheres que referem uso de ACO de 5 a 9 anos tiveram 2,8 vezes maior chance de desenvolver câncer em relação às que nunca o utilizaram. Esse risco aumenta quando a exposição ao ACO é relatada pelo período de mais de dez anos, passando a ser quatro vezes maior. Uma metanálise mostrou que o uso por longa duração aumenta o risco de câncer cervical 66. A progesterona (acetato de medroxiprogesterona depo) trimestral não parece aumentar o risco de câncer de colo 67. Pouco se sabe sobre a ação na carcinogênese dos anticoncepcionais injetáveis mensais, que são muito utilizados na América Latina 68.

O modo de ação de pRb e p53 na regulação do ciclo celular sugere que a inativação ou modulação da atividade destas duas proteínas podem resultar na proliferação celular das células basais, alterando a sua diferenciação, permitindo então a expansão de um pool e células epiteliais para a replicação de partículas virais.

Devem ser levados em conta os fatores relacionados ao hospedeiro e ao vírus. Sabe-se que os HPVs oncogênicos são importantes na persistência e na progressão da infecção, especialmente o HPV16, seguido pelo HPV18 50. Alguns estudos têm demonstrado associação entre a carga viral e aumento de freqüência de câncer cervical 50,51. A história natural do HPV é a cura. A integração do DNA do HPV no genoma da célula hospedeira usualmente é observada em carcinomas invasivos e em linhagens celulares de carcinoma cervical, mas as lesões benignas e pré-malignas o DNA do HPV usualmente são extracromossômicos. Nos casos que evoluem para câncer, os genomas que estão mantidos de forma epissomal passam, em algum momento, a integrar o genoma da célula do hospedeiro, causando alterações morfológicas da célula, alterando seu controle do ciclo celular e levando a lesões precursoras 52.

(Verrugas genitais; condiloma acuminado; verrugas venéreas; verrugas anogenitais)

O Papilomavírus Humano (HPV) tem ciclo não lítico, sua capacidade de infecção depende da descamação das células infectadas. Uma nova infecção acontece quando proteínas dos capsídeos L1 e L2 se ligam à membrana basal epitelial ou às células basais, permitindo a entrada de partículas virais em novas células hospedeiras.

Uma coorte com 1.425 mulheres em São Paulo mostrou mediana da persistência de positividade do HPV de 4,8 meses para os HPVs não oncogênicos e de 8,1 para os oncogênicos 54. A média de idade não alterou a média de duração de persistência dos tipos oncogênicos, porém, os não oncogênicos persistiram por maior tempo nas mulheres com menos de 35 anos 54.

Como o vírus do HPV entra na célula?

O Papilomavírus Humano (HPV) tem ciclo não lítico, sua capacidade de infecção depende da descamação das células infectadas. Uma nova infecção acontece quando proteínas dos capsídeos L1 e L2 se ligam à membrana basal epitelial ou às células basais, permitindo a entrada de partículas virais em novas células hospedeiras.

Qual o Patogeno do HPV?

RESUMO - Os papilomavírus são patógenos responsáveis pelo desenvolvimento de tumores benignos e malignos de pele e de mucosas. Pertencem à família Papillomaviridae, gênero Papillomavirus, espécie Human papillomavirusHPV, que corresponde a uma das oito espécies incluídas no gênero.

O que é o vírus HPV?

O HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano) é um vírus que infecta a pele ou mucosas (oral, genital ou anal) das pessoas, provocando verrugas anogenitais (na região genital e ânus) e câncer, a depender do tipo de vírus. A infecção pelo HPV é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST).

O que pode causar o vírus HPV?

O HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano) é um vírus que infecta pele ou mucosas (oral, genital ou anal), tanto de homens quanto de mulheres, provocando verrugas anogenitais (região genital e no ânus) e câncer, a depender do tipo de vírus. A infecção pelo HPV é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST).

Como atua o HPV?

Equipe Oncoguia O vírus pode entrar no corpo através das membranas mucosas, como as da boca, nariz, olhos ou genitais. Eles também podem entrar através da pele e de qualquer ferida na pele. Uma vez dentro do corpo, os vírus encontram o tipo específico de célula hospedeira para originar a infecção.

Como o HPV atua na carcinogênese uterina?

O aumento do número de cópias do HPV integrado promove um aumento da quantidade das proteínas E6 e E7 disponíveis, promovendo instabilidade genômica. A atuação das proteínas oncogênicas, conjuntamente com as várias integrações virais, favorecem o processo de carcinogênese.

Como o vírus do HPV age no organismo?

O HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano) é um vírus que infecta pele ou mucosas (oral, genital ou anal), tanto de homens quanto de mulheres, provocando verrugas anogenitais (região genital e no ânus) e câncer, a depender do tipo de vírus. A infecção pelo HPV é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST).

Como o HPV age no corpo humano?

O HPV é uma infecção sexualmente transmissível que, no homem, pode causar o aparecimento de verrugas no pênis, escroto ou ânus. Porém, a ausência de verrugas não significa que o homem não tem HPV, já que, muitas vezes, essas verrugas são de tamanho microscópico e não podem ser observadas a olho nu.

Qual o papel do HPV na oncogênese?

RESUMO:O. papilomavírus humano (HPV) exerce um papel central na carcinogênese do colo uterino. Em torno a ele orbitam outros fatores que influenciam direta ou indiretamente a instalação deste mecanismo no epitélio escamoso cervical.

Qual o papel dos vírus na carcinogênese?

O potencial carcinogênico do HPV é relacionado a duas proteínas virais, E6 e E7, as quais são capazes de interagir com proteínas que regulam o ciclo celular e que atuam como supressoras de tumores, como a p53 e pRb.