O intérprete de libras tem a função de ser o canal comunicativo entre o aluno surdo, professor, colegas e equipe escolar. Seu papel em sala de aula é servir como tradutor entre pessoas que compartilham língua e culturas diferentes.
Com base na concepção discursiva de língua, o objetivo no ensino da Língua Portuguesa para os alunos surdos, como para os alunos ouvintes, deve ser a habilidade de produzir textos e não palavras e frases, daí a importância de se trabalhar muito bem o texto, inicialmente na Língua Brasileira de Sinais.
O reconhecimento da Língua de Sinais como língua natural da comunidade surda permitiu o fortalecimento identitário do grupo. ... A Lei nº 10.436 de 24 de abril de 2002 reconhece a Língua Brasileira de Sinais (LÍBRAS) como "meio legal de comunicação e expressão e outros recursos de expressão a ela associados".
A datilologia é comumente usada para expressar substantivos próprios, também palavras que não possuem sinal conhecido ou, ainda, palavras da língua portuguesa que foram incorporadas à Libras e, por isso, são também soletradas como "nunca", "oi" e "reais".
O tradutor de libras têm funções muito mais técnicas do que o intérprete, mas nem por isso menos importante ou difícil. Ele irá trabalhar com as palavras em vídeos, textos e áudios. Seu trabalho é traduzir uma ideia de uma mídia a outra, que seja acessível a uma pessoa surda.
Para Lacerda (2011), a atuação do profissional (TILS) Tradutor Intérprete de Língua de Sinais traz para a sala de aula, além da língua do surdo, também sua cultura Libras com a qual se faz presente e a sua própria identidade surda (LACERDA, 2011).
O bilinguismo trata-se de uma proposta didático-pedagógica que torna possível o uso de duas línguas no contexto escolar, e em outros lugares onde não há presença de intérprete, ou seja, a LIBRAS é considerada primeira língua (L1) e a Língua Portuguesa como (L2).
O Oralismo percebe a surdez como uma deficiência que deve ser minimizada pela estimulação auditiva. Essa estimulação possibilitaria a aprendizagem da língua portuguesa e levaria a criança surda a integrar-se na comunidade ouvinte e desenvolver uma personalidade como a de um ouvinte.
De acordo com o Decreto 6.253 e Decreto 7.611, toda a pessoa surda tem direito à educação especializada, chamada também de AEE (Atendimento Educacional Especializado), em que o aluno terá o reforço da língua portuguesa, mais aulas de Libras e demais habilidades que o auxiliarão dentro do ambiente escolar.
A lei 10.436 reconhece a legitimidade da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), e com isso seu uso pela comunidade surda ganha respaldo do poder e dos serviços públicos. A língua de sinais constitui esta ponte, portanto, importante na educação dos surdos nas classes regulares.