Os cabanos se refugiaram no interior da província e se reorganizaram. Marcharam novamente para Belém, conseguiram restabelecer o controle sobre a cidade e proclamaram a República.
Enquanto a elite local desejava eleger seu próprio presidente da Província, a população mais pobre reivindicava melhores condições de vida, o fim da escravidão e a posse de terras.
A revolta iniciou em 6 de janeiro de 1835 quando o quartel e o palácio do governo de Belém foram tomados por índios tapuias, cabanos e negros, liderados por Antônio Vinagre. ... O frágil e instável controle cabano do Grão-Pará durou cerca de dez meses.
A principal causa da revolta foi a profunda insatisfação com as autoridades nomeadas pelo governo regencial para o comando do governo da Bahia. Os rebeldes as acusavam de serem despóticas, repressoras e excessivamente centralizadoras.
Joaquim Marques Lisboa Cabanagem/Comandantes
Calcula-se que foram mortos mais de 30 mil cabanos. Os que sobreviveram às perseguições foram presos e escravizados.
Eram negros, índios e mestiços que trabalhavam na exploração de produtos de floresta e moravam em cabanas à beira dos rios. Por isso, eram chamados de cabanos e a rebelião ficou conhecida como Cabanagem. Os cabanos queriam sair da situação de miséria em que viviam.
Cabanagem, Cabanada ou Guerra dos Cabanos foi uma revolta ocorrida entre 18 na antiga província do Grão-Pará (atualmente Pará, Amazonas, Amapá, Roraima e Rondônia). Esse movimento teve como causa a extrema pobreza pela qual a região passava e o abandono político após a Independência do Brasil.
Quando ocorreu, em setembro de 1822, a independência do Brasil, esse embate na província do Grão-Pará entre as forças lusitanas, representando o movimento reacionário, e as forças liberais, cuja maior expressão acabou sendo Batista Campos, estava a todo o vapor.