Essa alcunha se deve ao caráter de subsistência presente no rio, se apresentando como uma fonte de abastecimento que sacia a sede e torna possível o cultivo de itens alimentícios em meio a uma localidade que atribui à vida dos nativos circunstâncias desfavoráveis para sobrevivência.
Se alguém desobedecer essa regra poderá receber um castigo da mãe d’água e dos peixes, das cobras e até mesmo das almas afogadas que não conseguiram chegar até às estrelas.
Enfim, esses homens eram tantos que acabaram formando um sulco na terra por onde passavam. Por outro lado, Iati ficou desesperada por ter sido deixada por seu noivo, que não voltou da guerra, e chorou muito. Em seguida suas lágrimas acabaram escorrendo no chapadão do alto da serra.
No passado, foi decisivo para o povoamento do interior do Nordeste. Há projetos agropecuários de destaque no Vale do São Francisco, tanto na área de fruticultura irrigada como na produção intensiva de algumas frutas.
A abertura desses canais irá levar água a outras bacias hidrográficas, situadas nos Estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. A proposta é que por meio desses canais de irrigação, a água chegue até o Sertão Nordestino. Essa captação, que deve ser feita após a barragem de Sobradinho, deverá retirar do rio água correspondente a uma vazão de 26 m³/s, mais um excedente médio de 63 m³/s sempre que o lago de Sobradinho estiver cheio ou vertendo.
O escritor e professor de literatura da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Aurélio de Lacerda destaca que o Velho Chico não é só o rio da integração nacional, mas enxerga poesia e vê o recurso como uma personagem brasileira.
Além disso, por consegue se mover dos subterrâneos das águas até chegar na Terra, esse animal também pode desmoronar barracos e casas nos vilarejos. Segundo Saint-Hilaire em um registro do final do século XIX, o Minhocão pode ter uma forma de surubim gigante, assim como de um pássaro grande com o pescoço comprido e fino.
Além disso, falou-se na construção de barragens, principalmente em Minas Gerais, para regularizar o fluxo do rio e aumentar a capacidade de irrigação e de produção de energia elétrica. Porém, o projeto não saiu do papel.
Sua nascente está situada na região sudoeste de Minas Gerais, na região da Serra da Canastra, área protegida por um Parque Nacional, mas cercada de propriedades rurais que praticam técnicas ultrapassadas, como as queimadas, que todo ano fogem do controle do homem e invadem o parque, provocando problemas para o bioma da região.
Para chamar atenção para os problemas enfrentados pelo rio e sua bacia, a campanha Eu viro carranca para defender o Velho Chico chega ao 7º ano. As carrancas, que são esculturas com figuras assombrosas, eram usadas nas embarcações para espantar as "feras" do rio e os perigos da travessia.
O governo Lula reativou o plano de transposição das águas, com algumas mudanças. O atual projeto é criticado porque atenderia apenas 5% da área do semi-árido.
Durante o Período Colonial, as margens do rio serviram como guia para exploradores do Sertão brasileiro e, principalmente, para a criação de gado, atividade econômica secundária que abastecia os grandes engenhos de cana-de-açúcar, por isso o rio era conhecido como “Rio dos Currais”. Foi em volta desses estábulos que se desenvolveram alguns povoados que deram origem a cidades.
A primeira delas conta a origem do rio. Segundo a história, antes do Velho Chico existir, os índios viviam apenas em chapadões, construíndo suas aldeias.
Os sertanejos lhe deram o apelido carinhoso de "Velho Chico", pois esse rio faz parte do cotidiano da ocupação do sertão. Desde o século 16 suas águas serviram de estrada para a colonização da área e suas margens eram ocupadas por extensas fazendas de gado.
O rio São Francisco é o mais importante da região Nordeste. A bacia do São Francisco ocupa uma área de 645.067 quilômetros quadrados e passa por cinco estados brasileiros: Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Aliás, suas águas formam a divisa natural entre esses dois últimos.
Conta-se que até os dias atuais os ribeirinhos do rio São Francisco tratam suas mulheres com muito carinho. E, caso haja alguma discussão na casa, não é servido surubim. Além disso, também dizem que durante a lua cheia o Surubim Beijador aparece na superfície do Velho Chico para alegrar os casais.
Esta história conta que todo dia, sem exceção, quando dá meia noite, o Velho Chico dorme durante dois ou três minutos. É durante esse tempo que as almas das pessoas que se afogaram vão para o céu. Além disso, as cobras perdem seu veneno e os peixes ficam no fundo do rio.
Um projeto muito polêmico está em andamento e vai mudar a vida do rio São Francisco. Trata-se do Projeto de Transposição das Águas do Rio São Francisco (Pisf), que prevê duas captações a partir de dois grandes canais a serem construídos (chamadas de Eixo Norte e Eixo Leste).
Há planos de fazer a transposição de parte de suas águas. Elas seriam desviadas para transformar rios intermitentes em perenes, e até diminuir a falta de água na Paraíba, no Ceará e no Rio Grande do Norte. Essa idéia surgiu já no segundo império. O imperador Pedro 2º chegou a propor a transposição das águas do rio.
A agricultura é marcada pela presença de grandes lavouras que vão desde a cana-de-açúcar, para a produção de cachaças, até lavouras irrigadas com alta tecnologia, transformando o Sertão em um oásis da fruticultura brasileira, empregando em torno de 250 mil pessoas e produzindo, aproximadamente, 1,4 milhão de toneladas de frutas, entre as quais se destacam as mangas, as uvas de mesa e as uvas para produção de vinhos e até culturas tradicionais de climas mais frios, como as peras.
Outros dizem que o projeto é caro (principalmente porque para distribuir as águas será preciso criar estações elevatórias, já que há grande desnível altimétrico entre o leito do rio e as regiões que receberão as águas) e pode contribuir para piorar as condições do rio, que vem enfrentando problemas de secas dos afluentes, desmatamento das matas ciliares, assoreamento e poluição.
Então, segundo a história, um vaqueiro foi vaquejar em plena sexta-feira santa. Contudo, ele acabou sumindo juntamente com a montaria e a rês. Por fim, o vaqueiro sumiu se tornou uma assombração e dizem que é normal escutá-lo pelas caatingas. Além disso, também é possível escutar, durante a sexta-feira santa, o trote do seu cavalo e o barulho da rês que sumiram junto com ele.
Outras críticas apontam o grande dano a ser causado ao ambiente, o custo elevado (cerca de R$ 6 bilhões) e a possibilidade de que os beneficiados sejam empresas multinacionais e não os produtores sertanejos. Os que defendem o projeto afirmam que serão gerados empregos e a área será dinamizada economicamente.