Os Fulni-ô atualmente habitam o município de Águas Belas, situado na zona fisiográfica do Sertão, a 273 quilômetros da capital do estado de Pernambuco. O município está compreendido no chamado polígono das secas. A região de Águas Belas é cortada de norte a sul pelo rio Ipanema, que desemboca no São Francisco.
Eram conhecidos antigamente como Carijó ou Carnijó e não se conhece o tempo da sua existência. A origem do nome Fulni-ô é muito antiga. Significa "povo da beira do rio" e está relacionada com o rio ipanema que corre ao longo da cidade de Águas Belas.
Os fulni-ô, também conhecidos como carnijó e formió, são um grupo indígena que habita próximo ao rio Ipanema, no município de Águas Belas, no estado de Pernambuco, no Brasil.
Towe significa fogo em Ia-tê, língua materna dos Fulni-ô. O povo indígena, de origem pernambucana, é o único do Nordeste que conseguiu preservar a própria língua. O português também é ensinado na aldeia, assim como o karate. Towe, além de ser professor da arte marcial, fala português muito bem.
Há ainda outras duas expressões musicais dos fulni-ô: o toré, que não tem letra e é cantado durante no ritual Ouricuri, secreto e sagrado, e o samba de coco, ritmo mais festivo, destinado às celebrações.
São elementos culturais que, embora não exclusivos das sociedades indígenas, codificam a autoctonia dos índios da região Nordeste do Brasil. O toré é uma tradição indígena que se trata, a princípio, de uma dança ritual que consagra o grupo. A jurema, por seu turno, pode ser uma planta, uma bebida e uma entidade.
Para manter viva a cultura, os indígenas se reúnem uma vez por ano, durante três meses, em uma região afastada e realizam um ritual chamado Ouricuri, onde só é permitida a presença dos Fulni-ô.
Resposta: Os fulni-ô, também conhecidos como carnijó e formió[2], Junto com os índios do Maranhão são os únicos povos indígenas da Região Nordeste que conseguiram preservar o idioma nativo. Da etnia, descende um dos maiores ídolos da história do futebol brasileiro: Mané Garrincha[3] e a tenista Teliana Pereira.
Para manter viva a cultura, os indígenas se reúnem uma vez por ano, durante três meses, em uma região afastada e realizam um ritual chamado Ouricuri, onde só é permitida a presença dos Fulni-ô.
Além da língua, as manifestações culturais incluem a dança e a música. As danças são inspiradas nos movimentos dos animais, enquanto as músicas, cantadas em duas vozes por homens e mulheres em Yaathê, é a forma como fazem contato o sagrado.