Adriana Friedmann – Escutar crianças tem a ver com uma postura e mudança de atitude daquele que escuta; tem a ver com compreender que cada criança tem um repertório próprio, interesses, necessidades e potências únicos.
Escutar, nesse sentido, é dar vez e voz aos alunos que se encontram no processo de ensino-aprendizagem, caracterizando assim, uma escuta sensível. Esse tipo de escuta acontece entre a criança que fala e o adulto que ouve, possibilitando uma maior aproximação entre eles.
A agenda pode ser feita pelas crianças, que ditam os textos à professora. Aos poucos, elas próprias podem assumir a tarefa, escrevendo partes das listas ou nomes de atividades, utilizando, para isso, suas próprias hipóteses de escrita.
#Observar o brincar e ofertar o palpável "O papel da brincadeira como lugar de escuta das crianças é fundamental, porque elas expressam o que estão sentindo quando brincam. Suas angústias, medos e outros sentimentos sobre uma situação são elaborados no momento lúdico", explica Lica.
Muito se fala em como devemos nos expressar para garantir uma ótima comunicação. Porém, a comunicação é uma via de mão dupla. Saber ouvir é tão importante quanto saber falar. Para ouvir com eficácia e garantir a interação com seu interlocutor, no entanto, você precisa tomar alguns cuidados.
O escutar é fundamental para construirmos boas relações. Na realidade, a palavra escutar e ouvir tem o mesmo significado, pois são sinônimos, mas, no seu processo de inter-relacionar seu uso acaba sendo bem diferente.
A partir dos estudos realizados, entende-se por escuta sensível uma escuta atenta, que percebe os detalhes, indo além do que é dito por palavras, levando também em consideração os olhares e a postura que o outro apresenta.
Ao utilizar o registro como um recurso que vai auxiliar para reviver o vivido, aguça-se a escuta das crianças e o olhar atento durante à ação pedagógica. Assim, o professor deixa de ser o centro da ação dando lugar à criança, ouvindo, observando e estabelecendo uma relação dialógica, o que provoca novos desafios.
Confira abaixo como esses direitos de aprendizagem aparecem no documento da BNCC na Educação Infantil e a proposta de cada um deles:
Como garantir esse direito: rodas de conversa e momentos de fala são imprescindíveis para que as crianças tenham esse direito garantido. Além disso, criar conselhos e assembleias em que os pequenos votam e argumentam sobre decisões que afetam o coletivo ajudam nessa tarefa.