João, o Revelador, aconselhou: "Guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa" (Apocalipse 3:11). Acredito que coroas terrenas, como poder, amor ao dinheiro, preocupação com coisas materiais, e honras dos homens, são uma coroa de espinhos, porque têm por base obter e receber, ao invés de dar.
Banhada com fios de ouro, a Coroa está num tubo de cristal desde 1896. A Coroa de Espinhos ficou guardada na Basílica do Monte Sião, em Jerusalém, até 1053. Antes de chegar à Paris, passou por Constantinopla (região da atual Turquia) e por Veneza e pela cidade de Villeneuve-l'Archevêque, na própria França.
Daí que em muitas regiões portuguesas seja tradição que se coloquem ramos desta planta nas portas, do lado de fora das casas, para proteção em dias de tempestade e de trovoada, para defender e proteger os seus moradores e os seus bens, pois diz-se que tudo aquilo que tocou Cristo nos protege.
A antiga frase em latim: s ic transit gloria mundi significa "assim passa a glória deste mundo". As recompensas terrenas podem ser uma penosa tentação. Em comparação, aqueles que são fiéis e dedicados ao serviço têm a promessa de que serão "coroados com honra e glória e imortalidade e vida eterna".
É uma regalia e é a forma simbólica tradicional utilizada por monarcas, integrantes da nobreza, santos e deuses, que representa: poder, legitimidade, imortalidade, justiça, vitória, triunfo, ressurreição, honra e glória da vida após a morte.
A catedral de Notre Dame de Paris possui uma das mais importantes relíquias da cristandade: os fragmentos da Coroa de espinhos com a qual Cristo foi coroado pelos soldados romanos. A história desta relíquia remonta aos evangelhos de São João, na passagem onde ele relata a coroação de Cristo.
Uma cruz inteira pesaria mais de 135 kg, mas a viga cruzada não seria um fardo tão pesado, pesando em torno de 45 kg.