Mas a verdade é que esse preconceito e todos os estigmas em torno do funk carioca se guiam por uma discussão que vai muito além da música, mas caminha por debates sociais e de classe, não é?
Por isso, os artistas do gênero costumam trazer nas canções letras que falam de dinheiro, carros de luxo, mansões, jóias e tudo que está relacionado ao poder de consumo desenfreado.
Contudo, nos anos 2000, o Funk Carioca começou a passar por novas mudanças, atingindo as casas noturnas frequentadas pela classe média do País. Na mesma época, um novo grupo de música emergia, o chamado “Bonde do Tigrão”, dando origem ao que chamamos de “bondes” e fazendo com o que gênero tomasse uma proporção ainda maior. O grupo chegou a conquistar um espaço grande e fixo dentro da música brasileira, o que foi confirmado em 2001, com o seu disco de Platina pela Pró-Música Brasil.
E, então, surgiu uma nova onda. Como uma forma de pedir paz para as comunidades, os MCs começaram a surgir na indústria musical e, muitos deles, passaram a retratar,também, a pobreza e passaram a unir forças com as próprias comunidades para que a paz fosse disseminada. Em 1990, então, o movimento retomou, mais uma vez, as forças e surgiram novos tipos de MCs, com canções com letras mais melódicas e românticas, como as do MC Marcinho, um dos mais influentes da época.
Com suas batidas envolventes, letras controversas e danças provocativas, o funk carioca é uma expressão artística que provoca discussões e desperta emoções, seja pela sua estética única, pela sua energia contagiante ou pela sua capacidade de retratar a realidade social e cultural do Rio de Janeiro.
Entre as vozes femininas temos como exemplo Anitta, Pocah, MC Dricka, Ludmilla, Lexa, Luísa Sonza que se destacam pelos hits no funk, mas que também misturam o funk com elementos de outros gêneros, como o pop music, trap, R&B e axé, por exemplo.
No entanto, o funk carioca não se limitou a ser uma cópia do estilo americano. Os artistas locais adicionaram elementos da cultura brasileira, como o samba e a bossa nova, criando um som único que mesclava diferentes influências musicais. Essa mistura de ritmos e estilos deu origem ao funk carioca que conhecemos hoje.
O funk carioca é fruto de uma mistura rica de influências, incluindo o funk americano dos anos 70, o samba, e outros ritmos afro-brasileiros. A batida característica do funk, conhecida como “tamborzão”, é uma adaptação criativa que reflete a energia e a diversidade cultural do Rio de Janeiro.
Hoje em dia, o funk é um dos gêneros mais populares do Rio de Janeiro, com milhares de fãs e uma cena musical vibrante. Os bailes funk continuam atraindo multidões e servem como um espaço de inclusão e diversão para os moradores das comunidades cariocas.
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Descubra a história por trás do ritmo que conquistou o Brasil e se tornou uma das maiores expressões da cultura carioca: o funk carioca. Neste artigo, vamos mergulhar nas raízes desse gênero musical, explorando sua origem e evolução ao longo dos anos. Prepare-se para uma viagem no tempo, explorando os bairros do Rio de Janeiro que deram vida ao funk carioca e os artistas que o tornaram um fenômeno nacional. Acompanhe-nos nesta jornada e descubra onde tudo começou para o funk carioca.
O funk carioca já possui história suficiente na música brasileira para marcar diferentes eras. Em comparação com os primeiros hits, as músicas do funk carioca de hoje em dia mudaram bastante, desde a proposta de mistura de batidas como também nas letras e produções de videoclipes e álbuns.
As equipes de som, verdadeiros ícones culturais nas comunidades, foram fundamentais para a propagação do funk. Elas organizavam os bailes, que se tornaram eventos emblemáticos, onde as novas músicas eram apresentadas e os talentos locais tinham a chance de brilhar.
SE TE FALTAM PALAVRAS, “DIZ COM DEEZER”
Uma das principais características do Funk é o seu ritmo sincopado e acentuado, que é criado através do uso intenso de instrumentos como a bateria, o baixo e a guitarra. Essa combinação de instrumentos resulta em um som pulsante e contagiante, que é impossível resistir.
Foi a Furacão 2000 a responsável por lançar diversos nomes super importantes para o funk carioca, como Valesca Popozuda, Mr. Catra, MC Marcinho, Tati Quebra-Barraco, Perlla, Anitta e tantos outros.
O berço do funk carioca são as favelas cariocas, onde a música começou a ser produzida e disseminada nas décadas de 80 e 90. Era uma forma de expressão para a juventude, que encontrava no funk uma maneira de comunicar suas experiências e realidades.