Quais Desses Tratados De Paz Marcaram O Fim Da Primeira Guerra Mundial?

Quais desses tratados de paz marcaram o fim da Primeira Guerra Mundial

Após a devastação causada pela Primeira Guerra Mundial, as potências vencedoras, através dos tratados de paz, impuseram uma série de rigorosas exigencias aos países derrotados. Através daqueles acordos, os perdedores -- i.e. a Alemanha, o Império Austro-Húngaro, o Império Otomano, e a Bulgária -- tiveram que ceder grandes partes de seus territórios e ainda tiveram que pagar reparações financeiras significativas aos países vencedores.

A Turquia, transformada em República, manteve a Anatólia e os Estreitos, mas perdeu todas as suas posses árabes. Palestina e Mesopotâmia ficaram sob o mandato britânico, e Síria e Líbano, sob controle francês. O fim do Império Otomano desencadeou um enorme movimento de populações: cerca de 1,3 milhões de gregos tiveram que deixar a Anatólia e cerca de 500.000 turcos deixaram a Grécia.

CIÊNCIA

A Alemanha, sem voz nem voto no acordo, foi apontada como a única responsável pelo conflito. Dividida em dois pelo corredor polonês, que isolou a Prússia Oriental do resto do país, perdeu 15% de seu território e 10% de sua população.

O Tratado de Saint-Germain-en-Laye, firmado em 10 de setembro de 1919 entre os Aliados e a Áustria, dissolveu o Império dos Habsburgo, que existia há sete séculos, transformando-o em meia dúzia de Estados novos ou parcialmente novos, de acordo com o princípio estabelecido pelo Presidente Wilson do direito de autodeterminação dos povos.

O Tratado exigia que o exército alemão fosse limitado a 100.000 homens e o serviço militar obrigatório fosse abolido. O Tratado também restringia a marinha alemã a embarcações de menos de 10.000 toneladas, estando a mesma igualmente proibida de adquirir ou manter uma frota de submarinos. Além disso, a Alemanha foi proibida de manter uma força aérea. Aquele país foi obrigado a instaurar processos de crimes de guerra contra o Kaiser e contra outros líderes alemães por incitarem uma guerra violenta; mas o Julgamento de Leipzig, sem a presença do Kaiser e de outros importantes líderes nacionais no banco dos réus, que resultou basicamente na sua absolvição foi considerado, mesmo na própria Alemanha, como uma impostura.

Em poucas ocasiões o mapa politico da Europa foi tão alterado quanto o foi ao fim da Primeira Guerra. Como consequência imediata do fim conflito, os impérios alemão, austro-húngaro, russo e otomano deixaram de existir. O Tratado de Saint-Germain-en-Laye, de 10 de setembro de 1919, estabeleceu a República da Áustria, a qual era constituída em sua maior parte pelas regiões do antigo Império dos Habsburgos (Austro-Húngaro) habitadas por populações de fala alemã. O antigo Império Austríaco [Austro-Húngaro, governado pelos Habsburgos] cedeu terras que pertenciam à coroa para a Polônia e para os novos estados estabelecidos no pós-guerra, como a Tchecoslováquia e o Reino dos Eslovenos, Sérvios e Croatas, que em 1929 passou a se chamar Iugoslávia. Também foram cedidos os territórios do Tirol do Sul, de Trieste, de Trentino e de Ístria à Itália, e o de Bukovina à Romênia. Um artigo importante do tratado de paz impedia que a Áustria tivesse autonomia sobre sua nova independência, o que a impedia de efetivamente se unir à Alemanha, um dos objetivos de longa data dos "pan-germanistas" e um dos grandes objetivos de Adolf Hitler (que nasceu na Áustria) e de seu Partido Nacional-Socialista (Nazista).

O Tratado de Trianon, de 4 de junho de 1920, tomou da Hungria, separada da Áustria desde 31 de outubro de 1918, dois terços de seu território. Três milhões de húngaros foram para terras estrangeiras, a maioria deles para Romênia.

História

O Tratado de Neuilly, assinado em 27 de novembro de 1919 entre os Aliados e a Bulgária, transformou as fronteiras do país, que entrou na guerra em 1915 em apoio à Alemanha. Regiões inteiras no oeste passam para o novo Estado iugoslavo; as do nordeste, para a Romênia; e as do sul, para a Grécia, que recebeu a maior parte da Trácia.

O novo governo democrático alemão via o Tratado de Versalhes como uma "paz forçada" (Diktat). Embora a França, que havia sofrido mais danos materiais que os demais membros das "Quatro Grandes", insistisse em impor condições muito duras aos perdedores, na verdade o Tratado acabou não ajudando a solucionar as disputas internacionais que haviam dado origem à Primeira Guerra Mundial. Ao contrário, ele interferia na cooperação inter-europeia e intensificava os problemas subjacentes que haviam provocado a Guerra. Os terríveis sacrifícios de guerra e a enorme perda de vidas, de ambos os lados, pesavam muito, não somente sobre os perdedores mas também sobre o lado vencedor, como foi o caso da Itália, cujos ganhos de pós-Guerra pareciam desproporcionais frente ao grande preço que aquele país teve de despender em sangue e em bens materiais.

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Depois do armistício, foi assinado o tratado de paz de Versalhes, celebrado em 1919, no qual a Alemanha, derrotada, era obrigada a reduzir as suas tropas pela metade, pagar pesadas indenizações aos países vencedores, ceder todas as suas colônias e devolver a Alsácia-Lorena à França. Infelizmente, o tratato não iria alcançar o seu objeto. A Alemanha reclamou que tinha assinado o armistício sob falsos pretextos, já que havia acreditado que a paz era uma "paz sem vencedores", como havia sugerido o então presidente dos EUA Woodrow Wilson. Os anos se passaram, e o ódio ao tratado e aos seus autores estabeleceram um ressentimento latente na Alemanha. Duas décadas depois, estes sentimentos estariam entre as causas da Segunda Guerra Mundial.

Mas, provavelmente a parte mais humilhante do Tratado para a Alemanha era o Artigo 231, comumente conhecido como "Cláusula de Culpa da Guerra", que fazia com que a Alemanha aceitasse a total responsabilidade pela deflagração da Primeira Guerra Mundial. Sob tal condição, a Alemanha tornou-se responsável por pagar todos os danos materiais, e o então premiê da França, Georges Clemenceau, insistiu no pagamento de grandes reparações monetárias. Mesmo sabendo que a Alemanha provavelmente não teria como pagar tamanha dívida, Clemenceau e os franceses temiam uma rápida recuperação alemã e uma nova guerra contra a França caso tivessem recursos. Os franceses procuraram, através do Tratado pós-guerra, limitar que a Alemanha recuperasse sua superioridade econômica e se rearmasse.

MEIO AMBIENTE

A Alemanha, humilhada, rejeitou o “diktat” (ditado) de Versalhes, que alimentou um grande ressentimento entre a população e foi aproveitada pela propaganda nazista.

Promessas para rearmar e recuperar territórios alemães, especialmente ao leste, remilitarizar a Renânia e retomar sua importância entre as potências europeias e mundiais, após a derrota e o tratado de paz humilhantes, despertaram sentimentos ultra-nacionalistas e levaram os eleitores comuns a fecharem os olhos aos princípios extremamente radicais da ideologia nazista.

Do tratado de Brest-Litovsk, firmado antes do final da guerra entre os bolcheviques e os impérios centrais, até o de Lausanne, fechado em julho de 1923 com a Turquia, as potências beligerantes firmaram 16 acordos de paz. Estes são os principais:

ANIMAIS

Esta divisão originou inúmeras tensões posteriores. A Tchecoslováquia reuniu tchecos e eslovacos, e também minorias importantes como a alemã na Boêmia, ou a húngara na Eslováquia. A Romênia se expandiu com a Transilvânia e a Bessarábia. A Iugoslávia reuniu os eslavos do sul. A Polônia recebeu a antiga Galícia austríaca e territórios que pertenciam à Alemanha, como Posnânia ou Alta Silésia.

Para as populações das potências derrotadas (Alemanha, Áustria, Hungria e Bulgária), seus respectivos tratados de paz pareciam uma punição injusta. Seus governos, tanto os democráticos como na Alemanha ou Áustria, como os autoritários, no caso da Hungria, e o intermitente na Bulgária, rapidamente violaram os termos militares e financeiros dos acordos. Esforços para revisar e desafiar as determinações mais opressivas dos tratados de paz se tornaram em elementos-chave de suas respectivas políticas exteriores e se mostraram um elemento desestabilizador da política internacional. Por exemplo, a cláusula da culpa de guerra, as reparações financeiras e as restrições às ações militares alemãs eram sentidas como especialmente opressivas para a maioria da população daquele país. A proposta de revisão do Tratado de Versalhes passou a ser uma das plataformas que forneceria aos partidos de extrema direita na Alemanha, inclusive ao Partido Nazista de Hitler, uma grande credibilidade junto aos eleitores de inclinação política centrista nos anos da década de 1920 e início da de 1930.

Quem declarou a Primeira Guerra Mundial a que país?

Foi justamente essa infinidade de conflitos nacionais que originou o primeiro grande conflito de escala mundial. Mas o foco dos combates ocorreu mesmo no continente europeu. Em 1º de agosto de 1914, o Império Austro-húngaro declarou guerra à Sérvia, por conta do atentado ao herdeiro de seu trono.

O que provocou a primeira grande guerra mundial e o que foi o grande estopim para o início da guerra?

O estopim para a eclosão, que se tornou uma das principais causas da Primeira Guerra Mundial foi o atentado contra o arquiduque Francisco Fernando. O fim da Primeira Guerra Mundial provocou a implosão de vários países e outros micro países surgiram, mas tiveram uma existência breve.

Quem declarou a guerra a que país?

O arquiduque e sua esposa, Sofia, foram mortos em Sarajevo, na província da Bósnia, no dia 28 de junho de 1914 por um ativista sérvio. Após o crime, o Império Austro-Húngaro culpou a Sérvia por não ter evitado o atentado e declarou guerra ao país no dia 28 de julho.

Quem começou a Primeira Guerra Mundial?

Teve como estopim o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando e sua esposa, Sofia, em Sarajevo, na Bósnia, em junho de 1914. Estendeu-se por quatro anos em duas fases distintas: Guerra de Movimento e Guerra de Trincheira.