Ouvir é um processo mecânico referente ao sentido da audição, é além de sua vontade, a não ser que tape os ouvidos. Já escutar é uma ação que depende da sua vontade em prestar atenção, tentar entender o que está sendo dito, refletir, e, depois de assimilado o conteúdo, concordar ou não.
Ouvir se compara a audição enquanto que escutar é o conceito de prestar atenção aquilo que outra pessoa fala. É um ato involuntário pois podemos fazer esta ação inconscientemente. Já o ato de escutar é consciente e que abrange diversas áreas do cérebro.
Escutar significa ouvir com atenção, interpretando e assimilando os sons e ruídos que são captados pela audição. Quando alguém está escutando algo quer dizer que está consciente e atento ao que está ouvindo. Além disso, escutar é compreender e processar a informação que está a ser recebida.
É o ouvir que nos abre para o mundo e para os outros, e não o falar. E o que ouvimos é um dizer que nos remete a um mundo, e não apenas a um mero falar. O falar, aqui em Ricoeur, corresponde mais à roupagem contingente do pensamento, ou seja, às palavras, de Merleau-Ponty, do que à palavra viva. Esta está no dizer.
Denise Guilherme, formadora de professores, explica que ler uma história para os alunos é uma forma de apresentar a obra conforme sua linguagem original, nas palavras do autor. Já contar histórias envolve a improvisação, a interação com a turma e a possibilidade de agregar outros elementos ao enredo.
Escutar nos permite conhecer as pessoas e encontrar a melhor maneira de ajudá-las. Vale a ressalva de que permanecer calado até que o outro acabe de falar não é escutar. Estar pensando no que vai dizer enquanto o outro comenta a sua ideia também não é escutar.