O EaD no Brasil, entre março e abril de 2020, registrou aumento de 70% nas matrículas. Ao mesmo tempo, o interesse por cursos presenciais caiu 45%.
Para ter um ambiente virtual de aprendizagem sempre completo, é preciso manter a plataforma atualizada constantemente.
ALMARAZ, J. Alguns pré-requisitos funcionais dos sistemas de educação a distância. Anais do XVII Curso Ibero-americano de Educación a Distancia. Madrid: IUED/UNED, 1999.
Segundo Alves (2007), “A educação a distância está crescendo vertiginosamente, atendendo a todos os níveis de ensino. O acréscimo da demanda reforça a ideia de que é uma modalidade de ensino capaz de transformar o processo educacional no país”. Para Preti (1996), “A crescente demanda por educação, devida não somente à expansão populacional como sobretudo às lutas das classes trabalhadoras por acesso à educação, ao saber socialmente produzido concomitantemente com a evolução dos conhecimentos científicos e tecnológicos”, está exigindo mudanças em nível da função e da estrutura da escola e da universidade.
Além disso, para se ter um ensino remoto de qualidade o aluno precisa ter um notebook ou celular no qual possa realizar as atividades e exercícios propostos na aula, bem como leituras e pesquisas.
Ante a conjuntura exposta, evidencia-se o quanto a Educação a Distância representa avanço para a educação, sobretudo nas universidades do nosso país, de onde podem emanar planos de ação capazes de incidir e produzir efeitos que combatam as diversas desigualdades e opressões que secularmente integram nosso cotidiano. A EaD apresenta-se como forma de resistência e de democratização de conhecimentos que podem proporcionar uma verdadeira revolução social.
Muitas são as opções de ferramentas para universidades, escolas, empresas e autônomos que oferecem cursos livres.
A modalidade de ensino híbrido, também chamada de b-learning (ou blended learning), tem ganhado cada vez mais espaço porque ainda existe muito receio em investir em práticas 100% a distância e preferem a alternativa dos cursos híbridos, que mesclam algumas práticas presenciais.
Outro desafio a ser superado dentro do ensino àa distância é a personalização da plataforma EaD escolhida.
Já o projeto P&D, consiste no auxílio de ações que visam à redução da evasão no ensino superior promovendo pesquisas e o desenvolvimento experimental de soluções baseadas em Inteligência Artificial para apoiar intervenções pedagógicas. A iniciativa prevê a definição de requisitos, análise e avaliação da efetividade das ações que consideram o cenário estrutural, organizacional e geográfico das instituições. Seis universidades federais (UFG, UFPA, UNIPAMA, UFERSA, UNIFEI e UFSCAR) participam do projeto-piloto com o objetivo de avaliar a efetividade dele.
Para investir no EAD é preciso estar ligado nas perspectivas para o futuro, pois essa é uma modalidade que está em constante transformação. Atualizar os conteúdos conforme as informações mudam, por exemplo, é essencial. Por isso aproveite e leia também nosso post sobre os melhores formatos de conteúdo para cursos online e mantenha seu EAD evoluído!
Visando atender às mais variadas realidades, segmentos e classes sociais, têm-se implementado políticas e modalidades de ensino que favoreçam a inclusão social. No contexto de globalização, tem-se reforçado e disseminado o papel das tecnologias da informação e comunicação (TICs), transformando as formas de acesso ao conhecimento e à formulação dos processos de ensino-aprendizagem, com o rompimento do modelo físico do ambiente de aprendizagem.
A falta de métodos específicos para o ensino a distância dificulta a evolução dos cursos e das instituições de ensino superior, além de sucatear o ensino. Dessa forma, o EAD se torna apenas uma forma mais barata de fazer um curso, e não uma modalidade diferente com seus diversos recursos e vantagens, como deve ser.
A aprendizagem humana é possível pela ação de um mediatizador (...). Trata-se de alguém que se interpõe entre os estímulos e o organismo para captar da mente do mediatizado as significações interiorizadas que advêm da própria experiência da aprendizagem (...). O mediador procura provocar, no estudante, ‘estados de alerta, de processamento, de planificação e de transcendência, mudanças e arranjos de informação autônomos, modulando o tempo, o espaço e a intensidade dos estímulos, humanizando-os e conferindo-lhes significação’. Dessa maneira, são desenvolvidos ‘instrumentos psicológicos mais aptos e flexíveis para produzirem soluções (respostas adaptativas) às situações-problema ‘provocadas’ pela natureza e pela cultura’ (FONSECA, 1998, p. 9).
A educação a distância exige que o aluno tenha disciplina e autonomia para estudar, e isso por si só pode ser uma desvantagem para muitas pessoas.
A EaD desenvolve suas ações em duas perspectivas: ensino semipresencial (sendo mantida a dinâmica de aulas, com transmissão de aula ao vivo ou gravada, esse processo é enriquecido com as tecnologias de interação) e totalmente a distância (neste formato, pode-se utilizar os recursos de videoaulas, ao mesmo que se priorizam outros formatos de interação).