Usar nas ITUs complicadas, como as por Pseudomonas sp em bexiga neurogênica • 20 a 30 mg / kg / dia, 12/12 horas (máx 500 mg/dose). < 18 meses de vida. (a maioria dos antimicrobianos requer ajuste de dose para insuficiência renal) Indicação: < 3 meses, evolução para pielonefrite e/ou septicemia (febre alta, toxemia).
Uretrocistografia Miccional: Em crianças abaixo de dois anos com ITU recorrente, além da UGE, indica-se a uretrocistografia miccional (UCM), que é o "gold-standard" para o diagnóstico de Refluxo-Vesicoureteral (RVU). Em adultos não está indicada a não ser em ITU recorrente no pós-transplante para afastar refluxo ao rim transplantado.
As drogas mais utilizadas com fins profiláticos são a Nitrofurantoína, Sulfametoxazol-Trimetoprim, e as antigas quinolonas como Ácido Pipemídico ou Ácido nalidíxico. A dose sugerida é de um comprimido à noite ao deitar (o clareamento bacteriano é menor do que durante o dia) ou então 3 vezes por semana durante 3 a 6 meses. Quando a ITU estiver relacionada com a atividade sexual pode-se prescrever um comprimido após cada relação.
Os antibióticos para infecção urinária, como a fosfomicina, a nitrofurantoína, o sulfametoxazol + trimetoprima ou a ceftriaxona, ajudam a eliminar as bactérias causadoras da infecção, aliviando os sintomas como dor ou desconforto para urinar ou vontade de urinar frequentemente, por exemplo.
Geralmente, o tratamento para infecção urinária é feito com antibióticos específicos para as bactérias encontradas no exame. Além do antibiótico, o profissional pode receitar um remédio para aliviar a dor.
“Se você está com infecção e não melhora, mesmo se estiver tomando antibiótico, e sente febre e mal-estar é um sinal de que algo está fora do esperado e é importante ir ao médico. Aliás, logo na primeira ardência ao urinar vá ao médico e faça acompanhamento do tratamento,” aconselha Sacomani.
Ultra-som: útil para identificar presença de cálculos que podem estar associados com os quadros agudos de ITU ou mesmo propiciá-los (ITU complicada), bem como a repercussão dos cálculos no trato urinário. O ultra-som é útil também na identificação de outras condições associadas a ITU como coleções, abscessos e rins policísticos.
Crianças acima de 3 meses de vida, sem toxemia, hidratadas, com ingestão oral preservada devem receber tratamento ambulatorial. Naquelas com febre alta e sinais de toxemia, desidratadas e com vômitos persistentes devem ser hospitalizados.
Como tomar: o conteúdo de 1 envelope de fosfomicina deve ser dissolvido em 50 a 75 ml de água e misturado com uma colher. Esta mistura deve ser tomada preferencialmente à noite com o estômago vazio, antes de deitar e após urinar. Conheça outras indicações da fosfomicina e como usar.
Cateterização urinária: cateteres de demora predispõem à bacteriúria significante (geralmente assintomática), especialmente em condição de drenagem aberta (ITU em 48 hs), e o risco de bacteriemia por gram-negativo que já é de cinco vezes, é proporcional ao tempo de cateterização. A leucocitúria não tem uma boa correlação com presença de ITU em pacientes com catéter. Além de crescerem em suspensão, algumas bactérias produzem uma matriz de polissacáride ou "biofilme" que as envolve e protege das defesas do hospedeiro, e também confere resistência aos antimicrobianos utilizados6. Adicionalmente, a presença de germes neste biofilme cria um ambiente favorável à formação de encrustrações na superfície interna do catéter, levando à obstrução.
ITU complicada: torna-se mais difícil padronizar a recomendação de antibióticos pois o espectro clínico nas ITU complicadas, com alterações anatômicas do trato urinário, é muito amplo e o tratamento irá depender da condição associada (pielonefrite, catéter, obstrução, pós-transplante renal, diabetes, etc) e do germe identificado. De maneira geral, nas infecções graves com importante comprometimento sistêmico, as cefalosporinas de 1ª geração (p.ex. Cefalotina), de 2a geração, (p.ex. Cefoxitina ou Cefuroxima), de 3ª geração (p.ex. Cefetamet pivoxil ou Ceftazidima ou Ceftriaxona) ou mesmo de 4a geração (p.ex. Cefepima) podem ser utilizadas de acordo com o nível de gravidade. As cefalosporinas de 3a geração são altamente eficazes contra enterobactérias em geral, mas não contra Pseudomonas. Alguns germes gram-positivos como Enterococcus e Staphylococcus também são pouco sensíveis. Os aminoglicosídeos como Amicacina ou Gentamicina são bastante eficazes para germes gram-negativos, mas deve-se ter em mente o especial efeito nefrotóxico destes agentes. Quando possível, a realização do teste de gram pode auxiliar bastante na identificação da presença de enterococcus. Se gram-positivos estão presentes ou se esta informação não está disponível, deve-se associar Ampicilina endovenosa ou Vancomicina aos aminoglicosídeos. Quando somente gram-negativos estão presentes, torna-se preferencial o uso por via parenteral, desde a associação SMZ-TMP, até fluorquinolonas, aminoglicosídeos ou cefalosporinas de amplo espectro como a Ceftriaxona. Em pacientes com quadros mais complicados, história de pielonefrites prévias ou manipulação recente do trato urinário, deve ser considerado o uso de monobactâmicos como Aztreonam, ou combinação de inibidores de b lactam-b lactamase como Ampicilina-Sulbactam, Ticarcilina-Ácido clavulânico ou ainda de carbapenêmicos como Imipenem-Cilastatina.
O grupo das Tetraciclinas (tetraciclina, oxitetraciclina, doxiciclina, minociclina) é especialmente efetivo no tratamento de infecções por Chlamydia Trachomatis (uretrite por Chlamydia deve ser tratada por 7 a 14 dias com Tetraciclina ou Sulfonamida) sendo portanto indicados em síndrome uretral e prostatite. As penicilinas resistentes à ação de germes produtores de penicilinase como oxacilina, cloxacilina e dicloxacilina se reservam ao tratamento de infecções estafilocócicas. Infecções por anaeróbios podem ser tratadas com metronidazol ou clindamicina. Deve-se ter em mente que a diluição urinária reduz a população bacteriana mas também a concentração do antibiótico, sendo que a micção remove ambos. Portanto, a eficácia ótima das drogas ocorre no período pós-miccional. As concentrações urinárias dos antibióticos refletem as presentes na medula renal sendo portanto melhores guias de eficácia do que as concentrações séricas, exceto quando da presença de insuficiência renal. As concentrações renais das drogas por sua vez, dependem do mecanismo de excreção renal, fluxo urinário, pH e função renal. Abscessos tendem a ter pH e pO2 reduzidos, e a penetração antimicrobiana em cistos também é precária.
d)"Novas" Quinolonas: Norfloxacina 400mg 12/12hs, Ciprofloxacina 250 mg 12/12hs. Outras como a Lomefloxacina, Ofloxacina, Pefloxacina, etc. também podem ser utilizadas.
Outros exames: a) Tomografia computadorizada (TC) é raramente necessária a não ser para descartar presença de abscesso perinefrético e também em casos de investigação de rins policísticos que podem estar associados com ITU; b) Cistoscopia: a cistoscopia não tem indicação na ITU não complicada e deve ser realizada somente em condições de urina estéril ou após profilaxia antibiótica. Em pacientes idosos e transplantados renais com ITU recorrente e hematúria, a cistoscopia está indicada para afastar câncer de bexiga.
Através de casos clínicos simulados, você poderá aprimorar seu raciocínio diagnóstico, desenvolver habilidades de tomada de decisão e atualizar seus conhecimentos sobre diferentes doenças e condições médicas.
É essencial considerar o perfil de resistência local e evitar a prescrição empírica excessiva de antibióticos de amplo espectro, a fim de prevenir o desenvolvimento de resistência bacteriana.
Pela sua abrangência no que tange a idade, sexo, doenças associadas e fatores de risco externos (cateterismo vesical, por exemplo), há uma grande diversidade epidemiológica das ITU a depender de cada um destes fatores.