A esquizofrenia é uma doença mental, em que o sujeito pode confundir realidade com imaginário. Os olhos da mente de um esquizofrênico podem estar repletos de ilusões, pensamentos mágicos, superstições, mas também ansiedade, irritabilidade e um mal estar permanente, chamado disforia.
A religião também foi lembrada como auxílio na convivência com a esquizofrenia, tendo como aspecto negativo a influência de algumas pessoas que incentivam o doente a abandonar os remédios e procurar apenas a cura divina.
Apesar de não ter cura, a esquizofrenia pode ser controlada. Por se tratar de um transtorno bastante complexo, com diversas causas e fatores que podem agravar os sintomas, o tratamento exige intervenções de médicos psiquiatras, terapeutas ocupacionais, psicólogos, educadores físicos e até nutricionistas.
Esse tipo de transtorno mental começa de maneira leve, mas sem tratamento correto pode se agravar com o tempo. A cada recaída, o paciente pode apresentar quadros ainda mais severos.
Considerando a complexidade, a severidade, o intenso sofrimento e os inúmeros prejuízos que a esquizofrenia pode causar-nos diversos aspectos da vida de seus portadores e seguindo as ideias de transformação dos conceitos de doença mental e assistência psiquiátrica, é importante um novo olhar para os portadores deste transtorno, dando-lhes voz, acolhendo e valorizando seus sofrimentos neste processo de descoberta de novo sentido para a convivência com a esquizofrenia.
Um bom psiquiatra pode ajudá-los na melhor conduta. Quando paciente está em crise, sem dúvida a indicação é encaminhá-lo para uma avaliação médica (psiquiatria) e este irá passar conduta da internação.
Por ser uma doença crônica sem possibilidade de cura, seus portadores encontram na religião uma fonte de conforto e esperança, um "pronto-socorro espiritual"(31), onde se acredita na possibilidade de haver cura divina. No caso dos evangélicos, a religião é também vista como fonte de ajuda para o portador de doença mental devido às relações sociais estabelecidas com a comunidade religiosa, o que pode ser comprovado com o menor tempo de internação que seus fiéis costumam apresentar(31).
O convívio com o portador de esquizofrenia é um processo complicado, principalmente para os familiares que convivem diariamente com ele. Com o início da doença e as alterações comportamentais do indivíduo com esquizofrenia, a família passa por diversas mudanças em seu dia a dia, uma vez que ele requer muita atenção e a família acaba cedendo por ter receio de que este, ao ser contrariado, mostre-se agressivo. Além disso, a prolixidade, muitas vezes sem sentido para quem escuta, torna-se exaustiva à medida que ocorre(29).
Objetivó-se ccomprender la realidad del vivir con esquizofrenia a partir del discurso de quien la vivencia. Como método, se han realizado entrevistas con diez pacientes con esquizofrenia admitidos en un hospital general, diagnosticados con la enfermedad durante al menos cinco años. Para el análisis de sus contenidos fue utilizado el Análisis Temático. Fue identificada, como resultado, la categoría "Conviviendo con la Esquizofrenia" y seis temas, que abordan: el conocimiento de la enfermedad, los síntomas, la difícil convivencia, el estigma, la familia y la religión. En conclusión, este trabajo permitió la ampliación de la mirada para los portadores de esquizofrenia, ya que lo conocimiento de la enfermedad y sus implicaciones ocurrirán desde la mirada de quien vivencia diariamente ese sufrimiento.
Outros medicamentos do tipo ansiolíticos, como Diazepam, ou estabilizadores do humor, como Carbamazepina, podem ser usados para aliviar os sintomas em caso de agitação ou ansiedade, além de antidepressivos, como Sertralina, pode ser indicada no caso de depressão.
Fornecido a você pela Merck & Co, Inc., Rahway, NJ, EUA (conhecida como MSD fora dos EUA e Canadá) — dedicada ao uso de ciência inovadora para salvar e melhorar vidas em todo o mundo. Saiba mais sobre os Manuais MSD e nosso compromisso com o Global Medical Knowledge
O mais importante é, diante de uma pessoa com sintomas psicóticos, evitar confrontar diretamente o conteúdo psicótico. Isso significa dizer que é melhor mostrar disposição em ajudar o paciente a passar pela situação que está causando sofrimento do que tentar argumentar que nada do que ele está imaginando é real.
Hostilidade e agressão também podem estar associadas à esquizofrenia, mas é importante destacar que agressão espontânea ou aleatória não é algo comum em indivíduos que sofrem com a doença.
O tratamento da esquizofrenia é orientado pelo psiquiatra, com medicamentos antipsicóticos, como Risperidona, Quetiapina, Olanzapina ou Clozapina, por exemplo, que ajudam a controlar principalmente os sintomas positivos, como alucinações, delírios ou alterações do comportamento.
É imprescindível que pessoas com o distúrbio realizem tratamento para manter os sintomas sob controle. “A esquizofrenia tende a ficar mais grave com o passar do tempo. Este agravamento é mais intenso se o paciente não faz o tratamento corretamente”, afirma a psiquiatra Luciana Staut.
A dificuldade de se conviver com a esquizofrenia ficou muito evidente nas falas dos entrevistados. Isto se deve ao prejuízo que ocorre na qualidade de vida, termo este de grande importância ao se falar em doença crônica. Qualidade de vida é entendida como tudo aquilo que é significante para o indivíduo, sendo um conceito amplo que agrega todos os aspectos da existência do ser humano e sua impressão a respeito de cada uma delas, considerando também os diferentes contextos culturais(1,14). Orquídea relatou de forma abrangente a dificuldade de se conviver com a doença:
Ao conviver constantemente com essas situações de estigmatização, tanto pela sociedade em geral, como muitas vezes pela própria equipe de saúde, os indivíduos acabam internalizando essas situações, de forma a se autoestigmatizarem, o que é mais difícil de ser superado(15).
A percepção dos prejuízos pelos indivíduos portadores de esquizofrenia varia de acordo com o tempo de diagnóstico da doença. Aqueles indivíduos com menor tempo de diagnóstico os vê de forma mais intensa, pois estão mais próximos do que era considerado padrão de normalidade por eles próprios, enquanto que aqueles que possuem maior tempo de diagnóstico já estão adaptados à nova condição, tendo criado, a partir da doença, um novo padrão de normalidade. Outra explicação dada pelo autor seria que a melhor adaptação pode ser decorrente do maior tempo de tratamento, fazendo com que o indivíduo apresente um quadro estável(16).
Este modo de se referir à doença e à sua realidade não se explica somente pelo desconhecimento ou incerteza sobre ela. Na verdade, esses pacientes mostram uma apropriação do conhecimento biológico, ao atribuir a uma determinada parte do corpo a responsabilização da esquizofrenia(17). Essa priorização do conhecimento biológico é decorrente do fato de que a assistência à saúde mental é ainda muito voltada para as causas orgânicas, sendo menos abordados os aspectos psicológicos e sociais(18).
Os sintomas de esquizofrenia variam de acordo com o tipo de esquizofrenia e de pessoa para pessoa, não havendo um sintoma específico para esse transtorno. Os principais sintomas são:
Fornecido a você pela Merck & Co, Inc., Rahway, NJ, EUA (conhecida como MSD fora dos EUA e Canadá) - dedicada ao uso de ciência inovadora para salvar e melhorar vidas em todo o mundo. Saiba mais sobre os Manuais MSD e nosso compromisso com o Conhecimento Médico Global
Além disso, é necessária a realização de psicoterapia e terapia ocupacional, como forma de contribuir para uma melhor reabilitação e reintegração do paciente ao convívio social. A orientação à família e o acompanhamento por equipes de apoio social e comunitárias também são medidas importantes para melhorar a eficácia do tratamento.
XF has received research support from Otsuka, Roche, and Intra-Cellular Therapies. XF has served as a reviewer for various Substance Abuse and Mental Health Services Administration (SAMHSA) federal grant programmes; he has also served on the Patient Centered Outcome Research Institute (PCORI) Advisory Panel on Healthcare Delivery and Disparities Research. XF is a member of the American Psychiatric Association (APA) Scientific Program Committee, and is a member of the APA Council on International Psychiatry and Global Health.
When viewing this topic in a different language, you may notice some differences in the way the content is structured, but it still reflects the latest evidence-based guidance.