Os reinos africanos
Os impérios africanos foram formações de Estado que abrangiam vários povos em uma só entidade. Esta formação se dava normalmente por meio de conquistas. Foram numerosos e importantes nas suas relações comerciais, políticas e culturais, e cabe-nos conhecer um pouco mais alguns deles.
A África é considerada o "berço" da humanidade em razão de que o ser humano surgiu naquele continente. ... Em razão dos fósseis de ancestrais do ser humanos encontrados na África serem muito mais antigos que em qualquer outro lugar do mundo (em vários milhões de anos).
Na África Oriental, havia o Império de Gana, que durou do século 8 ao 11 e era baseado no comércio de ouro; e o do Mali, que durou do século 13 ao 18 e tinha como força o comércio de sal, ouro, especiarias e couro. ... No sul da África, o Reino do Congo compreendia o que hoje é Angola, Congo e Gabão.
O comércio de pessoas que se tornavam escravizadas estava presente no continente africano desde os egípcios antigos. As pessoas se tornavam escravas na África principalmente em razão das guerras: membros de tribos rivais eram reduzidos à condição de cativos, ou seja, escravos.
Os europeus já tinham relações com a África desde muitos séculos antes da invasão européia. ... Entretanto, já no século XV, os europeus passaram a desejar a conquista das áreas litorâneas do continente, em seu primeiro processo de expansão, em busca das riquezas que já sabiam que existiam e da mão-de-obra africana.
A escravidão na África não surgiu após a chegada dos europeus na Época Moderna, mas tornou-se comercial depois disso. ... A principal diferença era que a escravidão na África não tinha o caráter comercial adotado após o desenvolvimento do tráfico de escravos através do oceano Atlântico.
A escravização africana no Brasil passou a sofrer incentivos da Coroa após 1570 e, assim, segundo o historiador Thomas E. ... Os escravos eram trazidos ao Brasil em embarcações conhecidas como navios negreiros e em condições extremamente precárias.
Para estas mulheres era fundamental: força, inteligência e rebeldia. As escravas sofriam em diversos âmbitos, pois eram os seres omitidos dentro de uma classe já considerada minoritária, a dos escravizados. As formas de trabalho variavam de acordo com a zona em que viviam.
Como era alto - tinha 2,18 m - e, na época, acreditava-se que homens com canelas finas gerariam filhos do sexo masculino, foi escolhido para se deitar com as escravas e gerar mais mão de obra. Também cuidava dos cavalos e era responsável pelo transporte de correspondência entre a fazenda e a cidade.
A união entre escravos era chamada de contubernium, que não era um casamento legítimo, mas uma união simples, não reconhecida pelo direito. O cristianismo, entretanto, modificou esta normativa, e o direito canônico assegurou o ius connubii (direito ao matrimônio) também aos cativos.
A Igreja contribuiu enormemente com a escravidão, não só pela defesa da necessidade da escravidão para o desenvolvimento do Brasil e para a sua evangelização, mas também e principalmente, pela introjeção da consciência escrava nos negros e da aceitação da sua situação imposta pelo senhor.
19 anos
Após setembro de 1871, as crianças que nasceram de ventres escravos ganharam a condição de livres, mas, apesar dessa condição, continuaram a viver dentro das escravarias junto com seus familiares cativos.
Sofriam, além do desconforto físico, falta de água e doenças. No século 19, dos que vinham de Angola, 10% morriam na travessia, que demorava de 35 a 50 dias. Assim que chegavam ao Brasil, eles eram postos em quarentena, a fim de evitar mais perdas por doenças.
A violência praticada sistematicamente contra os escravos tinha o objetivo de incutir-lhes o temor de seus senhores e impedir que fugas e revoltas acontecessem. ... Muitos dos escravos punidos com o açoite eram castigados com 300 ou mais chibatadas – o suficiente para levar um ser humano à morte.
Um escravo era um bem que era possuído, despojado de todo direito. O dono possuía o direito sobre a sua vida e a sua morte. O termo "manus" simbolizava o domínio do dono sobre o escravo, do mesmo modo que o domínio do marido sobre a sua esposa.
Posteriormente, em 1871, foi sancionada a Lei do Ventre Livre que tornava livre os filhos de escravos nascidos a partir daquele período e, em 1885 foi criada a lei dos Sexagenários, que concedia a liberdade dos maiores de 60 anos, e, por fim, em 1888 foi sancionada a Lei Áurea, na qual aboliu a escravatura de todo o ...