A Carta-testamento de Getúlio Vargas é um documento endereçado ao povo brasileiro escrito por Getúlio Vargas horas antes de seu suicídio, na data de 24 de agosto de 1954. Existe uma nota manuscrita de suicídio, diferente da "Carta-testamento", da qual se conhecem três cópias, que foi divulgada mais tarde.
Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes.
Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo, de quem fui escravo, não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue terá o preço do seu resgate. Lutei contra a espoliação do Brasil.
Pensei na frase de Getúlio Vargas ao final de sua carta deixada a nação por ocasião de seu suicídio algo como "Saio da vida para entrar na história". Ouvindo as palavras litúrgicas, de maneira diversa, o moto é o mesmo: sair de um tipo de existência para outra.
Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História.
Suicídio Getúlio Vargas/Causa do falecimento
Resposta:"Nada mais vos posso dar, a não ser meu sangue." ... Seu último e trágico gesto: o suicídio foi um ato político.
A carta original está exposta à visitação no Museu da República, no Rio de Janeiro. Cópias do manuscrito e do documento datilografado integram ainda o arquivo do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC), da Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro.
Para fazer um testamento em cartório é necessário documento de identificação válido do testador e das testemunhas, como RG ou carteira de motorista. É importante lembrar que são duas testemunhas (três só em testamento privado) que não podem ser herdeiras ou beneficiadas pelo testamento de qualquer forma.