O uso de medicamentos gera muitas dúvidas e isso vai muito além do melhor horário para tomar o remédio. Os antibióticos, por exemplo, figuram dentre os medicamentos que mais geram dúvidas: pode beber bebida alcoólica tomando antibiótico?, o antibiótico tira o efeito do anticoncepcional?, dentre tantas outras.
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E mais, o álcool é metabolizado pelo fígado, da mesma forma que alguns dos antibióticos. Com isso, mais uma vez, a mistura pode fazer com que o organismo não processe de forma adequada o antibiótico porque está ocupado metabolizando o álcool. Além de diminuir o efeito do remédio, essa combinação pode resultar no acúmulo de metabólitos tóxicos, que colaboram com os efeitos colaterais. Conhecer a interação do antibiótico que você está tomando é a melhor forma de tomar uma decisão.
Os antibióticos foram uma revolução na medicina, mas com o tempo passaram a ser usados sem o cuidado necessário. Como vimos, no Brasil, isso fez com que fosse necessária a criação de leis e regulamentações para limitar a compra indiscriminada de antibióticos. Assim, desde 2010, é necessária a apresentação de receita médica em duas vias para a compra do medicamento, uma das quais fica com a farmácia.
Assim, se a preocupação de beber tomando antibiótico é devido à eficácia do medicamento, então, não há porque se preocupar. No entanto, existem outras questões a se considerar, como a toxicidade do álcool que pode aumentar, os efeitos colaterais que podem surgir e o risco de lesões do fígado que são maiores quando é feita a combinação. Para entender melhor, vale dizer que o álcool irrita a mucosa gastrointestinal, da mesma forma que alguns antibióticos, a exemplo da amoxicilina e da azitromicina.
É bem comum ouvir que não se deve beber nenhuma quantia de bebida alcoólica enquanto se está em tratamento medicamentoso. No entanto, para responder à pergunta de se posso beber tomando antibiótico? é preciso fazer algumas considerações e explicar que é possível beber sim, desde que seja com moderação, mas que existem outros fatores que podem indicar a abstinência como o caminho mais curto para melhorar a saúde. Para falar mais sobre o assunto, o umComo.com.br reuniu algumas informações pertinentes a respeito do tema.
Isso porque mesmo doses moderadas de bebida podem interagir com algumas classes de antibióticos, como é o caso do metronidazol, tinidazol e cefotetan. Os dois primeiros podem, inclusive, provocar o efeito dissulfiram. Esse termo se refere a um remédio usado no tratamento do alcoolismo a fim de aumentar de maneira significativa os efeitos colaterais do consumo de álcool para que o paciente não queira mais beber. Por isso, é indicado não beber álcool nas 24 horas antes de ingerir esses antibióticos e permanecer assim até 72 horas após a última dose do fármaco.
Esses medicamentos atuam de duas formas, como bactericida ou bacteriostático. Os antibióticos bactericidas atuam destruindo os microrganismos causadores de infecções, enquanto os antibióticos bacteriostáticos agem de modo a deter a reprodução das bactérias causadoras da infecção, facilitando com que as defesas naturais do organismo possam combatê-las. ²
Esses remédios não raro provocam enjoos, vômitos, diarreia e dor no abdômen, assim, com a combinação de álcool e antibiótico as chances de ocorrer esses efeitos colaterais são potencializadas. Além disso, é preciso levar em conta que a pessoa que está tomando antibiótico por causa de uma infecção está com o seu sistema imunológico fragilizado e quando bebidas alcoólicas são ingeridas em excesso elas podem reduzir a capacidade do organismo de combater problemas de saúde. Dessa forma, a melhora pode demorar mais.
É verdade! Por muitos anos a rifampicina foi indicada como o antibiótico que podia causar redução da eficácia dos anticoncepcionais hormonais. Contudo, estudos mais recentes mostram que os antibióticos de largo espectro, aqueles que conseguem matar mais tipos de bactérias, são até mais perigosos. Nessa lista estão: amoxilina, penicilina, eritromicina e a tetraciclina.
Com a descoberta, a penicilina passou a ser utilizada no tratamento de infecções respiratórias, como sinusites e faringites, além de algumas infecções, como a meningite bacteriana e a pneumonia bacteriana, que tiveram considerável queda nas taxas de mortalidade e letalidade.
Os mitos e dúvidas sobre o uso de medicamentos não acabam com a questão de beber tomando antibiótico. Por isso separamos mais alguns mitos e verdades sobre o uso desse importante medicamento. Vamos desvendá-los?
É mito! Os antibióticos não causam cáries. O que acontece, em especial com as crianças, é a higiene bucal inadequada ou ineficiente aliada aos maus hábitos alimentares – consumo excessivo de doces, guloseimas, refrigerantes e carboidratos, por exemplo. 9
A descrição de cura para infecções usando plantas com propriedades semelhantes aos antibióticos apresenta registros há mais de 2500 anos na China.
Desde 2010, o acesso aos antibióticos requer a retenção da receita médica junto à farmácia. Esse controle foi estabelecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ampliar o controle sobre essas substâncias, principalmente após o aumento do número de contaminações pela superbactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC). 3, 4
Por Marcelo Caldeira Pedroso, professor da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA-USP), Norberto Peporine Lopes, professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP-USP), e Andrea Balan, professora do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB-USP)
Especialistas afirmam que, embora a grande parte dos médicos diga que é melhor evitar o álcool durante o uso de remédios, inclusive, os antibióticos, a verdade é que, se a ingestão for moderada, na maioria das vezes, é possível beber sim. Para tanto, vale dizer que modernamente se refere a duas taças de vinho, duas latas de cerveja ou uma dose de bebida destilada. Além disso, dependendo do problema da pessoa que está sendo tratada e do antibiótico tomado, mesmo doses maiores podem não prejudicar o efeito do remédio.
Dica: Acesse esse artigo e complemente esta informação - quanto tempo depois de beber posso tomar remédio?
A falta de informação e orientação sobre o uso correto de medicamento pode alimentar a criação de mitos, o que não é algo bom. Visto que pode gerar resistência do paciente em tomar determinado medicamento por acreditar em algo que não tem fundamentação científica, prejudicando assim o seu tratamento.
Por fim, também vale lembrar que ter um estoque de medicamentos pode representar risco se temos crianças em casa. Já que a exposição a remédios de maneira inadequada pode causar consequências sérias como intoxicação por medicamentos ou até mesmo envenenamento. Prova disso é análise feita pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) que mostra que, em média, 37 crianças e adolescentes de até 19 anos sofrem são acometidos por intoxicações desse tipo todos os dias. 10