Em vez das probabilidades otimistas e idealistas, Jonas propõe utilizar o medo como forma de aprendizado e fazer da projeção da possibilidade da previsão negativa como condição para alterar a atitude do ser humano frente à natureza.
Jonas entende que o temor é essencial para uma ética da responsabilidade, pois é através dele que o ser humano poderá agir e refletir sobre o destino da humanidade. ... Ele vem a ser muito mais deliberação diante da escolha responsável do cuidado e do zelo pela vida tanto humana quanto extra-humana.
O segundo capítulo privilegiará a "heurística do temor", conceito proposto por Jonas que busca através do sentimento de temor uma atitude de prudência frente às inovações tecnológicas, tendo como premissa evitar um prognóstico desfavorável, possuindo como aporte, hipóteses, previsões científicas e imagéticas.
O homem se desenvolve, evolui desde criança e hoje é um dever prepará-lo para cuidar do meio ambiente que o circunda. No entanto, é necessário, na atual civilização, para que o homem alcance um equilíbrio sustentável, compreender também o conceito de natureza.
Hans Jonas coloca a responsabilidade no centro da ética, circunscrevendo-a no horizonte espaço-temporal proporcional aos efeitos das ações tecnológicas. Por conseguinte, uma nova teoria sobre a responsabilidade caracteriza-se como eixo principal de toda sua obra.
Ética da responsabilidade é a moral de grupo, das decisões tomadas pelo governante para o bem-estar geral, ainda que pareçam erradas aos olhos da moral individual. ... Na ética da responsabilidade, o que valida um ato é o resultado, e não a intenção.
Segundo Jonas, a ética precisa ser fundamentada na totalidade do ser, mas também fundamentada na singularidade do homem, buscando sempre evitar qualquer forma de relativismo de valores. ... Para Jonas, o dever com a existência futura depende exclusivamente de nossa responsabilidade.
Ou seja, a preocupação de Hans Jonas evidencia que a aparência de plena liberdade presente no poder da técnica, que dá ao homem a chance de romper com todos os determinismos naturais reinantes até então e o faz vislumbrar novas alternativas de escolha sobre si mesmo, pode levar à subjugação de sua própria imagem como ...
Busca-se ultrapassar o subjetivismo dos valores para fundamentar no Ser o dever do homem moderno. A ética tradicional, segundo defende, fundava-se e acontecia apenas dentro dos limites do ser humano, não afetando a natureza das coisas extra-humanas.
A ética da convicção é, para Weber, o conjunto de normas e valores que orientam o comportamento do político na sua esfera privada. Já a ética da responsabilidade representa o conjunto de normas e valores que orientam a decisão do político a partir de sua posição como governante ou legislador.