EQST

A passagem da mentalidade mítica para o pensamento filosófico é justificada por alguns teóricos com a tese “milagre grego”, posiçao descartada por outros.Em que consiste essa tese e que explicaçoes lhe podem ser contrapostas?

A passagem da mentalidade mítica para o pensamento filosófico é justificada por alguns teóricos com a tese “milagre grego”, posiçao descartada por outros.Em que consiste essa tese e que explicaçoes lhe podem ser contrapostas? Essa é a pergunta que vamos responder e mostrar uma maneira simples de se lembrar dessa informação. Portanto, é essencial você conferir a matéria completamente.

A passagem da mentalidade mítica para o pensamento filosófico é justificada por alguns teóricos com a tese “milagre grego”, posiçao descartada por outros.Em que consiste essa tese e que explicaçoes lhe podem ser contrapostas?


Se você quiser entender o pensamento grego, leia Nietzsche. Veja o que ele fala sobre as concepções dos pré-socráticos e, principalmente, seu estudo sobre a origem da tragédia grega e a oposição Dioniso x Apolo. A partir de Sócrates e Platão, quando se considera o início da filosofia, a ênfase no raciocínio “matou” a mitologia, porque o homem passou a ter a pretensão de explicar o mundo em termos racionais e achou que a “ciência” era capaz de tudo. Platão dividiu o mundo em dois (um “mundo das ideias” e um “mundo de aparências”), dizendo que tudo o que é bom, verdadeiro e virtuoso pertence ao mundo ideal e tudo o que é mau, falso e mentiroso pertence ao mundo das aparências. Para Nietzsche, isso é a negação da vida (já que esta, afinal, se desenrola no mundo das aparências platônico) e a projeção de felicidade para um mundo idealizado, fazendo com que as pessoas passassem a desejar a vida no outro mundo em vez desse (em outras palavras, só morrendo). Para Nietzsche, o auge da civilização grega deu-se antes de Sócrates e Platão, quando ainda existia o espírito trágico e mítico, e a partir desses dois começou a decadência, o niilismo, a negação da vida.