Como ocorreu o estado moderno e o absolutismo maquinario
Como ocorreu o estado moderno e o absolutismo maquinario Essa é a pergunta que vamos responder e mostrar uma maneira simples de se lembrar dessa informação. Portanto, é essencial você conferir a matéria completamente.
Como ocorreu o estado moderno e o absolutismo maquinario
Caro Guilherme, Sua pergunta é bastante interessante e complexa. Como foi possível o surgimento do Estado Moderno, e mais, que os reis ficassem tão poderosos a ponto de dizerem “o país sou eu” (O Estado sou eu – Luís XIV). A resposta envolve diversos fatores que influenciaram esses acontecimentos. 1) Surgiram diversos fatores que arruinaram a economia feudal, baseada na produção agropecuária, sendo, por exemplo, as cruzadas, a peste negra (que matou mais de um terço da população europeia), bem como a fuga de servos em busca de uma vida melhor na cidade ou outros locais. Vale lembrar que os servos não eram escravos, mas estavam presos à terra em que nasciam, devendo cultiva também para o senhor feudal; 2) Sem trabalhadores que pudessem transformar a posse das terras em riquezas, na perspectiva de que o feudo era autossuficiente, muitos senhores feudais passaram a empobrecer. Nesse sentido, os senhores feudais passaram a apoiar os monarcas como um meio de obter benefícios, como impostos (vivendo com a família real sem fazer quase nada – a Corte do rei), bem como poderem se tornarem funcionários públicos e auxiliarem na administração. Dessa forma, os descendentes dos senhores feudais formaram a nobreza; 3) Os comerciantes passaram a apoiar a formação dos estados nacionais no sentido de centralizar seus esforços para estimular decisões que fossem favoráveis aos mesmos. Assim, se antes eles deviam pagar tributos e pedir autorização para o senhor feudal de cada cidade na qual eles realizavam o comércio, ao pagar apenas para o rei, eles diminuíam os custos e aumentavam os lucros. Com o tempo, o rei passou a controlar e conceder autorizações para determinadas atividades econômicas, que favoreceu uma “cultura da maracutaia”, na qual era mais importante estabelecer uma boa relação com o rei para conseguir o monopólio em certas áreas do que fazer um trabalho eficaz e com inovação; Além disso, conseguiam a organização necessária para grandes empreendimentos, como as navegações; 4) A Igreja passou a apoiar a formação desses estados, de maneira a manter seu poder e aproveitar também os impostos e favores dos soberanos. Nesse sentido, era o papa que presidia e coroava o rei, passando a ideia à população de que essa era a vontade de Deus e que o soberano passaria a ser a voz de Deus na terra. Criava-se a perspectiva de justificação do Absolutismo nessa perspectiva, haja vista que o soberano era um “enviado de Deus”; 5) Os camponeses e pessoas mais pobres em geral passaram a apoiar a formação dos estados nacionais como uma maneira de diminuir a pressão dos tributos, bem como obter mais liberdade. Nesse sentido, caro Guilherme, para diminuir os conflitos entre esses grupos, passou-se a dar mais poderes aos reis, que passaram a se sentir tão poderosos a ponto de colocar pesados tributos sobre a população, vivendo em opulência em uma sociedade pobre. Com o clero, a nobreza, e a família real consumindo os recursos retirados da sociedade, quando a situação se tornou ainda mais difícil, ocorreu um evento que marcou a história da humanidade, a Revolução Francesa. Vemos, portanto, como houve a mudança de uma situação na qual o poder estava “pulverizado”, dividido pelos vários senhores feudais, até a situação na qual uma única pessoa podia dizer que a vontade dela era a vontade do país (O Estado sou Eu).