Jongo é uma expressão cultural afro-brasileira que engloba dança, música e poesia. Originário do estado do Rio de Janeiro, o Jongo é uma manifestação artística que tem suas raízes na cultura africana trazida pelos escravos durante o período colonial. Essa tradição foi preservada ao longo dos anos e é considerada um importante patrimônio cultural do Brasil. Neste glossário, iremos explorar o significado e a importância do Jongo, bem como seus elementos e características distintivas.
Nosso objetivo é fornecer informações precisas e atualizadas, mas não garantimos a exatidão, integridade ou adequação das informações fornecidas. As informações podem conter erros técnicos ou tipográficos. Recomendamos que você verifique a precisão das informações antes de tomar qualquer decisão com base nelas.
Preservado de geração a geração, o jongo é praticado principalmente na região sudeste, nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. E é neste último que está localizado o Jongo de São Benedito e São Sebastião de Itaúnas – distrito do município de Conceição da Barra. O mestre Benedito Conceição Filho, de 59 anos, tinha apenas 16 quando recebeu a responsabilidade pelo grupo. A missão maior é ensinar ao máximo de pessoas a história e a dança do jongo.
O jongo sempre foi uma forma de resistência contra o racismo e a discriminação. Ao manter viva a cultura africana, o jongo ajuda a valorizar a história e a identidade dos negros brasileiros. Além disso, o jongo também é uma forma de expressão artística que permite aos negros se afirmarem como sujeitos ativos na construção da cultura brasileira.
Este site pode conter links para sites de terceiros. Esses links são fornecidos apenas para sua conveniência e não implicam nosso endosso desses sites. Não controlamos o conteúdo desses sites de terceiros e não somos responsáveis por qualquer conteúdo ou transação ocorrida nesses sites.
MONTEIRO, Elaine. Branco quer aprender dança de preto: valorização e reconhecimento no registro do patrimônio imaterial afro-brasileiro. In: ABREU, Martha; XAVIER, Geovana; MONTEIRO, Lívia e BRASIL, Erik. Cultura Negra: Festas, carnavais e patrimônios negros. Vl.1. Eduff: Niterói-RJ, 2018. p. 294-324.
O jongo pode contribuir para o turismo cultural ao atrair visitantes interessados em conhecer a cultura afro-brasileira e participar de eventos culturais que envolvam a manifestação.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia vinculada ao Ministério da Cidadania, tem registrado 47 Patrimônios Culturais Imateriais em todo o Brasil. Segundo definição da Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o patrimônio imaterial compreende “as expressões de vida e tradições que comunidades, grupos e indivíduos em todas as partes do mundo recebem de seus ancestrais e passam seus conhecimentos a seus descendentes”. A série de reportagens sobre os patrimônios imateriais brasileiros começa com a tradição do jongo, muito presente na região Sudeste do País.
O Jongo é composto por três elementos principais: a dança, a música e a poesia. A dança do Jongo é marcada por movimentos vigorosos e expressivos, com passos que remetem às tradições africanas. Os dançarinos se movimentam em círculos, em uma roda formada por homens e mulheres, enquanto executam passos sincronizados ao som dos tambores. A música do Jongo é caracterizada pelo ritmo intenso e contagiante dos tambores, que são tocados de forma cadenciada e envolvente. A poesia do Jongo é declamada pelos participantes, em versos improvisados que abordam temas como a liberdade, a ancestralidade e a resistência.
Além disso, o Jongo também teve uma importante dimensão política, sendo utilizado como forma de protesto contra a opressão racial e a marginalização social. Através da dança e da música, os jongueiros reafirmavam sua existência e reivindicavam seus direitos.
Acredita-se que o Jongo tenha suas raízes nas práticas culturais dos povos bantos, trazidos principalmente da região do Congo-Angola. Esses povos tinham o costume de se reunir em rodas para cantar, dançar e tocar instrumentos musicais, em celebração à vida e aos seus antepassados.
Você já ouviu falar em jongo? Essa é uma expressão cultural de origem africana que se mantém viva até os dias de hoje no Brasil. O jongo é uma dança e música que surgiu no período da escravidão, quando os africanos trazidos para o país buscavam manter suas tradições e resistir à opressão.
Ao longo dos séculos, o Jongo desempenhou um papel fundamental na resistência cultural e na preservação da identidade negra. Durante o período da escravidão, os encontros de Jongo eram momentos de escape e fortalecimento da comunidade negra, além de serem espaços de transmissão de conhecimentos ancestrais.
“Temos o maior orgulho em mostrar a nossa dança, a nossa tradição. É uma forma de comunicação, é uma bandeira que os negros usaram lá atrás em busca da liberdade. E a gente usa até hoje para estar dentro de espaços que, se não fosse o jongo, nós não estaríamos, como em teatros na capital do estado, no Brasil todo. Então, o ganho social é muito grande”, afirma.
O jongo influenciou diretamente outras manifestações culturais brasileiras, como o samba e a capoeira. Além disso, sua importância histórica e cultural inspirou artistas de diversas áreas, como a literatura e o cinema.
Apesar de sua importância histórica e cultural, o Jongo enfrenta desafios para sua preservação e valorização nos dias atuais. A falta de incentivo e apoio governamental, bem como a falta de espaços adequados para a prática do Jongo, são alguns dos obstáculos enfrentados pelos praticantes dessa manifestação artística. No entanto, há um movimento crescente de valorização e reconhecimento do Jongo, com a realização de festivais, encontros e projetos que visam promover e difundir essa expressão cultural.
FONSECA. Maria Cecília, Londres. Referências Culturais: Base para novas políticas de patrimônio. In: Inventário nacional de referências culturais: manual de aplicação. Brasília, DF:IPHAN/Ministério da Cultura. 2000, p. 11-23.
O jongo, ou caxambu é um ritmo que teve suas origens na região africana do Congo-Angola. ... Para acalmar a revolta e o sofrimento dos negros com a escravidão e distrair o tédio dos brancos, os donos das isoladas fazendas de café permitiam que seus escravos dançassem o jongo nos dias dos santos católicos.
Resposta: Ele é considerado uma prática de memória coletiva por celebrar a ancestralidade africana e a trajetória dos afrodescendentes no Brasil. Grupo de jongo da cidade de Piquete, no estado de São Paulo.
A dança coletiva, o canto, a percussão de tambores e elementos místicos representam a preservação da ancestralidade negra para comunidades de diversas regiões do País.
Segundo Tia Maria, quando era criança o jongo era praticado apenas por pessoas mais velhas e quase escondido. Ela relembra que sua mãe a colocava para dormir e depois ia dançar o jongo no quintal de casa. ... Foi assim que no final da década de 1960 surgiu o Jongo da Serrinha, no bairro de Madureira no Rio de Janeiro.
O Patrimônio Cultural é dividido em dois grupos, que variam de acordo com a sua natureza. São eles: Patrimônio Imaterial e Patrimônio Material. Além desses, há também o Patrimônio Artístico, que reúne os bens artísticos, e o Patrimônio Natural, referente aos bens naturais de uma região.
Visando facilitar o implemento de ações de salvaguarda do patrimônio, este é classificado em duas grandes categorias: patrimônio material e patrimônio imaterial.
Exemplos de Cultura Material
O patrimônio material se trata do patrimônio cultural de um povo relacionado a elementos materiais, como prédios e objetos. Estes elementos podem ser classificados como bens imóveis, como os centros históricos das cidades, ou bens móveis, que podem ser carregados, como os acervos históricos.
Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, o patrimônio cultural de um povo é formado pelo conjunto dos saberes, fazeres, expressões, práticas e seus produtos, que remetem à história, à memória e à identidade desse povo.
O registro de um patrimônio imaterial como o samba-de-roda exige o mapeamento de um percurso que se inicia com os africanos que foram escravizados e trazidos para trabalhar nos engenhos e lavouras de cana-de-açúcar do Recôncavo, região do estado da Bahia que reúne atualmente 33 municípios.
Imaterial, do latim immateriālis, é um adjetivo que se refere àquilo que não é material. O imaterial, por conseguinte, pode associar-se ao espiritual, abstrato, imaginário ou ideal. É fácil compreender o conceito de imaterial ao opô-lo a coisas materiais. ...
São exemplos de patrimônio imaterial: os saberes, os modos de fazer, as formas de expressão, celebrações, as festas e danças populares, lendas, músicas, costumes e outras tradições.