O sistema venoso é a parte do sistema circulatório em que o sangue é transportado da periferia de volta para o coração. Podemos distinguir entre o sistema venoso superficial e o profundo.
Geralmente, este procedimento costuma ser indicado em ambientes de terapia intensiva (UTI) ou em situações de emergência, e deve ser feito pelo médico, seguindo uma técnica que necessita de material cirúrgico e equipamentos estéreis. Após ser colocado, é necessário ter cuidados de enfermagem para observar e prevenir complicações como infecções ou sangramentos.
Estes dois sistemas venosos são separados um do outro por fáscia de tecido conjuntivo e músculos, e estão ligadas por um terceiro sistema venoso - as veias perfurantes (ou veias comunicantes).
O sistema venoso superficial subcutâneo nas pernas inclui a veia safena magna e a veia safena parva. É através dele que o sangue é transportado a partir da superfície (pele e tecidos subcutâneos), de onde conduz para as veias profundas.
Normalmente, o cateter venoso central é utilizado apenas em meio hospitalar, já que precisa ser cuidado corretamente, para evitar a entrada de micro-organismos no copro, que possam causar um infecção grave e colocar a vida em risco.
A veia femoral é um grande vaso localizado profundamente na coxa. Ela às vezes é chamada de veia femoral superficial, para distingui-la da veia femoral profunda. Entretanto, como a veia femoral está localizada profundamente na coxa, esse termo pode ser enganoso, não sendo utilizado na terminologia anatômica oficial.
É importante que o profissional de saúde responsável pela manipulação do cateter venoso central tenha os cuidados de higiene adequados devido ao alto riso de colonização bacteriana nos lúmens do cateter, o que poderia provocar infecção e colocar em risco a vida da pessoa.
O cateter venoso central tem um comprimento e uma largura maior do que os cateteres periféricos comuns usados nas veias de locais como o braço, e são desenvolvidos para serem introduzidos em grandes veias do corpo, como a subclávia, localizada no tórax, a jugular, localizada no pescoço, ou a femoral, localizada na região inguinal.
A veia femoral é um local comum de acesso venoso, principalmente porque oferece fácil acesso ao átrio direito do coração. É necessário conhecimento da disposição das estruturas dentro do trígono femoral para realizar este procedimento com segurança. Sob condições estéreis, os médicos primeiro palpam o pulso femoral, cerca de 1 a 2 cm abaixo do ligamento inguinal. A artéria femoral está localizada no ponto médio entre a espinha ilíaca anterosuperior e a sínfise púbica. Com o pulso femoral identificado, a veia femoral é acessada cerca de 0,5 a 1 cm medial à pulsação. Este procedimento é, no entanto, muitas vezes realizado sob orientação de ultrassonografia, para melhorar a precisão e fornecer informações adicionais sobre vasos e estruturas adjacentes.
A relação da veia femoral com a artéria femoral geralmente varia em diferentes locais ao longo de seu trajeto. Distalmente, a veia situa-se posterolateral à artéria, enquanto proximalmente, no ápice do triângulo femoral, a veia situa-se posterior à artéria. Na base do trígono femoral e dentro da bainha femoral, entretanto, a veia situa-se medialmente à artéria. A veia femoral normalmente tem quatro a cinco válvulas em vários pontos ao longo de sua extensão.
A técnica mais utilizada para a realização do cateterismo venoso central chama-se técnica de Seldinger. Para realizá-la, além dos equipamentos de proteção, deve-se utilizar como materiais a bolsa e equipo de soro, anestésico, gaze estéril, bisturi e o kit de cateter central, que contém agulha, fio guia, dilatador e cateter intravenoso, além de agulha e fio para fixar o cateter na pele.
A veia femoral é uma continuação direta da veia poplítea, iniciando-se imediatamente proximal ao joelho. A veia ascende para a região inguinal, onde passa posteriormente ao ligamento inguinal como veia ilíaca externa para entrar no abdome.
O circuito que termina no átrio esquerdo através das quatro veias pulmonares trazendo sangue arterial dos pulmões chama-se de pequena circulação ou circulação pulmonar. E o circuito que termina no átrio direito através das veias cavas e do seio coronário retornando com sangue venoso chama-se de grande circulação ou circulação sistêmica.
Além disso, o médico e a equipe devem ter feito uma cuidadosa lavagem de mãos e estar paramentados com equipamentos que diminuem risco de infecção como luvas estéreis, máscara, gorro, avental cirúrgico e campos estéreis.
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