O responsável por prever esse cenário um tanto pessimista para a época foi Thomas Robert Malthus. Um pastor protestante inglês nascido em 1776 e preocupado com o aumento no número pessoas.
Segundo a Teoria Malthusiana, o crescimento da população se daria em progressão geométrica (2, 4, 8, 16, 32…), enquanto que a produção dos alimentos seguiria o modelo de progressão aritmética (2, 4, 6, 8, 10…).
Outra crítica dos estudiosos reformistas aos malthusianos diz respeito ao crescimento da produção. Como vimos, para Malthus esta crescia em ritmo inferior ao da população. Para os reformistas, contudo, isso também não é verdadeiro, pois, com o início da revolução industrial e a consequente revolução tecnológica, tanto a agricultura quanto a indústria aumentaram sua capacidade produtiva, resolvendo, dessa forma, o problema da produção.
Já o binóculo ajuda a entender como as decisões do passado afetam a paisagem contemporânea. Dados e teorias demográficas podem ser a olho nu algo distante, difícil e até mesmo desinteressante.
Na realidade, ocorre grande concentração de alimentos nos países ricos e, consequentemente, má distribuição nos países pobres. Porém, em nenhum momento a população cresceu conforme o cálculo de Malthus.
A Reportagem “A humanidade não chegará aos 10 bilhões de pessoas”, publicada pelo jornal espanhol El País, apresenta uma pesquisa publicada no periódico científico “The Lancet”.
Essa teoria propõe o controle de natalidade nos países subdesenvolvidos. E ao contrário dos da teoria anterior, a corrente neomalthusiana é a favor de métodos contraceptivos.
Malthus não esperava um avanço científico na agro-pecuária, que permitiu que todos pudessem ser alimentados. Assim, a produção de alimentos chegou a superar o crescimento populacional.
Neste caso, é necessário explicar a origem da pobreza: os reformistas atribuem sua origem à má divisão de renda na sociedade, ocasionada, sobretudo, pela exploração a que os países desenvolvidos submetem os países subdesenvolvidos. Assim, a má distribuição de renda geraria a pobreza - e esta, por sua vez, geraria a superpopulação.
A pesquisa realizada foi veiculada em 2020 e mostra que em 2060 teremos um pico populacional. E nesse momento chegaremos a 9,7 bilhões de pessoas no planeta. A partir daí teremos uma queda lenta e em 2100 seremos 8,8 bilhões.
As idéias básicas desta teoria são todas contrárias às de Malthus: sua principal afirmação nega o princípio malthusiano, segundo o qual a superpopulação é a causa da pobreza. Para os reformistas, é a pobreza que gera a superpopulação.
Foi economista, ensaísta, demógrafo, sacerdote anglicano, cientista e estatístico. Em 1798, ele publicou a primeira edição da obra Um Ensaio Sobre o Princípio da População.
Malthus chegou a propor como única solução - para o problema da defasagem entre população e alimentos - o que ele chamou de "sujeição moral", ou seja, a própria população deveria adotar uma postura de privação voluntária dos desejos sexuais, com o objetivo de reduzir a natalidade, equilibrando o crescimento demográfico com a possibilidade de expansão da produção de alimentos.
Para solucionar o problema, Malthus propõe: controle de natalidade. No entanto, segundo ele, isso deveria ser feito através da sujeição moral do homem, com casamento tardio e abstinência sexual.
Desenvolvida no início do século XX, a teoria neomalthusiana afirmava que o crescimento acelerado populacional nos países desenvolvidos provocaria problemas socioeconômicos, falta de emprego e miséria.
Entre 1750 e 1850, a quantidade de habitantes na Inglaterra dobrou. Assim, ele explicou que enquanto a produção de alimentos aumenta em progressão aritmética (2,4,6,8,10,12…), o número da população eleva-se em progressão geométrica (2,4,8,16,32,64…).
No entanto, toda essa complexidade nos ajuda a compreender a sociedade e seus aspectos nada fáceis de entender. Os estudos para desvendar os dilemas da modernidade devem levar em consideração todas as áreas de conhecimento.
Inúmeras teorias foram elaboradas para tentar explicar o crescimento populacional. Dentre elas, é comum se destacarem três, que estão profundamente inter-relacionadas: a malthusiana, a neomalthusiana e a reformista.