Trecho do pensamento do filosofo zenão de eleia? Essa é a pergunta que vamos responder e mostrar uma maneira simples de se lembrar dessa informação. Portanto, é essencial você conferir a matéria completamente.
Eléia não é um seguidor ou reelaborador de um pensamento já esboçado, mas é um inovador radical. Ele atribuiu três possíveis “vias” à pesquisa: uma da verdade absoluta, uma das opiniões falaciosas ou da absoluta falsidade, e uma da opinião plausível. Na via da absoluta verdade, do lógos, o grande princípio parmenidiano é este: O ser é e não pode não ser; o não-ser não é e não pode ser de modo algum. Isso se justifica em sua frase: “Necessário é dizer e pensar que o ser é: de fato o ser é, nada não é”. Segundo Parmênides, o ser é a única coisa pensável e exprimível, a ponto de fazer coincidir o pensar e o ser, pois não há pensamento que não exprima o ser. Ao contrário, o não-ser é de todo impensável, inexprimível, indizível e, portanto, impossível e absurdo. Esta é a primeira grandiosa formulação do princípio da não-contradição, o princípio que afirma a impossibilidade de coexistência simultânea dos contraditórios, no caso oser e o não-ser. Se há ser, não pode haver o não-ser.O ser não tem, pois, um passado e um futuro, mas é presente eterno sem início nem fim. Segundo Parmênides, o ser é imutável e absolutamente imóvel, é perfeito e acabado e, como tal, não tem necessidade de nada e, por isso, permanece em si mesmo idêntico no idêntico. Ele é um contínuo todo igual já que qualquer diferença implica onão-ser. Resumidamente, a única verdade consiste, portanto, no ser ingênito, incorruptível, imutável, imóvel, igual e uno: o resto é apenas diferentes denominações da mesma coisa. O ser parmenidiano e o princípio dos jônicos convergem no fato de serem ingênitos e incorruptíveis. O seguinte trecho de Parmênides: “tudo é cheio de ser” faz relembrar uma famosa afirmação de Tales. Eles divergem no fato do ser não ser “princípio”, porque não há “principiado”. Enfim, não há princípio porque o ser é absolutamente igual, indiferenciado e indiferenciável, enquanto o princípio dos jônicos gerava as coisas diferenciando-se e transformando-se. Na via do erro, ou das opiniões falaciosas como diz Parmênides, os sentidos parecem atestar o devir, o movimento, o nascer e o morrer, e portanto o ser junto com o não-ser. Essa seria a raiz do erro, a admissão da possibilidade da coexistência e da passagem de um ao outro, e vice-versa. Na terceira via, a das opiniões plausíveis, Parmênides buscava, e aceitava, explicações sobre os fenômenos e as aparências sem ir contra o grande princípio da não-contradição. Em suas explicações, ele diz que os “mortais” puseram duas formas supremas: “luz” e “noite”, concebendo-as como contrárias (como ser e não-ser) e deduzindo todo o resto delas. Para Parmênides eles erraram porque não compreenderam que as duas formas estão incluídas numa superior unidade necessária, na unidade do ser, conforme ele mesmo diz em: “ambas iguais, porque com nenhuma das duas há o nada”, e por isso são ambas o ser. Isto consiste numa forte crítica ao Maniqueísmo, posteriormente melhorado por santo Agostinho.