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Qual era a religiao dos persas e seus principais deuses e crenças

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Qual era a religiao dos persas e seus principais deuses e crenças


Os personagens da mitologia persa podem, em sua maioria, ser classificados em dois tipos: os bons e os maus. Isso espelha o antigo conflito baseado no conceito do zoroastrismo da dupla origem em Ahura Mazda (em avéstico, ou Ormuzd em persa tardio). Spenta Mainyu é a fonte da luz, da fertilidade e das energias construtivas, enquanto Angra Mainyu (ou Ahriman em persa) é a fonte da escuridão, da destruição, da esterilidade e da morte. Ormuzd é o mestre e criador do mundo. Ele é soberano, onisciente, deus da ordem. O Sol é seu olho, o céu suas vestes bordadas de estrelas. Atar, o relâmpago, é seu cílio. Apô, as águas, são suas esposas. Ahura Mazda é o criador de outras sete divindades supremas, os Amesha Spenta, que reinam, cada um, sobre uma parte da criação e que parecem ser desdobramentos de Ahura Mazda. Sob Ahura Mazda e os seis Amesha Spenta a mitologia persa coloca, como divindades benéficas: “Mitra”, o mestre do espaço livre; Tistrya, o deus das trovoadas; Verethraghna, o deus da vitória; ela admitia, além disso, um grande número de deuses do mesmo elemento, os Izeds. Assim como Ahura Mazda estava cercado por seis Amesha Spenta e de outras divindades, Angra Mainyu (Ahriman) — o deus malfazejo que invade a criação para perturbar a ordem e que é concebido como uma serpente — é acompanhado de seis demônios procedentes das trevas cósmicas e de um grande número de outras divindades malignas. Além disso, Angra Mainyu, epítome do mal no Zoroastrismo, perdeu sua identidade zoroastrista e masdeísta original na posterior literatura persa sendo finalmente descrito como um Dev. Representações religiosas de Angra Mainyu posteriores a conquista islâmica mostram-no como um gigante com o corpo manchado e dois chifres. Os Devs (avéstico, persa: div), significando celestial ou radiante são muito comuns na mitologia persa. Estes seres eram adorados no Zoroastrismo anterior à difusão do Masdeísmo na Pérsia e, como nas religiões védicas, os adeptos do zoroastrismo consideravam os devs seres sagrados. Somente após a reforma religiosa de Zaratustra o termo dev foi associado com demônios. Mesmo assim os Persas que habitavam a região ao sul do Mar Cáspio continuaram a adorar os devs e resistiram à pressão para aceitar o Zoroastrismo e as lendas em torno dos devs sobreviveram até os dias atuais. Por exemplo, a lenda do Dev-e Sepid (Dev branco) de Mazandaran.