Star Wars: Os Últimos Jedi oferece um olhar sobre Luke Skywalker como nunca imaginamos ser possível. O herói lendário da trilogia original – interpretado brilhantemente por Mark Hamill – volta a mostrar porque é uma figura essencial desta história intergalática.
Originalmente, Han Solo seria resgatado, mas morreria mais tarde em uma invasão a uma base do Império. Leia teria que atuar como uma rainha. Luke, por sua vez, começaria uma jornada solitária pela galáxia. Tanto a morte de Han Solo quanto o desaparecimento de Luke foram incorporados em O Despertar da Força. Contudo, ainda há outra ideia que não foi utilizada na época.
Cansado desse conflito de lados opostos destinados a se combaterem, Luke teria encontrado um terceira alternativa. A teoria diz que ele teria encontrado um meio-termo da Força, nem luz, nem escuridão, nem bom, nem mal. Se os lados dos Jedi e dos Sith podem ser representados, respectivamente, pelas cores branca e preta, Luke seria o cinza, o encontro delas. Por essa razão os Jedi deveriam acabar.
Luke então adiciona "It's so much bigger" que pode ser traduzido tanto como "É muito maior", e como "É muito mais que isso". Essa segunda interpretação se encaixa perfeitamente com a teoria de que Luke vê além da dualidade dos Jedi e Sith.
Ao longo de Os Últimos Jedi, vemos Luke referir o equilíbrio da Força e existe uma representação importante em Ahch-To. Perto do local onde Luke faria seu sacrifício final, existe uma caverna com um mosaico cheio de água; esse mosaico tem uma figura no centro, com um lado negro de um lado e um lado branco do outro. Sabendo que Ahch-To foi o planeta do primeiro Templo Jedi, a resposta para o equilíbrio da Força parece ter sido deixada de forma clara nessa representação.
Consequentemente, estamos mais próximos de finalmente descobrir qual será o papel desempenhado por Luke Skywalker. O personagem tem sido mantido em uma aura de mistério, o que tem feito com que vários fãs fiquem malucos, criando diversas teorias. Umas das mais populares é a de que Luke poderia ser o novo vilão naquela galáxia muito, muito distante.
Uma das principais pistas para essa teoria está presente no trailer de Os Últimos Jedi. Nesse trailer ouvimos o próprio Luke Skywalker dizer a seguinte frase:
O caminho foi árduo, mas eventualmente Luke se tornou um dos Jedi mais poderosos da galáxia. O rebelde sempre teve facilidade em manusear seu sabre de luz, mesmo antes de começar seu treinamento Jedi. Além de conseguir redirecionar tiros de blasters com agilidade, Skywalker também aprendeu a arte do combate com sabres e sempre demonstrou uma incrível habilidade como piloto.
A chegada e treinamento de Rey em Ahch-To não são suficientes para Luke abandonar o planeta do seu exílio. Mas com o aparecimento do espírito de Yoda, Luke encontra novamente o seu propósito e entende a importância de transmitir até os fracassos para os aprendizes. Como Yoda diz ao seu eterno aluno:
Nascido pouco tempo depois do início do governo tirânico do Império, Luke foi enviado para Tatooine depois que Padmé Amidala deu luz a ele e Leia, morrendo logo em seguida. As crianças foram frutos do relacionamento de Padmé com Anakin Skywalker, o nome de batismo de Darth Vader antes dele se voltar para o Lado Sombrio da Força.
Revitalizado, Luke usou a Força para se projetar em Crait para distrair Kylo Ren e a Primeira Ordem a tempo de permitir que os sobreviventes da Resistência conseguissem fugir na Millennium Falcon. … Assim, Luke Skywalker, Mestre Jedi, faleceu em paz, se juntando ao seu pai e antigos mestres na Força.
“Transmita o que aprendeu. Força, mestria. Mas fraqueza, insensatez, fracasso também. Sim, fracasso acima de tudo. O maior professor, o fracasso é. Luke, nós somos o que eles crescem além. Esse é o verdadeiro fardo de todos os mestres.”
No final do longa, revemos os garotos escravizados em Canto Bight em uma cena de brincadeira. Escondidos do seu dono alienígena, um menino e uma menina ouvema história de Luke Skywalker contra a Primeira Ordem, contada por um outro garoto. O último ato de Luke volta a transformá-lo em um herói e inspira as crianças que sonham sair da escravidão de Canto Bight.
Mas o personagem não está somente nas mãos de Hamill. Isso porque, com a estreia da minissérie Obi-Wan Kenobi, em 2022, um outro ator assumiu o papel: Grant Feely, que viveu o pequeno Skywalker na produção.
Essa evidência não se sustenta em frases que podem estar fora de contexto ou em imagens da fase de desenvolvimento do filme. Agora estamos utilizando a própria obra Star Wars.
Sempre tive em mente um final que de alguma forma envolvesse Vader. Achei muito atraente e as imagens do sabre de luz e ele segurando-o; que tanto falou. Também falou de algo que discuti com George (Lucas) ao longo dos anos, até as consequências das Guerras Clônicas. A razão pela qual nunca vimos muitos Jedi lutando contra o império é o fato de que muitos deles sentiram que falharam em seu objetivo de proteger a República, e todos foram enganados. E assim muitos deles perceberam que lutar uma guerra talvez não seja o melhor caminho e criaram violência. Eles baixaram seus sabres, tentaram encontrar caminhos diferentes para ajudar as pessoas do que talvez, você sabe, serem violentos, e então há uma velha ideia aí.
Trata-se de uma ideia de Mark Hamill, o ator que dá vida a Luke Skywalker. Ele queria que Luke sucumbisse ao lado sombrio da força, pois, como ator, seria algo mais interessante de interpretar. É possível vê-lo falar sobre isso no programa Dinner for Five de 17 de junho de 2005, em entrevista para Kevin Smith. Nesse mesmo programa estava presente J.J. Abrams, diretor responsável pela volta de Star Wars.