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Como entender a seguinte afirmação de hobbes: ” todo homem tem direito a todas as coisas, incluindo os corpos dos outros” no estado de natureza?

Como entender a seguinte afirmação de hobbes: ” todo homem tem direito a todas as coisas, incluindo os corpos dos outros” no estado de natureza? Essa é a pergunta que vamos responder e mostrar uma maneira simples de se lembrar dessa informação. Portanto, é essencial você conferir a matéria completamente.

Como entender a seguinte afirmação de hobbes: ” todo homem tem direito a todas as coisas, incluindo os corpos dos outros” no estado de natureza?


Hobbes descreve os homens no estado de natureza como seres iguais e com liberdade irrestrita para agir. Esta igualdade de condições para todos é o que faz do estado de natureza um estado de guerra. Este não significa guerra constante, mas uma disposição para tal, pois se um indivíduo é livre para utilizar seus próprios poderes a fim de preservar sua sobrevivência e outro indivíduo também tem o mesmo direito, a liberdade de um pode se chocar com a do outro. Hobbes argumenta que é essa situação que gera a guerra de todos contra todos, em que cada um tem direito de fazer o que quiser para manter a sobrevivência. Sendo neste caso cada um governado por sua razão, e não havendo nada, de que possa lançar mão, que não possa servir-lhe de ajuda para a preservação de sua vida contra seus inimigos, segue-se daqui que numa tal condição todo homem tem direito a todas as coisas, incluindo os corpos dos outros. No estado de natureza descrito por Hobbes, portanto, o homem vive sem segurança e com medo do imprevisível. É a paixão pela vida, a necessidade de se autopreservar que faz com que o homem abra mão da liberdade natural de fazer tudo que quiser para se defender e aceite o pacto com os demais para a formação do Estado civil. Neste contexto descrito por Hobbes, o homem não faz nenhum sacrifício ao abrir mão da sua liberdade natural, pois esta não é nenhum um privilégio. Pelo contrário, o homem vislumbra muito mais possibilidades de preservar a própria vida, como determina a lei de natureza, sujeitando-se a um governo. A lei de natureza é um preceito ou regra geral, estabelecido pela razão, mediante o qual se proíbe a um homem fazer tudo o que possa destruir sua vida ou privá-lo dos meios necessários para preservá-la, ou omitir aquilo que pense poder construir melhor para preservá-la”. É a razão, portanto, que estabelece que o homem deve se preservar e renunciar à liberdade natural em favor do Estado, que tem capacidade de cumprir mais eficazmente essa lei de natureza.