A teoria de Winnicott baseia-se no fato de que a psique não é uma estrutura pré-existente e sim algo que vai se constituindo a partir da elaboração imaginativa do corpo e de suas funções – o que constitui o binômio psique-soma.
Winnicott considera que a atividade mental da criança faz com que um meio ambiente suficiente se transforme em um perfeito, converte o relativo fracasso da adaptação em um sucesso adaptativo. O autor fala que o que libera a mãe de ser quase perfeita é a compreensão da criança.
O conceito foi apresentado pela primeira vez pelo pediatra e psicanalista inglês Donald Winnicott, também defensor do brincar como meio terapêutico para as crianças. Sua teoria sugere que quando a mãe tenta ser perfeita acaba sofrendo mais do que deveria, pois suas expectativas acabam sendo frustradas.
A principal diferença da metodologia de Winnicott em relação à de Freud e outros psicanalistas foi determinar o estudo do bebê e da mãe como "unidade psíquica". ... Dessa forma, não é possível descrever um bebê sem mencionar sua mãe, uma vez que a base da criança está nas relações familiares.
A teoria do amadurecimento pessoal baseia–se na concepção de que todo indivíduo humano é dotado de uma tendência inata ao amadurecimento, ou dito de outro modo, à integração numa unidade psique–soma. Sendo o soma, um corpo vivo, não apenas o corpo biológico e psique não se confundindo com a mente.
Winnicott chamou de "suficientemente boa" aquela mãe que atende as necessidades de seu bebê por meio da identificação que estabelece com ele. No entanto, toda a responsabilidade pelo provimento de um ambiente suficientemente bom não cabe somente a mãe.
A mãe que não consegue ser suficientemente boa não proporciona ao bebê que ele se constitua como sujeito independente. Winnicott explica que não é necessário a mãe ter uma compreensão intelectual de sua função ou tarefas. ... Inicialmente, como já foi sugerido, o vínculo entre a mãe e o bebê é muito intenso.
O holding é, neste artigo, colocado como a sustentação física e psicológica nos braços e na subjetividade materna, o que favorece a constituição do bebê como unidade; o handling é descrito como o manuseio corporal da criança nas atividades de troca, banho, favorecedor da personalização ou localização do self num corpo ...